A Universidade de Aveiro está a desenvolver um estudo sobre a solução para combater infeções fatais. O projeto passa por estudar a ação da bactéria através da terapia fotodinâmica. Já foi testada, com sucesso, a reação em abcessos na pele e infeções do trato urinário.
Chama-se Staphylococcus aureus, é uma bactéria responsável por várias infeções potencialmente fatais em humanos. A lista das infeções que S. aureus pode provocar é interminável. Tratada facilmente com vulgares antibióticos até há poucas décadas, as infeções hospitalares e na comunidade causadas por S. aureus multiresistentes a antibióticos aumentaram dramaticamente nos últimos 30 anos. O tratamento é, por isso, difícil, moroso e frequentemente ineficaz.
Com sucesso, a equipa de químicos e biólogos da UA constituída por Adelaide Almeida, Amparo Faustino, Maria da Graça Neves, Tatiana Branco, Cristina Dias, Nuno Moura, Cristina Dias, Vânia Jesus, Ana Peixoto e Nádia Valério, testou in vitro e na pele a terapia fotodinâmica, por si só ou combinada com antibióticos, para inativar esta bactéria.
“Os resultados mostraram que a terapia fotodinâmica, usada já vulgarmente para tratar, por exemplo, o acne, é uma abordagem eficaz para controlar a infeção por S. aureus na pele, inativando a bactéria eficazmente após três ciclos sucessivos de tratamento com luz e sem adição de antibióticos entre ciclos, ou após um ciclo usando a ação combinada da terapia com o antibiótico ampicilina”, congratula-se Adelaide Almeida.
A avaliação deste efeito combinado foi realizada pela equipa da UA em pele de suíno, considerada um bom modelo de teste para a pele humana, devido às semelhanças das suas propriedades histológicas, fisiológicas e imunológicas.