100 anos depois da primeira sessão municipal ali realizada, o salão nobre dos Paços do Concelho de Vila Nova de Gaia acolheu, no passado dia 1 de março, a cerimónia inaugurativa da reabilitação integral deste edifício, que contou com um investimento de cerca de 3,2 milhões de euros. A sessão contou com a presença de Albino Almeida, presidente da Assembleia Municipal de Gaia, António Cunha, presidente da CCDR-N, vereadores, deputados e autarcas, entre representantes de entidades civis, militares e religiosas.
A inauguração da reabilitação integral dos Paços do Concelho de Vila Nova de Gaia decorreu no passado dia 1 de março, precisamente 100 anos depois da realização da primeira sessão municipal no salão nobre deste mesmo edifício. A sessão contou com a presença de Albino Almeida, presidente da Assembleia Municipal de Gaia, António Cunha, presidente da CCDR-N, vereadores, deputados e autarcas, entre representantes de entidades civis, militares e religiosas.
As obras, que contaram com um investimento de cerca de 3,2 milhões de euros, incluíram a generalidade do piso térreo e dos primeiro e segundo andares, procurando-se minimizar a intervenção ao mínimo indispensável nas áreas do átrio, escadaria principal e salão nobre, onde se situam os elementos arquitetónicos mais relevantes, que se encontravam, globalmente, em bom estado de conservação.
Após o descerramento da placa evocativa da inauguração e o momento musical protagonizado pela Orquestra de Câmara do Conservatório Regional de Gaia, dirigida por Mário Mateus, Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Gaia, deu início à sua intervenção.
Para o edil, “é uma obra importante, de arte nova, na linha de outras obras do arquiteto Francisco de Oliveira Ferreira, igualmente autor do Sanatório Marítimo do Norte, ou do café A Brasileira. Esta reabilitação, feita como se se trabalhasse a filigrana, no respeito do projeto original, é uma obra que também respeita o arquiteto que o projetou, mas é, sobretudo, a afirmação do peso institucional de um edifício, que marca a democracia, que reforça a nossa identidade coletiva, que representa os valores da causa pública e marca o orgulho gaiense. As colunas da entrada representam a verticalidade que se impõe a quem cá entra”.
Afiançando que preservar o património é salvaguardar a memória e a identidade coletivas, Eduardo Vítor Rodrigues salientou que este momento não representou, apenas, a inauguração de uma reabilitação integral do edifício, mas também “mais um projeto que fica encerrado neste ciclo autárquico, no quadro de um alagado conjunto de investimentos feitos no concelho, nos últimos anos, e foi inaugurado ainda sem mobiliário, que começará a ser agora colocado à medida da deslocação dos vereadores, para os seus gabinetes e dos serviços, para que possam todos apreciar cada detalhe do rigor da obra, cada especificidade da reabilitação e não a decoração. A Casa da Presidência, aqui ao lado, passa a ser a Câmara e no lugar da Casa da Presidência passará a estar um núcleo municipal de apoio aos cidadãos e um núcleo expositivo”.
Orgulhoso do trabalho realizado ao longo dos seus três ciclos autárquicos, o presidente da Câmara Municipal de Gaia sublinhou que “nestes 12 anos, foram geridos cerca de 3 mil milhões de euros, foram tomadas milhares de decisões, foram tramitados mais de 100 mil processos de licenciamento urbanístico, muitos investimentos municipais de envergadura e de apoio às instituições e às famílias, que conduziram à captação de investimento e de emprego”, referindo que “a situação financeira municipal foi recuperada, tendo atualmente as contas positivas e o investimento tem sido feito em novos níveis históricos. Assumiram-se novos eixos de serviço sustentável, políticas imateriais dirigidas para as pessoas e para as famílias, sempre em linha com as boas práticas de gestão”.
Por fim, Eduardo Vítor Rodrigues ressaltou que “a inauguração desta reabilitação é relevante, sendo um momento excecional que valoriza a democracia e as instituições que servem as pessoas. Renova-se um edifício, que é a sede da democracia municipal, mas que se renove também o compromisso democrático com as pessoas, a decência na política, o compromisso com a democracia e, assim, com o futuro, porque a sede de uma instituição marca uma referência para a comunidade, para a sua estima, para a sua identidade, para a sua dignidade, lembrando a nossa história coletiva e reforçando a dignidade institucional”.