O Conselho de Ilha de São Miguel voltou a reuniu-se, no passado dia 23 de outubro, com o intuito de votar e debater a anteproposta do Plano e Orçamento da Região Autónoma dos Açores para o ano de 2024.
Apesar do parecer favorável emitido por 24, entre 41, conselheiros, Jorge Rita, presidente do Conselho de Ilha de São Miguel ressaltou que o orçamento apresentado “reduz a dotação de ações de promoção de estilos de vida saudáveis e prevenção/tratamento e reinserção dos comportamentos aditivos e dependências”.
Destacando que as dependências são uma preocupação transversal a todos os concelhos da Ilha de São Miguel, o líder deste órgão reforçou que “o parecer favorável deste Conselho de Ilha é assente com algumas reservas, que os conselheiros farão chegar ao Governo Regional dos Açores, nomeadamente, pela redução de apoio à internacionalização, no que se refere aos custos com transportes, pela falta de investimento em algumas escolas e nas vias rodoviárias (que inclui caminhos agrícolas), ou pela necessidade de maior esforço orçamental na área ambiental, de modo a mitigar os efeitos das alterações climáticas”.
De todo o modo, independentemente da proposta, o Conselho de Ilha de São Miguel foi unânime em reiterar que o mais importante é a execução orçamental, que “anualmente tem ficado muito aquém das propostas apresentadas”.
Neste seguimento, este órgão também analisou o estudo acerca do transporte marítimo de mercadorias e classificou-o como sendo “pouco objetivo”, uma vez que inclui “modelos que não deverão servir os interesses da economia micaelense. Perante esta situação, o Conselho de Ilha de São Miguel promoverá mais iniciativas que permitam analisar o modelo de transportes em vigor, nomeadamente, pelo cenário da liberalização”.