Eduardo Vítor Rodrigues é o candidato a presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia pelo PS. O atual presidente do concelho afirmou, em entrevista ao Jornal AUDIÊNCIA, que as melhorias em Gaia nos últimos oito anos são notórias, uma vez que fez obra, apostou em projetos e, mesmo assim, conseguiu colocar as contas do município no verde. É por acreditar que protagonizou esta melhoria que se afirma como recandidato e pede aos gaienses que confiem nele para um terceiro mandato. Eduardo Vítor Rodrigues deixou ainda em cima da mesa projetos que espera trazer para Gaia nos próximos anos como a criação de auto-silos nas interfaces de transporte público, a finalização da obra do Hospital de Gaia, a criação de uma Unidade de Cuidados Continuados, o Centro Cultural e de Congressos, o Pavilhão Multiusos, entre muitos outros.
O Eduardo Vítor Rodrigues tomou posse, em 2013, dos destinos de Gaia, que lidera até ao presente. Porque decidiu recandidatar-se a presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia?
Eu tomei posse em 2013, com uma Câmara conhecida por dever a todos os fornecedores e por obra feita e não paga, com problemas com os fornecedores e com a Justiça. Mas também com aspetos positivos, que importava manter e reforçar. É certo que me importava mostrar que é possível gerir um enorme município como Gaia mantendo as contas saudáveis, o investimento em alta e criar políticas sociais humanistas e avançadas. Nessa altura, candidatei-me por acreditar num modelo diferente de política local humanista, rigoroso e ambicioso. O trabalho inicial foi árduo, reestruturamos a Câmara e as empresas municipais, alargamos o conjunto de apoios sociais, nomeadamente baixando ou extinguindo impostos, taxas e tarifas municipais: extinguimos a “famosa” taxa das rampas, a taxa de proteção civil e, em 2015, baixámos pela primeira vez o IMI, mesmo não tendo ainda as contas no verde. E fizemo-lo mais quatro vezes ao longo da minha gestão. Os opositores diziam que era poucochinho. Eu sempre lhes disse que mais-valia poucochinho de cada vez, do que ter estado 16 anos sem nunca sair das taxas máximas. É certo que a Câmara estava em desastre financeiro, mas a culpa não era dos cidadãos. Eu tinha a obrigação de mostrar que quem tinha de emagrecer era a estrutura municipal, não optando pela via mais fácil de esmifrar os cidadãos em taxas e impostos. Foi o que fiz. Passámos com as contas ao verde em 2017 e reforçámos o ciclo de investimento inteligente e sustentável. Bom investimento para a cidade e para as pessoas, captação de investimento e criação de emprego e de riqueza para todos. Assumimos comparticipações financeiras para a requalificação integral do Hospital, os novos centros de saúde, a renovação das escolas, os espaços públicos e as políticas sociais. A pandemia surgiu e muita da abordagem mostrou-se importante. Se a pandemia tivesse surgido em 2014 ou em 2015, poderíamos ter a mesma vontade de apoiar e de ajudar, mas estávamos secos de recursos financeiros. A capacidade de resposta na pandemia veio mostrar a importância da boa gestão e das contas no verde. Aí, fomos capazes de mostrar a importância das políticas sociais municipais, como o programa de testes nas IPSS e nas escolas, o apoio aos cuidadores informais, o apoio ao arrendamento, o apoio no programa de vacinação, o apoio às empresas, às escolas e às famílias. Ainda assim, a Câmara não parou. Mantivemos a Câmara a funcionar, os serviços fundamentais em regularidade e a aposta no apoio às famílias, às empresas e ao comércio de Gaia. Os investimentos fundamentais e a capacidade de reivindicação políticas foram postos à prova: conseguimos um histórico investimento na expansão da linha de metro, na requalificação do hospital, nos novos equipamentos escolares e de saúde, nas infraestruturas sociais, entre tantos outros. E fizemos o nosso trabalho nos investimentos locais, nos transportes (transferidos para os municípios há apenas dois anos e meio), na rede viária, entre tantos outros. Assinamos com o Estado o segundo maior pacote financeiro para a habitação a rendas acessíveis, no montante global de 145 milhões de euros até 2025, entre tantos outros.
Quais são as principais motivações da sua recandidatura?
A continuação do trabalho iniciado e que reputo de muito positivo. Eu e a generalidade das pessoas. O trabalho não se faz de varinha mágica, ou de um dia para o outro. Faz-se com dedicação, com empenho, com um verdadeiro sentimento humanista e de respeito pelo dinheiro de todos.
Passados oito anos, qual é o balanço que faz dos últimos dois mandatos?
