O Clube de Colecionadores de Gaia inaugurou, no passado dia 24 de setembro, a Expo-Feira do Colecionismo, que esteve patente no Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários de Avintes, local que foi igualmente palco da mostra intitulada “Filexgaya/Cartogaya”, que esteve exposta entre os dias 10 e 25 de setembro e permitiu uma viagem no tempo, através da filatelia e cartofilia.
Pacotes de açúcar, postais, notas, livros, relógios, discos, selos, copos, moedas, bandas desenhadas, posters, medalhas e miniaturas, foram alguns dos artigos que foi possível encontrar na Expo-Feira do Colecionismo, organizada pelo Clube de Colecionadores de Gaia, que decorreu no passado dia 24 de setembro, no Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários de Avintes. “Nós temos cerca de 12 expositores, com objetos variados, porque o colecionismo abrange muitas áreas”, afirmou Fernando Peixoto Correia, presidente do Clube de Colecionadores de Gaia, em entrevista exclusiva ao AUDIÊNCIA, enaltecendo que “nós temos 14 anos de existência, cerca de 200 associados, 60% do grande Porto e os restantes oriundos de outras partes do país e estrangeiro, e propusemo-nos a realizar exposições e feiras de filatelia e cartofilia desde o início, assim como encontros nacionais entre colecionadores”.
Assegurando que o regresso desta iniciativa, depois de dois anos de interregno, fruto da pandemia que assolou o país e o mundo, “foi positivo”, o presidente da direção desta instituição alertou que “isto são iniciativas que temos de fazer lentamente, para as pessoas voltarem”.
Neste seguimento, o colecionador e editor da Edições Mortas, António Oliveira, contou, a este órgão de comunicação, que tinha em exibição “dezenas de livros da minha editora, de revistas de publiquei e publico e alguns livros de outros colegas que são novidades, outras obras que estão, neste momento, esgotadas e de alfarrabista”.
Também, João Farinha, colecionador desde a infância, confessou, em entrevista ao AUDIÊNCIA, que “nós temos paixão pelas coisas e uns pelos outros, que é das coisas mais bonitas, colecionar amizades, para além daquilo que nos move, pois podemos colecionar de tudo, agora, há coisas que me apaixonam mais, como tudo o que seja técnico e escrita. Eu gosto da aprendizagem da escrita, portanto dos cadernos escolares e dos instrumentos que nos permitiam escrever, porém, isto é uma procura constante. Este mundo é deslumbrante”.
Enquanto percorria a Expo-Feira de Colecionismo, o público teve a oportunidade de visitar a mostra intitulada “Filexgaya/Cartogaya”, que esteve patente neste mesmo espaço, entre os passados dias 10 e 25 de setembro, e permitiu uma viagem no tempo, através de postais ilustrados, selos, carimbos e muitos outros objetos. “O objetivo foi atrair pessoas para apreciarem a exposição de filatelia, porque temos, aqui, boas coleções, algumas delas estão a ser expostas pela primeira vez, que vão participar na Exposição Nacional, em Évora. Nós temos várias classes em exposição, nomeadamente postais ilustrados, maximofilia e a classe aberta e é possível ver várias temáticas, nomeadamente a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, bombeiros, uma coleção centenária de postais ilustrados de Paris, uma coleção de pintores célebres e coleções dos alunos da Escola Secundária Almeida Garrett, onde nós temos um Núcleo Juvenil e ensinamos os alunos a colecionar”, sublinhou Fernando Peixoto Correia, revelando que a exposição contou com “15 coleções, desde o Algarve até Viana do Castelo”.
Por conseguinte, Maria Laurinda, tesoureira do Clube de Colecionadores de Gaia e responsável pelo Núcleo Juvenil na Escola Secundária Almeida Garrett, enalteceu a importância da captação dos jovens para o colecionismo, asseverando que “alguns mal veem querem logo aderir, porque têm já o bichinho do colecionismo, outros acabam por aderir, embora eu ache que os jovens hoje têm muitos extras para os divertir, como computadores, jogos, e são mais influenciados por isso. Aqueles que têm o apoio e influência da família são os que continuam e aderem. Embora eu ache que devia haver uma maior adesão, porque eles acabam por ficar com uma cultura extra, que lhes dá uma base para a vida, mas não é fácil”.
O presidente da direção do Clube de Colecionadores de Gaia afiançou, ainda, que “todos os anos o clube realiza uma exposição, para mostrar as coleções dos seus associados e procura levá-la a diversas freguesias do concelho de Vila Nova de Gaia, para dar a conhecer o que é a filatelia e cartofilia e, desta vez, escolhemos Avintes, mas há 12 anos que percorremos as localidades gaienses”, destacando o lançamento de uma coleção de pacotes de açúcar, “alusiva ao local e ao tema. Em cada exposição nós criamos um carimbo comemorativo e um selo personalizado e, nesta edição, fizemos um carimbo, um postal ilustrado e uma série comemorativa de pacotes de açúcar alusiva aos Bombeiros Voluntários de Avintes, para registar este momento para a posterioridade”.
Honrado pela homenagem feita pelo Clube de Colecionadores de Gaia, José Cruz, vice-presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Avintes, ressaltou, em entrevista ao AUDIÊNCIA, que “quando nos apresentaram este projeto nós ficamos entusiasmados e agradecidos, porque é mais um símbolo que vai correr o país e é uma forma de divulgação dos nossos bombeiros”, mencionando, ainda, que “nós disponibilizamos o nosso Salão Nobre, porque gostamos de participar e divulgar a imagem dos nossos bombeiros, ajudar as coletividades que estejam interessadas e contribuir para que as pessoas tenham conhecimento da nossa causa e venham visitar as nossas instalações, porque nós estamos aqui para servir e ajudar o próximo”.