Eduardo Marta da Cruz, praticante amador do nonagenário Clube de Golfe de Miramar, acaba de arrecadar o principal troféu de Campeão interno do clube miramarense, ao bater tangencialmente o jovem Alberto Costa Marques, na final disputada em 36 buracos. Só que, o equlíbrio foi de tal modo evidente, que o “macth” só ficou decidido no 37º buraco, ou seja no primeiro buraco do desempate, cuja disputa valorizou grandemente a competição interna da instituição presidida pelo “histórico” associado José Miguel Mendes Ribeiro.
Curiosamente, Eduardo Marta da Cruz tinha sido vice-campeão do escalão sénior (acima dos 55 anos) na época passada, título que perdeu recentemente em favor de Manuel Au Yong Oliveira, campeão por diversas vezes e um nome histórico de Miramar nas últimas décadas. O novo campeão sucede a Diogo Mealha, sem hipóteses de defender o título devido às exigências competitivas que tinha no plano internacional. O torneio de qualificação, que apurou os 16 melhores “gross”, foi ganho por Afonso Rodrigues, que não foi além do primeiro “match” ao perder com o antigo campeão Jorge Abreu (2/1), enquanto Marta da Cruz vencia tangencialmente Pedro Pessanha por “score” idêntico para “travar” as ambições de Abreu nas meias finais, cujo “match” deu vantagem ao novo campeão (3/1).
Quanto a Alberto Costa Marques, superou o primeiro opositor (Pedro Machado) por 3/2 e garantiu presença na final ao afastar Gonçalo Anjos, por 2/1. Depois, durante uma final renhida, num confronto entre a veterania e a juventude, ganhou a maior experiência de Marta da Cruz, ainda que tenha sido forçado a suar as “estopinhas” para submeter o jovem Alberto. Em relação aos seniores, Manuel Oliveira conquistou o seu primeiro título no escalão, depois de bater copiosamente Luís Themudo, numa final sem história, que terminou com dez buracos por cumprir tal era a larga vantagem de que o vencedor já usufruía.
Taças Freitas da Costa e Nena integram calendário de provas
Entretanto, durante o jantar de entrega de prémios aos vencedores dos diversos torneios disputados em 2019, em cerimónia coordenada pela secretária Ana Paula de Sousa, foi anunciada a entrada de mais dois torneios no calendário anual de provas do clube. Trata-se da Taça António Freitas da Costa, que evocará anualmente a figura do malogrado ex-presidente que sucumbiu no pleno uso das suas funções, e da Taça Nena. Com efeito, no seio da prestigiosa instituição, cada vez mais perto das comemorações do centenário, a tradição mantém-se viva e a sala de jantar da “Club-house” encheu-se para aplaudir os vencedores do ano, tanto individual, como colectivamente.
Estas iniciativas são da maior importância para se avaliar e manter vivo o pulsar social da instituição que todos os associados sentem com grande intensidade. Por isso, já depois da conclusão dos trabalhos, todos os praticantes, que ao longo do ano, prestigiaram a colectividade com os seus feitos desportivos, foram alvo de ruidosa apoteose, merecendo destaque a proeza da jovem Ana Costa Rodrigues, nova campeã feminina, título que conquistou após ter destronado a bicampeã Rita Costa Marques; o novo campeão sénior, Manuel Au-Yong Oliveira, bem como o neófito campeão principal do clube, Eduardo Marta da Cruz.
De entre os feitos praticados em 2019 e enaltecidos pelo presidente José Miguel Mendes Ribeiro, num ano que o “líder” miramarense apelidou de “grande ano para o Golfe de Miramar”, individual e colectivamente, Mendes Ribeiro colocou ênfase nos seguintes galardões: Título Nacional de Clubes em Homens, repetindo a proeza do ano anterior; título de Campeão Nortenho de Clubes; título de bicampeão na Categoria de “Midi-amateurs”, bem como a vitória do “tetra” no Campeonato Nacional de Clubes nos escalões de Sub-14 e Sub-18 anos.
Quantos às categorias ainda por concluir – “Midi-amateurs” (acima dos 35 anos) e juniores – por indisponibilidade de datas dos competidores envolvidos, ainda não foi possível concluir as fases de “Match-play” e encontrar os sucessores de Manuel Oliveira e Pedro Cruz Silva.
“Hole-in-one” de Policarpo no Torneio de Natal do Fôjo
Um “hole-in-one” alcançado por Joaquim Policarpo foi o aspecto mais marcante do Torneio de Natal Pousio da Quinta do Fojo, que contou com a participação de quatro dezenas de concorrentes. A proeza aconteceu logo no buraco “1”, um par 3 com 110 metros, mas a classificação final do jogador foi bastante modesta e ficou longe de corresponder ao furor inicial. Na globalidade da sua prestação, Joaquim Policarpo foi 13º na classificação bonificada, ganha por Ana Luísa Cruz, com 38 pontos, tal como José Mário Alves, enquanto Pedro Pinho e João Frederico chegam ambos aos 37.
Já na modalidade “gross”, o “score” de Policarpo foi ainda menos animador, tendo ficado sensivelmente a meio da tabela (22º lugar). Aqui, o vencedor foi o anfitrião Gonçalo Mota, um dos concorrentes mais credenciados em prova (“handicap” 8), que concluiu os 18 buracos com 28 pontos, seguido de João Frederico e Luís Mesquita, ambos com 25. Na sua performance buraco-a-buraco, em termos de alta competição (“stroke-play”), Gonçalo Mota rubricou um “birdie”, 10 pares, cinco “bogeys” e dois duplos, “score” que lhe permitiu vencer destacado, com três pontos de vantagem sobre Frederico e Mesquita. Quanto aos prémios especiais, Joaquim Policarpo foi também o autor do “drive” mais longo, ao passo que Sofia Rito Pinto mostrou bem a precisão que lhe permitiu vencer o prémio para a “bola mais perto da bandeira”.