AUDIÊNCIA SURPREENDEU EDUARDO VÍTOR RODRIGUES NA QUINTA DA BOUCINHA

O AUDIÊNCIA realizou, no passado dia 21 de outubro, um almoço na Quinta da Boucinha, em Vila Nova de Gaia, com o objetivo de celebrar os cinco anos da tomada de posse de Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Gaia. O evento contou com a presença de artistas, empresários, políticos e inúmeras personalidades gaienses.

 

No dia em que se assinalavam os cinco anos da tomada de posse de Eduardo Vítor Rodrigues como presidente da Câmara Municipal de Gaia, o AUDIÊNCIA não quis deixar passar a data em branco e reuniu um conjunto de personalidades para surpreender o autarca gaiense.

Joaquim Ferreira Leite, diretor do Jornal AUDIÊNCIA, referiu, no âmbito da comemoração, que aquele era “um dia especial e um dia significativo para o município de Vila Nova de Gaia, pois faz cinco anos que Eduardo Vítor Rodrigues é presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia”.

“O AUDIÊNCIA é uma força viva do jornalismo livre e independente. Posso dizer que estou na Ribeira Grande, na Ilha de São Miguel, mas sou gaiense e assumo-o claramente onde quer que esteja. E escolhi a data de hoje, em que se celebra o quinto ano de Eduardo Vitor Rodrigues na qualidade de presidente da Câmara Municipal de Gaia, para vir a Gaia, porque nós vamos voltar a realizar eventos com grande nível neste município. Tenho de destacar ainda que estou muito sensibilizado, porque todas as pessoas que eu convidei aderiram a este evento, exceto cinco que não puderam estar presentes por motivos profissionais”, anunciou o diretor do Jornal AUDIÊNCIA.

Uma das presenças foi a do jovem escritor e empresário açoriano, Rúben Pacheco Correia, que afirmou que o Jornal AUDIÊNCIA “tem sido um grande embaixador de Gaia nos Açores e dos Açores em Gaia”. Rúben Pacheco Correia aproveitou a ocasião para elogiar o trabalho que tem sido desenvolvido por Eduardo Vítor Rodrigues em prol da cidade de Vila Nova de Gaia e revelou, a este propósito, que “Gaia tem dado enormes contributos para a cultura e política do país, tal como os Açores”. “Aqui sinto-me em casa. Para mim, Gaia é uma ilha rodeada de Porto”, referiu.

Por sua vez, o homenageado, Eduardo Vítor Rodrigues, enalteceu o facto de ter sido surpreendido pelo AUDIÊNCIA e disse mesmo que “estou aqui com todo o gosto e com todo o empenho, mas também quero dizer-vos com honestidade que não temos aqui nenhuma organização que tenha outra leitura que não seja a de um grupo de pessoas que o AUDIÊNCIA convidou e um grupo de amigos que se reuniram com um pretexto pessoal, no sentido que é um pretexto muito afetivo e sentimental que é o pretexto de que faz hoje cinco anos que tomamos posse neste ciclo autárquico, que é um ciclo para o concelho e, mesmo do ponto de vista das críticas que possam existir, é um ciclo histórico. E é histórico no sentido que é um tempo muito específico. Claro que eu não me esqueço que uns dias antes da tomada de posse, no dia 29 de setembro, nós tínhamos feito aqui o quartel-general eleitoral e que foi exatamente aqui que nós ficamos a saber os resultados das eleições autárquicas. Por isso, este restaurante tem uma componente muito simbólica para todos nós e para mim em particular, porque, sem ser fundamentalista, acredito que nós somos todos feitos de espaços, de territórios e de momentos e é por esta razão que eu estou aqui com muito gosto”.

 

 

O presidente da Câmara Municipal de Gaia lembrou ainda as dificuldades e os obstáculos que foram ultrapassados ao longo dos últimos cinco anos e destacou que “a verdade é que começamos de uma forma difícil e com muitas dificuldades”.

