Levi Martins, responsável pela programação do auditório da Casa da Música Jorge Peixinho ganhou no passado fim de semana o Golfinho de Ouro para a figura do Ano do Concelho do Montijo numa iniciativa do Jornal o Setubalense.
Em declarações exclusivas ao Jornal Audiência sobre este prémio Levi Martins, disse: “Considero que se trata do reconhecimento de um trabalho que começou desde que fundámos a Mascarenhas-Martins, que em 2023 conheceu um novo e importante capítulo com a possibilidade que nos foi dada pela Câmara Municipal do Montijo de programarmos a Casa da Música Jorge Peixinho”. Adiantou ainda que: “Penso que o reconhecimento representa também uma confirmação de que o trabalho desenvolvido neste último ano faz sentido e deve continuar tratando-se, portanto, de um incentivo que, a título pessoal, me motiva a ir mais longe.”
Nota Biográfica :
Nasceu em 1983, em Lisboa. Cresceu em Setúbal e arredores. Com 16 anos decidiu abandonar o ensino secundário e dedicar-se à música. Aos 21 fez uma edição de autor do seu primeiro disco, Ocean of Time. Seguiram-se mais dois álbuns e a decisão de tentar a admissão ao curso de cinema da ESTC por maiores de 23. Entrou e licenciou-se em Realização. Foi durante o curso que o teatro começou a tornar-se parte do seu quotidiano, tendo participado em espectáculos do Fatias de Cá dirigidos por Carlos Carvalheiro, com destaque para A Encomendação das Almas, a partir de João Aguiar, no Convento da Arrábida.
Trabalhou também em cinema e audiovisual, tendo sido assistente de realização, director de som e montador, tendo desempenhado os três cargos em simultâneo na série O Tempo e o Modo, de Graça Castanheira. Ingressou no mestrado em Estudos de Teatro (FLUL) em 2012, que concluiu após ter estagiado no Cinema-Teatro Joaquim d’Almeida e ter assinado a sua primeira encenação num festival organizado pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Integrou, em seguida, a equipa da Companhia de Teatro de Almada, enquanto responsável pela comunicação e colaborador nas edições. Saiu em 2015 para fundar no Montijo, com Maria Mascarenhas e Adelino Lourenço, a Companhia Mascarenhas-Martins, que co-dirige desde então e onde desenvolve o seu trabalho enquanto produtor, encenador, músico e realizador.
Produziu três espetáculos de Luís Miguel Cintra, de quem é amigo. Foi assistente de cinema de João Brites em Almenara (O Bando, 2017). Assinou uma biografia de Francisco Palha, livro integrado na colecção Biografias do Teatro Português (CET-FLUL, TNDMII, TNSJ, IN-CM, 2018). Filmou duas temporadas de A Voz dos Poetas, leituras de poesia dirigidas por Jorge Silva Melo (IN-CM 2020/2021).
Em 2019 fez uma pós-graduação em Indústrias e Culturas Criativas (FLUL, FBAUL, ESCS); e, em 2021, um curso de verão em Gestão Cultural: Mutações e Desafios (FCSH-UNL).
Em 2023 tornou-se responsável pela programação do auditório da Casa da Música Jorge Peixinho, equipamento cultural da Câmara Municipal do Montijo cuja gestão está a cargo da Companhia Mascarenhas-Martins.