Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Gaia, afirmou, aquando da reunião de apresentação do Relatório e Contas de 2017, que “este é o melhor relatório das últimas duas décadas, graças às melhores contas de sempre” e que as contas foram fechadas com um saldo de 17 milhões de euros.
O autarca apontou que “os pagamentos em atraso atingiram o zero” e explicou que Vila Nova de Gaia “tem dívida bancária, mas não dívida vencida”.
De acordo com os dados apresentados, a dívida da Câmara de 299 milhões de euros, que foi herdada da era de Luís Filipe Menezes, foi reduzida, em quatro anos de mandato, para os 138 milhões de euros.
Eduardo Vítor Rodrigues revelou, a este propósito, que “estivessem todos os Municípios e o país, como está Gaia, e éramos a Finlândia” e acrescentou que “esta estabilidade financeira” é conseguida ao mesmo tempo em que “a fatura da água e o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) baixou duas vezes” e em que foram “integralmente pagas as sentenças e os acordos judiciais”.
O autarca sublinhou ainda que foram pagas dívidas em atraso no valor de 29,9 milhões de euros, que eram anteriores a 2013, isto é pertencentes ao período anterior ao seu primeiro mandato, no qual Luís Filipe Menezes era presidente da Câmara Municipal de Gaia.
O Relatório de Contas de 2017 descreve que a receita corrente foi de 124.922,28 milhares de euros (93,61%), enquanto a de capital é de 8.530,98 (6,39%), o que faz um total de receita de 133.453,26 milhares de euros. Em 2016 o total era de 163.515, 06 milhares de euros.
No que concerne as receitas mais crescentes, estas foram decorrentes do Imposto Municipal sobre a Transmissão Onerosa de Imóveis (IMT) que correspondiam a 9,56% do total de receitas correntes em 2016, passando para 14,11% em 2017, num total de 17.622,67 milhares de euros arrecadados.
O Relatório mostrou que o IMI continua a ser o imposto que mais contribui para a receita corrente da Câmara de Gaia, que arrecadou no ano transato 44.171,21 milhares de euros com esta contribuição, mais de cerca de 372 mil euros do que a verba arrecadada em 2016.
Eduardo Vítor Rodrigues referiu que “somos sustentáveis. Se vivêssemos de empréstimos e receitas extraordinárias não seríamos sustentáveis”, e descreveu que o prazo médio de pagamento a fornecedores passou de 206 dias em 2013, para 48 dias em 2016, e para 44 dias em 2017.
No que respeita a despesa corrente esta aproxima-se, mas não ultrapassa os 90 milhares de euros, enquanto a de capital aproxima-se dos 40.
A repartição global do investimento também foi descrita no Relatório, e contemplou cerca de 14 milhares de euros para investimento direito em 2017, quando em 2016 eram cerca de 13, e cerca de quatro milhares de euros para transferências de capital, sendo que em 2016 eram em cerca de 10 milhares.
Por fim, o autarca analisou a poupança corrente e salientou que em 2014 esta foi de 24.833,30 milhares de euros, tendo aumentado para 36.553,84 no ano passado.
“Estamos com um saldo positivo, numa altura em que pretendemos avançar com a nova ponte e quando temos compromissos de comparticipação de obras nacionais como três milhões de euros para as escolas E/B 2-3 e três milhões de euros para o Hospital”, enalteceu Eduardo Vítor Rodrigues, que confirmou que em causa estão “as melhores contas de sempre conseguidas com mais investimento e com menos impostos”.