Movida com o intuito de colaborar para o bem-estar da comunidade maiense e ajudar aqueles que mais precisam, a Casa do Povo da Maia é uma referência na localidade. Com 45 anos de história e mais de 200 sócios, esta instituição conjuga atividades e serviços, numa perspetiva transversal e intergeracional, trabalhando, diariamente, em prol do desenvolvimento e da promoção da qualidade de vida da população.
A Casa do Povo da Maia foi fundada a 2 de dezembro de 1977, por concidadãos da freguesia. Sendo uma IPSS que trabalha em prol da comunidade onde está inserida, esta instituição, para além de se ter tornado um organismo de cooperação social, dotado de personalidade jurídica, também desempenhou um papel importante no desenvolvimento de inúmeras modalidades desportivas, como o futebol, voleibol, ténis de mesa, andebol e atletismo, alcançando títulos de relevo, no contexto regional e nacional, em alguns destes desportos.
A ação social é algo que lhe é inerente e, como tal, esta entidade assumiu, desde a sua génese, a função de responder às necessidades de quem mais precisa, adaptando-se, ao longo dos anos, e oferecendo novos serviços especializados, com o apoio de forças vivas locais, instituições governamentais e não-governamentais, emigrantes, voluntários e um número significativo de funcionários. Por conseguinte, atualmente, integra um vasto conjunto de valências, que apoiam desde as crianças, aos mais idosos, como Creche, Centro de Dia, Centro de Convívio de Idosos, Posto de Turismo, Biblioteca Infantojuvenil, Centro de Informática e Multimédia, CATL de São Brás, ATL da Lomba de São Pedro, Banco Alimentar, Grupo de Cantares e Ludoteca. O projeto CALÇOS, no âmbito do qual já foi desenvolvida a marca de doçaria artesanal Terras do Chá, constitui outra mais-valia e pretende lutar contra a pobreza e promover a coesão social, a partir de uma estratégia local de empreendedorismo inclusivo.
Assim, o 45º aniversário da Casa do Povo da Maia enalteceu a importância desta instituição, que é uma referência no concelho da Ribeira Grande, na Ilha de São Miguel e na Região Autónoma dos Açores, e contou com a presença de Daniel Pavão, diretor regional da Habitação, Filipe Tavares, diretor regional dos Recursos Florestais, Alexandre Gaudêncio, presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, e Suzana Ferreira, presidente da Junta de Freguesia da Maia, entre inúmeros representantes de entidades civis.
Na ocasião, Daniel Pavão, diretor regional da Habitação, parabenizou a entidade, todos os funcionários e sócios, asseverando que “sabem que podem contar com o Governo Regional, pelo dinamismo que é característico desta terra e desta gente, pois nós não conseguiríamos realizar a nossa obra sem as instituições, com o exemplo da Casa do Povo da Maia”.
Posteriormente, Filipe Tavares, diretor regional dos Recursos Florestais, foi convidado a dirigir algumas palavras aos presentes, enfatizando que “são 45 anos, por isso, é uma ocasião merecedora de ser celebrada e é um momento especial para agradecer a quem contribui para esta instituição e para realçar a importância da mesma para a Maia. É uma entidade com um grande carácter social e peso económico, sendo muito importante para a população e, por isso, cabe a todos nós, entidades oficiais, municípios e Governo Regional, contribuir para o sucesso destes projetos, que permitem, de um modo especial, servir o povo”.
Também Alexandre Gaudêncio, presidente da Câmara da Ribeira Grande, fez questão de participar nesta cerimónia, destacando o papel que esta IPSS tem na sociedade e a forma como se foi adaptando à mudança dos tempos. “Mais do que atribuir subsídios, as nossas instituições devem criar serviços de apoio à população para que, desta forma, possam receber justamente por essas valências. Felizmente, a Casa do Povo da Maia, desde a primeira hora, soube interpretar o seu papel na comunidade e, por isso, é hoje uma referência”, sublinhou o edil, dirigindo-se a Jaime Rita, presidente da direção desta entidade, afirmando que “é um exemplo para as novas gerações”.
Por fim, o líder desta instituição mencionou a história da Casa do Povo da Maia, repleta de luta e superação, garantindo que “ainda há muito trabalho para fazer, mas precisamos que a Câmara Municipal da Ribeira Grande e o Governo Regional continuem a ajudar-nos e a colaborar connosco, se possível, com mais intensidade, porque qualquer investimento que seja feito, aqui, vai ter retorno num futuro próximo”.
Enaltecendo as mais-valias desta instituição, que visa a promoção da qualidade de vida da população, Jaime Rita evocou as mais diversas parcerias desta IPSS, asseverando que “somos uma entidade com dinamismo e vontade de ir mais além, pois não queremos ficar por aqui”. Neste seguimento, o presidente da Casa do Povo da Maia revelou que o seu maior sonho passa pela construção de um Centro de Noite, “uma vez que há um grande problema, que está relacionado com o facto de os idosos ficarem sozinhos em casa, ainda para mais nesta zona, que não tem este tipo de respostas. Daí, acharmos pertinente termos esta valência, que terá como objetivo o acompanhamento noturno dos idosos, que regressariam às suas casas de manhã, o que beneficiaria os seniores, assim como os seus familiares”.
Após o momento das intervenções, sucederam-se as homenagens. Neste contexto, foi atribuído o estatuto de sócio honorário à Caixa de Crédito Agrícola Mútuo dos Açores, uma distinção que foi recebida pelo presidente desta instituição, António Gomes de Sousa. Paralelamente, também os mais antigos funcionários e personalidades relevantes para a Casa do Povo da Maia, José Manuel Pimentel, Paulina Pereira Câmara, José Francisco Ventura, Nádia Pimentel e Luís Lindo, foram reconhecidos, pela sua importância e dedicação.
A cerimónia solene terminou com um momento musical, protagonizado por Ana Paula Sousa e Rodrigo Carvalho, que antecedeu o corte do bolo e o brinde à longevidade desta IPSS.