“Não me esqueço que tive de ultrapassar e que a equipa que está comigo na Câmara, há mais tempo, também teve a obrigação e foi mesmo obrigação, de sublimar uma série de coisas e de ultrapassar muitas das dificuldades que tivemos. Neste contexto, tenho a certeza absoluta que, se nos últimos quatro ou cinco anos, nós tivéssemos assumido um modelo de utilizar a política para fazer ajustes de contas, aquilo que nos tinha acontecido é que em outubro no ano passado até podíamos ter ganho, mas estou convencido que, se calhar, nem isso e, sobretudo, não é esse o meu caminho e eu fico muito feliz com aqueles que saem da minha frente ou saem da minha beira por, exatamente, acharem que não deve ser este o caminho. Porque eu não tenho interesse nenhum em motivar toda a gente a estar comigo, pois isso é uma hipocrisia, o que eu tenho é a obrigação de motivar aqueles que eu gosto e aqueles nos quais eu acredito a estarem comigo e ou outros que façam o caminho deles e quando for necessário, eu estarei claramente na luta, para defender as minhas convicções sem qualquer tipo de receio”.

Eduardo Vítor Rodrigues lembrou, igualmente, que “2014 foi um ano muito especial, um ano de reconquista de alguma autonomia”, mas que “quando nos estávamos a levantar tivemos de recomeçar, porque vieram as duas sentenças judiciais da VL9 e da Cimpor, que nos levaram a começar outra vez a escalada e começamos essa escalada de uma forma que eu acho que foi muito honesta”.

“Os presidentes de Junta tiveram um momento de dificuldades, assim como as coletividades e as instituições, porque nós não podíamos dar aquilo que não tínhamos, mas fizemos o plano de saneamento financeiro e concluído o plano de saneamento financeiro conseguimos respeitar mais um bocadinho e depois tivemos esta situação verdadeiramente inacreditável que foi chegar às eleições com uma das Câmaras com maiores debilidades e mais endividadas e ainda hoje o é, mas neste momento está no verde, e ainda ter que ouvir, por parte daqueles que deixaram grande parte deste processo, que nós não fazemos nada. Nós entramos, por isso, no processo eleitoral com esta debilidade e foi, por um lado, um processo eleitoral duro, mas nunca tive dúvidas de que não era o resultado que me perseguia, mas um modelo de gestão e de contributos importantes. Não me esqueço que o Partido Comunista trouxe para a campanha eleitoral o debate sobre o transporte fluvial e eu, quando ouvi esta proposta, pensei «como é que eu nunca me lembrei de uma coisa destas tão rigorosamente?» e comecei, eu próprio, a vasculhar e a perceber como é que isto podia ser feito e como não podia ser feito, até que temos, hoje, um caminho a fazer e não foi ideia minha. Eu não tenho a presunção de que depois de tomarmos posse nos tornemos os donos da verdade ou os donos da razão e nós fizemos este trajeto que depois culminou no dia 1 de outubro do ano passado. Eu sentia que tínhamos ganho em 2013, mas que também tínhamos ganho porque tinha existido um processo de apodrecimento estrutural tal, que tinha fragilizado o próprio combate. Mas em 2017 não, em 2017 já não era só uma vitória, era uma vitória no número de votos, mas também era uma vitória no sentido de se verificar a avaliação das pessoas sobre os quatro anos de mandato, porque aqui já não havia dúvidas, ou seja, as pessoas iam votar não contra alguém, mas num projeto que já tinham percebido e experimentado durante quatro anos e, por isso, foi, de alguma forma, um momento de felicidade duplo, no sentido de ganharmos por termos mais votos, mas também no sentido de que era uma vitória que, no fundo, outorgava os quatro anos de trabalho anteriores e que me fizeram acreditar que nós tínhamos tido um modelo de gestão completamente distinto, sendo que o meu objetivo era, depois, passa-lo aos outros, isto é, passar às coletividades, às instituições de ação social, mas também passar às Juntas de Freguesia e o meu intuito era mostrar que se fomos capazes de fazer coisas tão importantes em quatro anos tão difíceis, íamos fazer coisas muito mais importantes em quatro anos menos difíceis e que todos juntos podíamos avançar e assim foi”, afirmou.

