Parece um chavão. Mas, infelizmente não é. Vivemos uma fase em que a democracia precisa da imprensa. A desinformação, as fake news fazem perigar a perceção da realidade. O jornalismo independente e que confirma factos, que dá voz aos que não têm voz, às oposições, é fundamental.
Em estudos europeus relativos a 2024 regista-se a tendência para os cidadãos verificarem as notícias em jornais dignos desse estatuto. Talvez estejam a começar a recusar e a perceber o perigo do nosso pensamento ser ‘controlado’ por ‘informação’ não confirmada e de pouca (ou nenhuma…) confiança.
Os cidadãos têm poder. Temos a missão de fazer com que estes aceitem que ‘informação’ credível só a que leem em jornais credíveis.
E estes, como vão cumprir essa importante missão, com menos receitas e leitores, em resultado dessa nova realidade que lhes quebra audiências? Aqui somos chamados a perceber que a imprensa é um garante da democracia.
Ora, a preservação e a construção da democracia tem custos. Assim, a imprensa haverá de ser incluída nesses custos do sistema democrático.
É possível aos estados, aos municípios financiarem a sua imprensa sem pôr em risco a sua independência de poderes políticos ou económicos. Com regras iguais para todos e definidas por Lei.
Está a acontecer por toda a Europa. O governo português finalmente assumiu essa urgência, no Plano para os Média que apresentou em outubro passado. Onde são incluídas importantes medidas para a revitalização da imprensa de proximidade. Vamos acreditar na sua rápida execução.
Os jornais que vão ao fim da rua são fundamentais ao pilar democrático.