ARTEVIVA – COMPANHIA DE TEATRO DO BARREIRO ESTREIA “É SEMPRÁBRIL!”

Na próxima sexta-feira, dia 12 Abril, o Teatro Municipal do Barreiro, recebe o seu novo espetáculo, a peça «É SEMPRÁBRIL, com a encenação de Jorge Cardoso

É SEMPRÁBRIL!
ESTREIA: 12 Abril 2024 – 21h30
No Teatro Municipal do Barreiro

Autoria Jorge Cardoso, Ricardo Guerreiro e Fast Eddie Nelson
Encenação Jorge Cardoso

Personagens e Intérpretes :
Horácio (Voz Off) Vítor Nuno
Doutor Rui Quintas
Eirós Ricardo Guerreiro
Pescadinha Gonçalo Cardoso
Lapa Alexandre Antunes
Lampreia Fast Eddie Nelson
Cabo Rui Félix
Anjo Carolina Conduto
Tatiana de Fátima Manuela Ramos Félix
Filipa Isabel Ângela Farinha
Rosa Micaela Carla Carreiro Mendes
Sandra Paula Sónia Sara Santinho
Angelina Patrocínia Cristóvão
Jean-Paul Julien Ruzzi
Gala Adriana Lopes

Cenografia Ricardo Guerreiro
Música Fast Eddie Nelson
Figurinos Graça Santa Clara
Movimento Carina Silva
Desenho de Luz João Oliveira Jr.
Direção de Atores Jorge Cardoso e Carina Silva
Assistente de Encenação Catarina Santana
Operação Técnica Maria Inês Santos
Contrarregra Carolina Conduto

Fotografia de Cena Guta de Carvalho
Vídeos Cláudio Ferreira
Design Gráfico Rui Martins

Trabalhos de cenografia António Santinho, Ricardo Guerreiro e Pratical Team Solutions
Apoio Geral João Henrique Oliveira
Produção Executiva Catarina Santana

93ª produção da ArteViva – Companhia de Teatro do Barreiro

Sessões às sextas e sábados, às 21h30
Reservas: 910 093 886 e/ou geral@arteviva.pt
Bilhetes à venda em arteviva.bol.pt

SOBRE O  ESPECTÁCULO

Há datas que não necessitam de indicação do ano. Por exemplo, os franceses dizem “o 14 de Julho”, os alemães dizem “o 9 de Novembro”. Nós dizemos “o 25 de Abril”. São datas que não se esquecem, e todos sabem o seu significado. Por isso as comemoramos. (a)
Este espectáculo vem na sequência de um convite da Câmara Municipal do Barreiro, que muito agradecemos, para criarmos uma peça a propósito do cinquentenário do 25 de Abril. O teatro é um trabalho de equipa. Privilégio nosso, o de podermos contar com tantos e tão bons colaboradores.
No seu olhar crítico sobre as peças didáticas de Brecht, Peter Stein disse: “Eu nunca procurei ensinar o que quer que fosse num palco de teatro. Isso sempre me pareceu absurdo: a escola, e não o teatro, é que é o sítio onde se ensina”(b). E eu, humildemente, concordo. Por isso, o público não vai participar numa lição de história, mas num divertimento.
Partimos da seguinte ideia: uma companhia de teatro lança um desafio aos actores: como navegámos por tempos de verdades absolutas e como viemos aqui parar? O 25 de Abril foi uma revolução ou um golpe de estado?
O espectáculo tem um prólogo, seguido de quatro cenas. De 1973 (quando ainda se luta pelo império), saltamos para 1975 (quando se intensifica a luta entre legitimidade revolucionária e legitimidade democrática). Depois, saltamos para os anos 90 (já integrados na Europa e bons alunos). E terminamos nos nossos dias. É inevitável que, dada a rota de navegação escolhida, haja referências que nos são familiares – porque as vivemos ou lemos, ou as ouvimos de alguém.
O que vão ver é, acima de tudo, o produto de um enorme prazer – que é também um direito – que o 25 de Abril tornou possível: o de poder escrever, falar, cantar, dançar, em suma, criar e representar uma peça de teatro sem qualquer censura, em total e absoluta liberdade.

Jorge Cardoso

(a) Sobre o que era Portugal na véspera do 25 de Abril, e o que é hoje, consultar, E depois da Revolução – Cinco décadas de democracia, AA.VV., Fundação Francisco Manuel dos Santos, Outubro de 2023.
(b) Entrevista publicada pela Companhia de Teatro de Almada, in “Textos de Almada”, nº 82, Outubro de 2023 (a propósito da estreia de Schweik na II Guerra Mundial, de Bertolt Brecht).