No passado dia 4 de novembro decorreu, no Comando Operacional dos Açores, a cerimónia de imposição de condecoração da Medalha de Cruz de São Jorge, Segunda Classe, a Mónica Maria Cabral Correia Moreira Silva. Esta medalha destina-se a galardoar militares e civis, nacionais ou estrangeiros, que, no âmbito técnico-profissional, revelem competência, extraordinário desempenho e relevantes qualidades pessoais, contribuindo, de forma significativa, para a eficiência, prestígio e cumprimento da missão do Estado-Maior-General das Forças Armadas. A cerimónia contou com a presença de várias individualidades, entre elas, José Manuel Bolieiro, presidente do Governo Regional dos Açores, tenente-general Morgado Baptista, e, ainda, vários elementos do Comando Operacional dos Açores e familiares da homenageada.
O Comando Operacional dos Açores, em Ponta Delgada, foi o palco da condecoração, atribuída pelo chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, almirante Silva Ribeiro, a Mónica Silva. Coube ao comandante operacional dos Açores, tenente-general Morgado Baptista, na presença de José Manuel Bolieiro, presidente do Governo Regional, proceder à imposição da Medalha da Cruz de São Jorge, Segunda Classe, a Mónica Silva, como reconhecimento dos serviços prestados às Forças Armadas. A homenageada tem colaborado, com grande disponibilidade e profissionalismo, em várias iniciativas promovidas pelas Forças Armadas, nomeadamente, nas cerimónias militares do exercício Açor 19, nas comemorações do 48º aniversário do Estado-Maior-General e nas cerimónias de homenagem aos pescadores da Vila de Rabo de Peixe. Importa, ainda, salientar o extraordinário empenho, dinamismo, proatividade e capacidade de mobilização na Campanha Solidária Militar Guiné-Bissau, de recolha de livros e material escolar, e na recolha de material médico e hospitalar, destinado à Guiné-Bissau e à República Centro-Africana.
Após proceder à imposição da medalha, o tenente-general Morgado Baptista tomou a palavra e enalteceu que “o sucesso de muitas destas atividades não teria sido possível sem o seu empenho, dedicação e empreendedorismo, a capacidade mobilizadora, que se traduziu na facilidade de ligação que teve com o Comando Operacional dos Açores e com os militares deste”. O tenente-general assumiu que “este é um exemplo de excelente colaboração entre a sociedade civil, que a senhora representa, e a estrutura militar das Forças Armadas”. No epílogo da sua intervenção destacou, ainda, que “foi com muita satisfação que eu tive o privilégio de lhe impor esta condecoração, por isso, renovo o meu reconhecimento pelo seu trabalho e, obviamente, manter a nossa disponibilidade para continuarmos a colaborar em outras iniciativas, sejam elas patrocinadoras pelo Estado-Maior-General das Forças Armadas ou pela própria sociedade civil”.
O presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, fez questão de estar presente e proferir algumas palavras. O edil começou por deixar “uma palavra de amizade e de orgulho aos familiares da Mónica Silva, a quem deixo, também, uma palavra de apreço pessoal e institucional em nome do Governo” e referenciou “o gosto e honra que foi ter recebido o convite para estar nesta cerimónia ao lado do comandante operacional dos Açores e, também, testemunhar esta imposição”. José Manuel Bolieiro salientou que “Mónica Silva, tal como fundamenta o despacho da atribuição da imposição da insígnia, é cumpridora, com elevado zelo, da sua missão” e “a sua cidadania e atitude acrescentam valor ao seu zelo de cumprir o exercício profissional, as tarefas que lhe são entregues para o desempenho, a proatividade de acrescentar valor sem ninguém pedir, mas, igualmente, na sua disponibilidade, no esforço e na sua sensibilidade humanitária de encarar o que é o pedido das Forças Armadas para o apoio de intervenção e ajuda humanitária”.
De seguida e, apesar de não estar no programa da cerimónia, Mónica Silva enunciou algumas considerações. A homenageada começou por mencionar que “é uma honra receber tamanha distinção, pois um cidadão deve fazer o seu melhor nunca esperando algo em troca. O vosso reconhecimento dá-me mais responsabilidade pela minha região, pelas minhas gentes, pelo meu povo, cada vez mais quero colocar os Açores no mapa da solidariedade”. Mónica Silva aproveitou para agradecer às Forças Armadas, em especial ao tenente-general Morgado Baptista, a confiança no seu trabalho e ao presidente do Governo Regional dos Açores, onde admitiu que “nada disto teria sido possível sem a sua ajuda”. A cidadã dirigiu-se a todos os que a acompanharam e afirmou que “foram momentos de muita emoção, testemunhamos lágrimas, serviços, em prol de quem nada tem, testemunhamos o agradecimento por nos termos deslocado às suas casas, às suas escolas e até às próprias igrejas, somos um povo amado e um povo que ama”. Mónica Silva dirigiu-se à sua família e afirmou que “por vezes, são os mais sacrificados no meio disto tudo, mas eles sabem que parte de mim está sempre com eles e a outra parte com os mais necessitados, os mais vulneráveis da sociedade, os que mais precisam” e “não posso deixar de agradecer aos meus pais, pelos ensinamentos e valores que me transmitiram”. No epílogo no seu discurso, Mónica Silva, endereçou “um grande obrigada às Forças Armadas portuguesas, a sua excelência almirante Silva Ribeiro, a sua excelência tenente-general Morgado Baptista e honro e prometo continuar ontem, hoje e sempre com a mesma dedicação, lealdade e empenho para convosco”.