Constituída por duas freguesias, Rio Tinto e Baguim do Monte, a cidade de Rio Tinto completou este ano o seu 26º aniversário. Numa altura em que os festejos ainda não podem ser feitos com toda a pompa e circunstância, o dia não deixou de ficar assinalado com uma pequena cerimónia onde se lembrou a luta que levou até aos dias de hoje e se projetou uma cidade sempre em crescimento.
Decorreu, no passado dia 21 de junho, a cerimónia do 26º aniversário da cidade de Rio Tinto, um evento que teve transmissão online e onde foram reconhecidas individualidades e coletividades que se destacaram neste último ano.
Desta forma, foram entregues Medalhas de Mérito da Cidade ao Sport Clube de Rio Tinto, pelos seus 98 anos de história e de atividade, e a Nelson Pereira, diretor da Unidade Autónoma de Gestão da Urgência e Medicina Intensiva e Coordenador da Urgência Covid-19 do Centro Hospitalar e Universitário do São João.
Ambos os homenageados fizeram questão de marcar presença e receber a distinção e se Jorge Madureira, presidente do Sport Clube de Rio Tinto fez questão de realçar que “o desporto está bem representado em Rio Tinto”, elogiando todos os clubes da cidade, não deixando de reconhecer que esta homenagem “dá um compromisso elevado para o que o clube tem de fazer” mas que se deve a todas as direções e pessoas que se envolveram ao longo dos anos, também Nelson Pereira frisou que a medalha não era só dele.
“Quero agradecer a um conjunto de pessoas ilustres que acharam que mereço esta homenagem. Mas ninguém trabalha sozinho e calhou que a minha atividade tivesse mais visibilidade pública. O meu trabalho é apenas a soma do trabalho de muita gente. Grato por acharem que sou digno”, referiu Nelson Pereira, acrescentando que “é um enorme orgulho ter assistido ao desenvolvimento desta terra”.
De facto, todos os intervenientes da noite frisaram o mesmo, o enorme desenvolvimento que a cidade de Rio Tinto assistiu nas últimas décadas. Começando por lembrar que esta era a primeira cerimónia pós pandemia, Nuno Fonseca, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, destacou que este era “um dia de festa” e que a elevação a cidade trouxe “dimensão e reconhecimento às duas freguesias”.
“Baguim do Monte não perdeu com a separação, ganhou identidade e espaço próprio. Hoje somos maiores, uma das maiores freguesias, mas com Baguim somos maiores e mais fortes. A cidade veio juntar o que nunca se tinha separado. Temos algo que nos une, a identidade. E a cidade cresceu muito, não está tudo feito, há sempre algo a fazer e é preciso continuar a ter capacidade de sonhar, idealizar e fazer o caminho, desenvolver as freguesias e em conjunto desenvolver a cidade”, reforçou Nuno Fonseca.
O presidente aproveitou ainda o momento para anunciar que a freguesia recebeu o galardão de Eco Freguesia, uma votação a nível nacional, na qual Rio Tinto conseguiu obter 94,65 pontos em 100 possíveis. “Esta é uma freguesia de proximidade, onde os cidadãos estão próximos, há formas fáceis de contactar. Temos preocupações de sustentabilidade e qualidade e um trabalho de qualidade e não de quantidade. Este prémio só demonstra que estamos no caminho certo, pois estas medalhas distinguem o melhor da nossa cidade”, acrescentou.
Também Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, marcou presença no evento e fez questão de elogiar o trabalho desenvolvido pelas Juntas na altura da pandemia, com a distribuição dos bens alimentares ou no transporte para a vacinação de quem não tinha outros meios, por exemplo. “Tivemos um ano e três meses de trabalho que ainda não terminou. Hoje as Juntas têm meios, capacidades e ainda vão ter mais no próximo mandato. Vai haver surpresas significativas neste território para compensar o desinvestimento e melhorar a qualidade de vida das pessoas”, garantiu o autarca.
Tiveram ainda a palavra Aníbal Lira, presidente da Assembleia Municipal de Gondomar, que lembrou os “tempos de combate e luta, assim como a dificuldade em fazer a assembleia para criar a freguesia de Baguim”. Por sua vez, Frederica Armada, representando o PS, recordou o desenvolvimento de Rio Tinto “de aldeia até vila e, mais tarde, a cidade” e destacou “a fase de grande desenvolvimento que leva o nome de Rio Tinto longe”.
Já António Queiroz, representante do Movimento Valentim, aproveitou o momento para lembrar o presidente da Câmara da situação na Triana e apelar para que seja feito algo. “Não há condições lá, devia haver uma intervenção da Câmara ou da Junta. Não se justifica que em altura de pandemia as pessoas vivam assim. Há quem tenha tudo de mão beijada e não respeite nada nem ninguém”.
Por seu lado, Bruno Pinto, do PSD/CDS, também fez um apelo, mas este dirigido à população. “Foram raras as Assembleias de Freguesia em que estiveram cidadãos, no local onde se toma decisões, se critica e se faz sugestões. Apelo aos cidadãos para que estejam atentos e tentem participar e criticar nos locais próprios”.