EXECUTIVE TEA CLUB: UMA VIAGEM PELA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA VISÃO DE RUI MARANHÃO

Com o mote “Os superpoderes da IA”, o 27º evento exclusivo do Executive Tea Club decorreu, no passado dia 18 de fevereiro, no The Yeatman, em Vila Nova de Gaia. Rui Maranhão, professor universitário e especialista em engenharia de software e Inteligência Artificial (IA), foi o palestrante convidado deste encontro, que promoveu momentos de aprendizagem e conexão às dezenas de participantes.

 

O 27º evento do Executive Tea Club decorreu no passado dia 18 de fevereiro, no The Yeatman, em Vila Nova de Gaia, e voltou a proporcionar momentos únicos de partilha e networking às suas dezenas de participantes. Com o mote “Os superpoderes da IA”, o certame, cuja receita angariada reverteu a favor da Mama Help, teve como orador convidado Rui Maranhão, professor universitário e especialista em engenharia de software e Inteligência Artificial (IA).

Na ocasião, as cofundadoras deste projeto, Elsa Ramalho e Raquel Mota Pinto, deram as boas-vindas às empreendedoras numa sala onde prevaleciam os aromas a alecrim e lavanda, que foram combinados por Ana Pinheiro, com base nas preferências da rainha Catarina de Bragança. “Ela foi uma visionária e usou a sua inteligência para potenciar a história de outras mulheres. Se Catarina vivesse hoje teria ao seu lado um outro aliado, a Inteligência Artificial”, afirmou Elsa Ramalho, sublinhando que “o verdadeiro poder está na forma como utilizamos o conhecimento, neste caso, gerado por Inteligência Artificial, para criarmos impacto na vida dos outros”.

Neste seguimento, Raquel Mota Pinto, aproveitou o momento para revelar que “o Executive Tea Club celebra um ano no Dubai e vamos começar essa experiência no Bahrain”. “A Catarina de Bragança além de ter levado o chá à corte inglesa, também ensinou os ingleses a usar os talheres”, salientou a cofundadora deste projeto, contando que “a Elsa e eu andamos a estudar a história da Catarina e vamos tentando aproximar-nos o mais possível daquilo que ela fazia na época e ela tinha uns gostos particulares, pois gostava de canela, laranja, alfazema, rosmanino. Então, a Infusões com História desenvolveu um blend, que tem por base o broken leaf dos Açores e depois tem todos estes aromas que a Catarina tomava na época”.

Após a degustação, foi Rui Maranhão, professor universitário e especialista em engenharia de software e IA, sendo também research software engineer na Meta, quem tomou a palavra, para dar início à palestra com o tema “Os superpoderes da IA”.

Desmistificando a Inteligência Artificial, o especialista adiantou que a IA “é muito mais do que os chamados LLM’s (Large Language Model) e do ChatGPT, uma vez que vai desde a robótica, o trading, etc.”.

Segundo Rui Maranhão, a Inteligência Artificial “é uma ferramenta que veio para ficar, mas, nós temos é que aprender duas coisas. Primeiro, é como interagir com a ferramenta e a segunda é sermos extremamente críticos sobre aquilo que recebemos, pois devemos verificar se há informação relevante em mais sítios, nomeadamente em sites fidedignos. Agora, é muito difícil, porque a IA, nomeadamente a generativa, consegue, na verdade, fazer coisas que antigamente nós não conseguíamos fazer, como manipular vídeo e imagens e a velocidade com que conseguimos mudar e criar coisas que não existem é muito grande”.

Alertando que “temos de ter muito cuidado quando usamos uma ferramenta como o ChatGPT e sermos extremamente críticos sobre aquilo que estamos a receber”, o especialista em engenharia de software e IA explicou que “no momento em que vocês escrevem algo no ChatGPT, se não for pago, o Chat vai aprender com aquilo que vocês escrevem e a vossa informação já era. Não é pública, porque é difícil de ir lá buscar. Mas, se alguém perguntar alguma coisa próximo daquilo que vocês escrevem, eles podem ver aquilo que escreveram como resposta. Portanto, é importante termos atenção à informação que lhe damos. Por outro lado, o LLM privado, pago, é a forma também de eu criar um perfil muito parecido comigo. Ele vai aprender a forma como eu quero escrever e se eu lhe enviar textos meus, como e-mails, artigos de opinião, etc., ele vai aprender que aquela é a forma de eu escrever”.

Segundo Rui Maranhão, Large Language Model “tenta, basicamente, simular o nosso cérebro”, contudo, “nós também temos de ter consciência que a ferramenta não tem humanidade embutida. Não há nada de humano na ferramenta e quem pensar isso está a ser enganado, porque nós, neste momento, não conseguimos capturar numa máquina três coisas, que são fundamentais na humanidade, que são consciência, senciência e o livre arbítrio e enquanto não capturarmos isto, nós não temos uma máquina pensante, não temos uma entidade que pense, apenas temos uma entidade que é capaz de debitar aquilo que já viu e, portanto, nós temos de tentar perceber onde é que nós, no processo, queremos colocar a criatividade, que é para ajudar a máquina. A máquina vai ajudar a colocar aquilo que já viu e nós vamos ser responsáveis por colocar a criatividade, a inovação e o nosso toque”.

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