Para mim, a continuidade do trabalho e a tranquilidade com que peço a confiança das pessoas para os próximos quatro anos só depende do balanço muito positivo que faço do trabalho desenvolvido. Se fizesse um balanço negativo ou neutro, não seria candidato. Sou candidato, porque me considero a pessoa mais bem preparada para os desafios dos próximos anos, e porque acho que fizemos um trabalho marcante nestes anos.
Como vê a evolução do concelho de Gaia nestes últimos anos? Existe algo que não fez e gostava de ter feito? Se fosse hoje, o que faria de diferente?
O concelho está melhor em todos os aspetos. Como estará melhor daqui a vinte anos, assim sejamos capazes de aproveitar de forma competente e honesta os fundos comunitários que temos pela frente. Não sou daqueles que acham que o mundo começou com eles e acabou com eles. Gostaria de ter ido mais longe em alguns processos que a pandemia atrasou ou travou. Mas também acho que a pandemia foi um teste que permitiu tirar muitas conclusões. E uma das conclusões é que não somos os heróis do mundo, somos pessoas e instituições que se afirmam mais fortes quando trabalham em rede, e não para massajar o ego de gente vaidosa ou insegura.
Se for reeleito, o que anseia concretizar durante o seu último mandato em prol do desenvolvimento da população e do concelho?
A combinação das políticas de boas contas, com redução de taxas e impostos, as políticas de investimento inteligente e as políticas de cunho humanista e para ajudar os mais frágeis será sempre a combinação perfeita do meu mote de trabalho. A continuidade das intervenções na orla ribeirinha, as Encostas do Douro, a educação e a ação social, o apoio ao movimento associativo, social, cultural, desportivo, serão prioridades. Como fiz até agora.
Em caso de vitória, pode mencionar alguns projetos que serão implementados nas áreas da educação, saúde, desporto, cultura, ação social e ambiente?
O programa de candidatura é vasto e estruturado. Inclui projetos já em curso do mandato que agora termina, com novas abordagens à realidade atual. A criação de auto-silos nas interfaces de transporte público é determinante, a expansão das novas linhas de metro, já contratualizadas, a habitação a rendas acessíveis, a melhoria constante da atividade de “diplomacia económica” para trazer empresas e emprego para Gaia, a segurança, a melhoria e aumento dos espaços verdes e a causa animal, a aposta na cultura e no desporto para todos, entre tantos outros. Gaia é todo um mundo de pessoas e de realidades, será todo um mundo de políticas para os diversos problemas e grupos sociais.
Que equipamentos/infraestruturas acredita que enriqueceriam e proporcionariam melhor qualidade de vida em Vila Nova de Gaia?
A finalização da obra do nosso Hospital de Gaia e a nova proposta de criação de uma Unidade de Cuidados Continuados, os novos centros de saúde, as escolas integralmente remodeladas, mas também equipamentos que nos afirmem na região em termos económicos e culturais, como o Centro Cultural e de Congressos, o Pavilhão Multiusos ou a rede de piscinas para todos. A criação do Jardim-Museu Botânico, adquirindo a Quinta dos Condes Paço Vitorino, e criando um novo polo ambiental, regional e nacional.
Relativamente ao projeto autárquico que lidera para este concelho, pode falar-nos sobre a equipa que o está a acompanhar ao longo deste desafio?
É uma equipa coesa e articulada com os meus ideais. Não é um conjunto avulso de tendências, mas uma equipa que reconhece um rumo e uma liderança, coesa e empenhada no concelho e na região. Não é uma bagunça de lutas internas. Quem não governa a sua equipa não pode querer governar o terceiro maior concelho do país. Gente de Gaia, gente que faz, gente honesta. É este o meu mote.
Que mensagem gostaria de deixar à população?
Participem. Votem. Seja em quem for. E se acharem que personifico a gestão honesta, sem exibicionismos, mas a pensar nas pessoas, com investimento inteligente e gestão sustentável, votem em mim e na minha equipa. Eu prometo tudo fazer para continuar a não vos desiludir. Certo é que peço a adesão de todos. Governei para todos, de forma isenta e transparente; as autarquias são também locais onde se confia nas pessoas para além dos partidos. Julgo que mereço a vossa confiança e o vosso voto. Peço que sejam empenhados. Não basta ganhar; é preciso dar força a Gaia. E, para isso, o resultado tem de ajudar a dar força às reivindicações, aos projetos que temos e às negociações com as entidades públicas e privadas.
Lista de Candidatos do PS à Câmara Municipal de Gaia
- Eduardo Vítor Rodrigues
- Patrocínio Azevedo
- Marina Mendes
- José Guilherme Aguiar
- Dário Soares Freitas
- Paula Carvalhal
- Valentim Miranda
- Elísio Pinto
- Célia Mendes Correia
- Daniela Vieira
- Manuel Monteiro