O autarca revelou também estar de consciência tranquila pelo trabalho que tem sido desenvolvido e que gostava de ter feito mais, mas que acredita “que é possível engendrar um modelo de desenvolvimento que una pessoas de sensibilidades diferentes, em torno da convicção de que existe um projeto no qual todos podemos ser parte e que depois cada um segue o seu caminho e faz o seu trajeto em prol de uma cidade e de uma sociedade cada vez melhor” e que o que espera “é que sintam este espírito de grupo e que pensem em Gaia como um todo”.

Durante o seu discurso, Eduardo Vítor Rodrigues divulgou ter dito ao Jornal Sol que tencionava “fazer os três anos que me faltam até ao resto do mandato” mas admitiu que “apesar de saber que um dia voltarei à faculdade onde fui muito feliz, porque foi a minha atividade profissional durante 17 anos e, em certa medida, sinto um bichinho por lá voltar e embora goste muito do que estou a fazer, mas não escondo que os quatro anos que se seguem são quatro anos que eu olho como sendo um fim de ciclo ou um encerramento de ciclo”.

“Portanto, aquele que poderia ser um almoço festivo é, na verdade, um almoço de compromisso e de responsabilização de cada um de vocês, porque eu vejo em cada um de vocês não a cor de uma camisola, mas um interlocutor absolutamente decisivo para fazer de Vila Nova de Gaia um território absolutamente marcante e espero que cada um de vocês faça a vossa parte, no sentido de vocês afirmarem, com o vosso trabalho nas mais variadas áreas, Vila Nova de Gaia no panorama nacional e internacional, de modo a que, fora das nossas fronteiras falem de Vila Nova de Gaia como sendo uma cidade sustentável e uma cidade inteligente que é feita por pessoas inteligentes, empenhadas e que mantêm as suas convicções, mas que ainda assim dão as mãos por um trajeto comum”, asseverou o presidente da Câmara Municipal de Gaia.

A poetisa de Serzedo Rosita Orfa foi outra das intervenientes desta comemoração e declamou dois poemas, um em homenagem ao presidente da Câmara Municipal de Gaia e outro em honra do diretor do Jornal AUDIÊNCIA.
Aproveitando a ocasião, Joaquim Ferreira Leite comunicou, em primeira mão, que aceitou “mais um desafio, que foi levar o Jornal AUDIÊNCIA à Ilha das Flores e dentro de três meses vamos ter um novo AUDIÊNCIA e vamos ter uma nova voz de Gaia na Ilha das Flores, mas não fica por aí, porque a Ilha Graciosa também quer. Agora eu tenho algo a decidir nos próximos dias que é se vamos fazer um jornal único para a Ilha das Flores, para a Ilha Graciosa e para a Ilha do Corvo, ou se fazemos uma edição para cada ilha”.

 

 

“Quero dizer ao senhor presidente da Câmara Municipal de Gaia que vou ter muita honra na próxima Gala, que vai decorrer ao longo de três dias, nos dias 1, 2 e 3 de fevereiro de 2019. No dia 1 de fevereiro, por convite que o senhor vai receber do Município da Ribeira Grande, realiza-se o Cantar às Estrelas, que é uma atividade que que tem muita preponderância no concelho e é um dia em que a população sai à rua para cantar à Nossa Senhora da Estrela, pelo que as pessoas que vão do continente à Gala do AUDIÊNCA assistem do Salão Nobre e das varandas da Câmara Municipal da Ribeira Grande a esse evento e até há uma hipótese de um dos grupos de Gaia ir cantar ao Cantar às Estrelas, vai um grupo do Canadá e talvez um de Gaia e eu digo talvez porque uma das figuras que vai estar no palco do Teatro Ribeiragrandense, no dia 2 de fevereiro, tinha de ser de Gaia. Por isso vai ser a pianista Rafaela Oliveira que vai estar no palco do Teatro Ribeiragrandense para embelezar o evento na qual que vamos distinguir, mais uma vez, 15 pessoas e instituições de Vila Nova de Gaia, da Trofa e da Ribeira Grande. Nós vamos ter também presentes 27 confrades da Confraria da Pedra. Para além disso, recebi há dias a informação de que o Orfeão de Valadares também vai estar presente na 14ª Gala AUDIÊNCIA”, exaltou o diretor do Jornal AUDIÊNCIA.

