Os municípios de Gondomar e Póvoa de Lanhoso assinaram, no passado dia 22 de março, um protocolo de colaboração e compromisso para a “promoção conjunta de uma candidatura da filigrana a Património da Humanidade”.
Além do documento, assinado pelos respetivos presidentes, Marco Martins e Manuel Baptista, foi também registada a marca “Filigrana de Portugal” no Instituto Nacional da Propriedade Industrial, seguindo também para o Ministério dos Negócios Estrangeiros um pedido de registo no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, “cujo intuito máximo será candidatar este bem a Património Imaterial da Humanidade”.
“É importante que junto enfrentemos este desafio para a marca da filigrana, que une os dois concelhos, seja uma marca de Portugal”, afirmou o presidente da Câmara de Gondomar. Já Manuel Baptista destacou a importância desta parceria, considerando “um exemplo do que os municípios podem fazer, neste caso, que certifiquem e valorizem aquilo que os une”.
Para os dois municípios, a filigrana portuguesa “representa a excelência da qualidade de produção manufaturada, reconhecida além-fronteiras” pelo que é importante “preservar e valorizar esta arte ancestral para oferecer ao mundo o que de melhor e mais único se produz em Portugal no setor da ourivesaria”.
“A filigrana portuguesa simboliza a história, a tradição e a herança que fazem parte integrante da nossa identidade cultural”, acrescentam.
Sendo uma arte milenar, a filigrana exige dos artesãos um trabalho de minúcia com os fios de ouro ou prata, subtilmente torcidos, que são depois aplicados em várias formas. Em Portugal, Gondomar e Póvoa de Lanhoso são dois núcleos de produção identificados com séculos de tradição.