O crescimento anual foi de apenas três por cento, representando o total cerca de 3,3 vezes o valor das receitas.
No mesmo relatório, refere-se que a Liga portuguesa melhorou em 24 por cento os valores globais, para 586 milhões de euros (média de 32,5 milhões por clube). Maiores dívidas, só na Inglaterra, Itália e Turquia.
A dívida líquida como percentagem de toda a receita caiu significativamente em seis anos, dos 65 por cento em 2009 para os atuais 40 por cento, o que a UEFA destaca como reflexo da adoção do ‘fair play’ financeiro, em 2011, que limita os gastos em função das receitas.
De forma consistente, as receitas têm crescido, para chegar aos 17 mil milhões – regista-se agora 20 anos a crescer sustentadamente, com uma média anual de 9,3 por cento por ano.
O bom andamento das contas, como reflexo da nova política de ‘fair play’, também é apontado na rubrica dos lucros operacionais agregados, que subiram para 1,5 mil milhões nos últimos dois anos, face às perdas de 700 milhões nos dois anos imediatamente anteriores.
As perdas agregadas desceram 81 por cento, com o ‘fair play’ financeiro, de 1,7 mil milhões para pouco mais de 300 milhões.
Por outro lado, o relatório destaca “níveis de investimento sem precedentes”, com 58 estádios finalizados entre 2014 e 2017, comparado com 23 no período anterior de quatro anos.
Desde a introdução dos novos requerimentos de equilíbrio (2001), 1,3 mil milhões de euros foram adicionados ao valor de ativos fixos no relatório e contas.
Os 15 principais clubes subiram 1,51 mil milhões de euros em receitas comerciais e de patrocínio nos últimos seis anos (aumento de 148 por cento), comparado com os 453 milhões pelo resto dos aproximadamente 700 clubes de primeira divisão (aumento de 17 por cento).
O relatório destaca ainda, entre outros pontos, que mais de 170 milhões de espetadores assistiram a jogos de campeonato em 2015/16, com 55 milhões em Inglaterra e Alemanha.
A ‘Premier League’ inglesa tem, com larga distância, a maior percentagem de jogadores estrangeiros: quase 70 por cento. Em quarto lugar aparece a I Liga portuguesa, com mais de 55 por cento.
Quarenta e quatro clubes dos principais campeonatos europeus são agora propriedade de estrangeiros, com donos de 18 nacionalidades diferentes – a maior ‘fatia’, sobretudo nos últimos anos, é de chineses. Em Portugal, o único caso é o do Estoril, detido por brasileiros (Traffic).