O 125º aniversário da Associação de Socorros Mútuos Fúnebre Familiar de Ambos os Sexos de Pedroso foi assinalado no passado dia 23 de novembro, na sede da instituição. Durante a cerimónia, na qual foi descerrada uma placa celebrativa, foram agraciados os parceiros e órgãos sociais desta instituição, que já conta com uma longa história. Filipe Silva Lopes, presidente da União de Freguesias de Pedroso e Seixezelo, Luís Amorim, membro do Conselho de Administração da Associação Portuguesa de Mutualidades, e Isabel Lacerda, vice-presidente da Federação das Coletividades de Vila Nova de Gaia, entre representantes de instituições mutualistas, civis e militares, juntaram-se às dezenas de pessoas presentes nesta sessão, que enalteceu a relevância desta associação na comunidade.
A Associação de Socorros Mútuos Fúnebre Familiar de Ambos os Sexos de Pedroso assinalou, no passado dia 23 de novembro, o seu 125º aniversário junto dos colaborares, associados e parceiros.
A cerimónia solene, que contou com a presença de Filipe Silva Lopes, presidente da União de Freguesias de Pedroso e Seixezelo, Luís Amorim, membro do Conselho de Administração da Associação Portuguesa de Mutualidades, e Isabel Lacerda, vice-presidente da Federação das Coletividades de Vila Nova de Gaia, foi inaugurada com um momento musical, protagonizado por elementos da Associação Musical de Pedroso.
Posteriormente, as intervenções foram inauguradas por António Pina, presidente da Assembleia Geral da Associação de Socorros Mútuos Fúnebre Familiar de Ambos os Sexos de Pedroso, que fez questão de frisar que “para estarmos, hoje, aqui, a comemorar, temos de agradecer aos fundadores da associação e aos dirigentes que os sucederam até ao presente, pois deste modo foi possível mantê-la em atividade nestes 125 anos”.
Lembrando os desafios superados, como foi o caso da pandemia da Covid-19, António Pina salientou que “nos últimos anos tem havido dificuldade em arranjar novos elementos para os órgãos associativos, pois não aparecem novas listas. (…) Nas Assembleias Gerais os associados, que são cerca de 10 mil, estão em número reduzido”, asseverando que “o exercício de funções de todos os elementos dos órgãos associativos desta associação é feito gratuitamente, sem qualquer remuneração, com dedicação, trabalho e honestidade, de modo a desenvolver as suas atividades com eficiência, rigor e transparência”.
Seguidamente, Joaquim Tavares, presidente do Conselho de Administração da Associação de Socorros Mútuos Fúnebre Familiar de Ambos os Sexos de Pedroso, dirigiu-se as presentes, agradecendo “todo o caminho que foi feito por um conjunto de pessoas que por aqui passaram que foram edificando o edifício que é a Associação de Socorros Mútuos de Pedroso. Um reconhecimento do trabalho que todos eles fizeram, porque cada um dá aquilo que pode e todos vão dando um bocadinho de si, do seu melhor e à custa desse bocadinho nós estamos aqui todos hoje. E uma palavra de orgulho para aqueles que, neste momento, estão connosco. (…) Nós temos de estar muito orgulhosos, porque só assim é que nós trabalhamos em prol do bem comum, que é trabalhar para uma comunidade e para suprir as necessidades e as dificuldades de cada um”.
Assegurando que “numa sociedade como a de hoje consideramos que a solidariedade e a sustentabilidade são valores que têm de nortear a ação dos dirigentes associativos. Não gerimos o que é nosso, mas sim o que é dos associados e isso acarreta-nos de uma maior responsabilidade”, o presidente do Conselho de Administração desta instituição afiançou que “consideramos que temos dado um enorme contributo para a coesão social da nossa comunidade, dado soluções a problemas que são do âmbito do Estado”.
Presente na ocasião, Luís Amorim, membro do Conselho de Administração da Associação Portuguesa de Mutualidades, também foi convidado a tomar a palavra, usufruindo o momento para falar sobre mutualismo e solidariedade.
Evocando a importância de “despendermos um bocadinho de nós para dar aos outros”, o representante da Associação Portuguesa de Mutualidades recordou a história destas instituições, referindo que “nós, antigamente, vivíamos fechados de nós, para nós, e hoje todas as instituições estão abertas, de nós para a comunidade, porque entendemos que temos de ter um sentimento de altruísmo”.
Durante o seu discurso, Luís Amorim sublinhou que “125 anos é uma idade fantástica”, destacando que “a grande dificuldade que nós temos, neste momento, no movimento mutualista passa pelo seu rejuvenescimento. Nós temos de criar dinâmicas e atrair pessoas jovens que têm uma visão diferente e nós precisamos delas, porque as instituições têm de ser rejuvenescidas e atualizadas”.
Os momentos protocolares foram encerrados por Filipe Silva Lopes, presidente da União de Freguesias de Pedroso e Seixezelo, que fez questão de salientar que “é com prazer que aqui estou e vejo inúmeras coletividades da freguesia, o que é um sinal de unidade e de que juntos podemos fazer mais”.
Afiançando “a capacidade que esta instituição teve de se adaptar e de evoluir”, o edil sublinhou o papel preponderante e imprescindível que as associações tiveram aquando da pandemia da Covid-19.
Relativamente à dificuldade que as instituições sentem na composição dos seus órgãos sociais, Filipe Silva Lopes ressaltou que “as classes mais jovens devem olhar para o associativismo e para estas instituições com a importância que elas têm. Hoje vivemos num mundo muito egoísta, muito exigente e muito competitivo e as pessoas acabam por olhar muito para a sua vida, para os seus desafios e objetivos e não conseguem dar algum do seu tempo, das suas capacidades e aprendizagens. O que vamos vendo é que apesar de temos pessoas cada vez com mais competência e habilitações não percebem o sentido de comunidade, porque sem darmos algo de nós em prol dos outros não há comunidade, apenas o individual”.
Garantindo que “nesta associação, eu não tenho dúvidas de que o trabalho que aqui é feito é bem feito”, o autarca reforçou que os órgãos sociais “olham para os interesses desta instituição e não dos elementos que a compõem”.
Parabenizando a Associação de Socorros Mútuos de Pedroso, Filipe Silva Lopes destacou, ainda, que “125 anos faz, seguramente, desta instituição a mais antiga da Freguesia de Pedroso e Seixezelo”.
No âmbito da sessão, para além de terem sido agraciados os parceiros e órgãos sociais, o presidente do Conselho de Administração convidou António Pina para a descerrar uma placa com os nomes de todos os atuais elementos associativos da instituição, o que Joaquim Tavares considerou “um repto à instituição e à próxima direção. Nós hoje somos um presente do passado, mas também somos o passado do futuro. Com esta placa queremos começar a traçar a história desta associação. Será difícil contabilizar todos os seus dirigentes, a sua evolução e vicissitudes, no entanto se conseguirmos assinalar as marcas mais marcantes, para já, num primeiro objetivo, para além dos elementos da fundação que já temos em quadro, quem geria aos 25, 50, 75 e 100 anos será um grande objetivo atingido. Esta placa será a linha entre o passado e o futuro. (…) Sabemos que a história não é unicamente uma linha cronológica de factos e acontecimentos, mas queremos, pelo menos, de uma forma singela, marcar e lembrar a história desta associação”.