Neste sentido, Eduardo Vítor Rodrigues deixou uma nota a Joaquim Ferreira Leite e salientou que “é verdade que as coisas podem ser sempre vistas deste lado dos amigos quando precisamos deles ou quando não precisamos”, mas que esperava “estar sempre ao lado daqueles que, ao longo dos anos, participaram na nossa história de vida e estar sempre ao lado deles nem sempre é para lhes dizer amém, mas também para lhes dizer aquilo que pensamos e para discutirmos”.

“E espero que o Ferreira Leite, que ainda tem muitos anos pela frente, concorde que nós precisamos de nos dedicar claramente a um projeto, a um caminho e que precisamos de o fazer a partir de uma base sólida que é composta, inevitavelmente pelas nossas condições, pelos nossos projetos e pelas pessoas que nos acompanham, mas temos de ter também a noção de que há muita gente que depende de nós e que há muita gente que precisa de nós e que quando tomamos uma decisão, não tomamos uma decisão pessoal e, para um sociólogo como eu, há decisões que que têm sempre impactos na vida das outras pessoas e o que eu espero é que, em cada projeto e neste caso concreto deste alargamento do projeto, o Ferreira Leite também possa encontrar uma relativa paz para prosseguir este caminho sempre olhando para as consequências das suas ações. O que eu desejo, da mesma forma que o Ferreira Leite foi das primeiras dez pessoas que me telefonaram talvez no período mais difícil até do ponto de vista pessoal, é que ele tenha muita disponibilidade para abraçar novos desafios, mas que, se possível, mantenha e reforce a relação com a sua base relacional, que são aqueles que aqui estão e que não querem que ele venha apenas de vez em quando, mas que, se possível faça uma ponte aérea mais frequente e uma relação mais próxima com todos nós. Espero que o Ferreira leite faça muito este caminho, porque pessoas que o estimam ele tem, pessoas que o ajudam também tem com certeza e eu acho que nós estamos todos muito disponíveis para transformar, depois, esta estima em verdadeiras consequências do ponto de vista do seu quotidiano”, concluiu o autarca.

 

 

Poemas de Rosita Orfã

O seu aniversário

Exmo. Senhor presidente do Município de Vila Nova de Gaia Eduardo Vítor Rodrigues, com 5 anos de mandato a 21/10/2018, o seu aniversário.

Teve um almoço,
na Quinta da Boucinha.
muito bem servido como sempre e animado,
um reconhecimento merecido.

Correu tudo que foi um primor,
o sol brilhou naquela sala,
teve pitada de amor.

Um sentimento divino,
também não se deve desprezar,
que Deus lhe dê muita sorte,
para assim continuar.

Rosa Teixeira dos Santos (Rosita Orfa)
Serzedo, 21 de outubro de 2018

 

Há 10 anos sem pensar

Há 10 anos sem pensar,
que fui assim convidada,
para assistir a uma gala,
que surpresa abençoada.

Nem tinha conhecimento,
que o Jornal Audiência existia,
dirigido pelo diretor senhor Ferreira Leite,
bendito seja esse dia!

Um homem, um senhor, pois assim está confirmado,
semeou agora colhe
e está de amigos rodeado.

Com estas palavras simples mas merecidas,
eu assim vou terminar,
um amigo como o senhor Ferreira Leite,
é difícil de encontrar…

 

Rosa Teixeira dos Santos (Rosita Orfa)
Serzedo, 21 de outubro de 2018