Após a realização de três edições da CannAzores – Fórum Transatlântico de Cânhamo e Canábis, na Ilha de São Miguel, promovidas pela Neuron Bonus e pela Confraria Internacional Cannabis Portugal, em parceria, nomeadamente, com o Governo dos Açores, Câmara Municipal da Ribeira Grande, Associação Agrícola de São Miguel, Casa do Povo da Maia, LusiCanna, HabitatCanna e Terra Verde, os Açores preparam-se para dar início ao cultivo do cânhamo, em 2024.
Segundo Graça Borges Castanho, fundadora da CannAzores e da CannaPortugal e presidente Assembleia Geral Confraria Internacional Cannabis Portugal, foi feito um primeiro levantamento dos proprietários de terrenos, agricultores, produtores, industriais e investidores interessados em integrar a produção de cânhamo, durante uma reunião promovida pela Confraria e CannAzores, que contou com a participação de 40 pessoas.
Fruto de um conjunto alargado de reuniões com diversos departamentos do Governo dos Açores, investigadores, investidores e a Terra Consultores, a também professora da Universidade dos Açores esclareceu que esteve a decorrer, até ao dia 26 de janeiro, o período de apresentação de candidaturas ao concurso da Direção Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural, que visava a “valorização e diversificação da produção agrícola, com elevados padrões de qualidade e sustentabilidade; a transição verde do setor agrícola, através da prossecução de um ou mais dos seis objetivos ambientais previstos no Regulamento (UE) 2020/852 do Parlamento Europeu; e a transição digital do setor agrícola, incidindo, nomeadamente, sobre a digitalização da gestão técnico-económica das explorações e o comércio eletrónico”.
De acordo com a fundadora da CannAzores e da CannaPortugal, “irão decorrer, em 2024, vários módulos formativos para agricultores, produtores e indústrias de transformação do cânhamo, a oferecer pela Confraria Internacional Cannabis Portugal e seus parceiros. (…) A produção de cânhamo será acompanhada por ensaios e investigação sobre a qualidade das sementes, sua adaptabilidade aos terrenos dos Açores, rendimento das plantas, o processo produtivo, transformação e comercialização dos produtos e subprodutos do cânhamo. Este é um projeto que será coordenado pela Confraria e seus parceiros, centros de investigação internacionais e a Universidade dos Açores, com o financiamento de programas e medidas do Governo Regional”.