O European Innovation Council (EIC) publicou os resultados da ronda de financiamento de outubro de 2024, do programa Accelerator. Nos vencedores está a portuguesa PfxBiotech, do Porto, que conseguiu o apoio de 9,5 milhões de euros. O programa teve mais de 71 empresas aprovadas com um total de 1211 candidatas (taxa de sucesso de 6%), representando 387 milhões de euros. Nesta ronda participaram 16 empresas nacionais.
A PfxBiotech, empresa baseada na UPTEC, no Porto, conseguiu recursos para escalar a produção de proteínas de leite através de fermentação de precisão, a começar pela lactoferrina. Esta proteína tem propriedades bioativas e multifuncionais na área infantil, eliminando o risco de alergias, bem como na área da nutrição avançada para populações com necessidades nutricionais especificas, como desportistas. A tecnologia desenvolvida permite não só a produção de proteínas de leite humano, mas também de outras moléculas funcionais e contribui para ultrapassar obstáculos como o da sustentabilidade alimentar e o bem-estar animal.
Desde que começou, em março de 2021, 16 empresas deep tech nacionais tiveram financiamento aprovado no EIC, contabilizando cerca de 91,5 milhões de euros no EIC Accelerator, o principal instrumento da iniciativa integrada no Pilar III do Horizonte Europa
O EIC Accelerator quer apoiar start-ups e PME com tecnologias a desenvolverem os seus negócios à escala mundial, através da proposta de financiamento a fundo perdido até 2,5 milhões de euros, junto com investimentos de capital próprio até 10 milhões de euros vindo do Fundo do EIC.
Além do apoio financeiro, as empresas usufruem de serviços de aceleração de negócios que dão acesso a oportunidades de crescimento a nível mundial.
As empresas têm vindo a ser apoiadas pela ANI, no acesso a financiamento, através da rede dos Pontos de Contacto Nacional ao Horizonte Europa e pela Enterprise Europe Network (EEN). A participação nacional no EIC é acompanhada pela ANI.
“O desempenho de Portugal no EIC Accelerator representa uma oportunidade para impulsionar negócios deep tech de origem nacional, fomentar a atração e retenção de talento e ampliar a visibilidade das PME tecnológicas e do ecossistema nacional em mercados internacionais mais competitivos. A ANI tem vindo a reforçar o seu papel na promoção da participação nacional no EIC, particularmente no Accelerator, garantindo um compromisso contínuo no apoio às empresas com tecnologias inovadoras e disruptivas”, afirmou António Grilo, presidente da Agência Nacional de Inovação.
