António Lima foi reeleito, no passado dia 12 de novembro, coordenador do Bloco nos Açores. No encerramento da VIII Convenção Regional do Bloco de Esquerda Açores, o líder dos bloquistas açorianos salientou que “o Bloco de Esquerda está pronto para o desafio que se avizinha, que é de enorme responsabilidade”, sustentando que “os Açores não estão condenados a escolher entre as maiorias absolutas do PS ou as caranguejolas de direita”.
Afirmando que “o Bloco de Esquerda é a alternativa responsável e de confiança”, António Lima acusou os partidos de direita que estão no Governo, nomeadamente PSD, CDS e PPM, e os partidos que apoiaram este Governo, ao longo dos últimos três anos, mais especificamente Chega, IL e PAN, de “serem irresponsáveis”. “Da extrema-direita só vem a gritaria, o insulto e o ódio. Atacam os mais pobres, mas calam-se perante os grandes interesses” e da “da IL, a promessa é que o mercado tudo resolva, deixando as pessoas à sua sorte”, acrescentou.
Na ocasião António Lima ressaltou que “é preciso um novo rumo para os Açores”, destacando a implementação de medidas no sector da habitação, que impeçam a conversão de casas para morar em serviços para turistas, uma forte aposta na educação, através da criação e implementação de um plano de combate ao abandono escolar precoce e o aumento de rendimentos para os trabalhadores. Garantir mais respeito pelo ambiente, combater a violência e discriminação contra as mulheres e a discriminação e a opressão contra as pessoas LGBT, foram outras das prioridades anunciadas pelo Bloco para os próximos anos.
Presente no VIII Convenção Regional do Bloco de Esquerda Açores, Mariana Mortágua, coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, destacou o importante papel do partido nos Açores, no combate aos negócios rentistas dos Governos do PS e do PSD. “Rejeitamos que a política e os negócios sejam duas faces da mesma moeda. Esse é o regime de sempre do centrão, do PS e da direita, no país como nos Açores”, sublinhou a líder dos bloquistas.
A coordenadora nacional do Bloco evidenciou que o partido sempre foi a voz da transparência, da defesa do interesse público, da exigência democrática e do combate à corrupção, e que denunciou, ao longo dos anos, os negócios entre governos do PS e do PSD na região.