Publicamos hoje o último conto a concurso, ficando agora a aguardar o veredito dos nossos leitores e seguidores, cujo prazo de envio das respetivas pontuações expira decorridos 30 (trinta) dias desta edição do jornal AUDIÊNCIA GP. Após essa data passarão então a ser conhecidos os resultados do nosso concurso “Um Caso Policial no Natal”, estimando-se que o calendário da divulgação das pontuações atribuídas aos últimos 14 contos: na próxima edição (1 de abril), serão conhecidas as pontuações dos contos n.ºs 6, 7, 8, 9 e 10, e respetiva classificação geral até ao décimo conto; no dia 10 de abril, serão divulgadas as pontuações alcançadas pelos contos n.ºs 11, 12, 13, 14 e 15, e respetiva classificação geral até ao décimo quinto conto; e no dia 20 de abril… será anunciada a realização de mais um convívio-policiário, desta feita em São Pedro de Sintra, como habitualmente no restaurante Sabores de Sintra, a ter lugar no mês de maio (em dia a determinar), onde serão anunciadas as pontuações obtidas pelos contos n.ºs 16, 17, 18 e 19, e a classificação geral final, seguindo-se a entrega dos prémios conquistados pelos autores, em cerimónia a que chamamos “sobremesa da consagração”. Aqui fica o último conto a concurso:
“Um Caso Policial no Natal” – DÉCIMO NONO CONTO
ERA VÉSPERA DE NATAL, de Arjacasa
Numa pequena povoação transmontana coberta de neve as ruas estavam decoradas com luzes coloridas, e as pessoas reuniam-se em suas casas para celebrar a festividade.
No largo principal, a malta mais nova juntou um monte de troncos de árvore e já estava a arder a tradicional fogueira de Natal, onde depois do jantar se juntavam as pessoas para confraternizar, até que chegava a hora da Missa do Galo à qual ninguém faltava.
Estava uma noite mágica, como era habitual todos os anos.
Os filhos e os netos vinham de cidades e países distantes para passar a Consoada e o Natal com os pais.
As mulheres ainda atarefadas em ter tudo pronto davam os últimos retoques nas sobremesas, porque a refeição noturna estava pronta para toda a família que se reunia sempre naquela noite de Consoada.
Os homens tratavam da fogueira para que o calor familiar não fosse prejudicado pelo frio habitual da época.
As crianças também já tinham acabado de enfeitar a árvore de Natal e colocado as prendas debaixo dele e estavam muito felizes e ansiosas pela chegada da hora da abertura dos presentes.
Tudo parecia correr bem e todos estavam felizes.
No entanto, algo de sinistro aconteceu para abalar a tranquilidade do lugar.
A pacata povoação vivia em completa harmonia há anos, sem sequer um único crime registado. No entanto, naquela noite, um crime aconteceu. O corpo de um homem foi encontrado na sua casa, um local onde deveria prevalecer o espírito natalício.
O detetive Morgado, conhecido pela sua dedicação e capacidades de dedução, foi designado para investigar o caso. Sabendo que a data festiva estava prestes a chegar e que era importante trazer justiça à comunidade, decidiu começar suas investigações imediatamente.
A vítima, identificada como Roberto Ferreira, era um renomado escritor de livros infantis, conhecido por suas histórias encantadoras. Parecia inconcebível que alguém quisesse fazer mal a um homem tão adorado por todos na cidade.
Enquanto interrogava os moradores, o detetive Morgado, logo percebeu que todos tinham álibis sólidos para a noite do crime. Ninguém parecia ter motivo algum para maltratar o Roberto Ferreira ou prejudicar o espírito natalício da povoação.
No meio das pistas escassas, o detetive encontrou um cartão misterioso deixado na casa da vítima. Nele, havia uma mensagem enigmática escrita à mão: “Feliz Natal, mas cuidado com as mentiras que se escondem atrás do sorriso. A verdade encontra-se nas iniciais”.
Essa mensagem deixou o detetive Morgado intrigado. Começou a analisar todas as pessoas próximas da vítima, procurando por nomes que correspondessem às iniciais mencionadas. Logo, ele descobriu que apenas duas pessoas se encaixavam: Sara Teixeira, sua vizinha mais próxima, e Alfredo Martins, um amigo próximo.
Determinado a resolver o caso antes do amanhecer de Natal, o detetive convocou tanto Sara quanto Alfredo para interrogá-los separadamente. Ambos negaram qualquer envolvimento no crime, mas as suas reações nervosas levantaram suspeitas.
Após uma meticulosa análise da cena do crime e dos depoimentos dos suspeitos, o detetive Morgado finalmente desvendou o mistério. Roberto havia descoberto um segredo sombrio sobre a vida pessoal de ambos os suspeitos e, infelizmente pagou o preço por isso.
Sara e Alfredo, que estavam envolvidos num relacionamento secreto, eram os responsáveis pela morte do escritor. Eles temiam que a verdade viesse à tona e suas reputações fossem arruinadas.
Ao revelar suas motivações e provas contra os suspeitos, o detetive conseguiu trazer justiça à povoação naquela quadra de Natal. A comunidade, embora abalada, estava grata por ter o espírito natalício restabelecido e por saber que os seus lares estavam seguros novamente.
E assim, na véspera de Natal, o detetive Morgado entregou o verdadeiro presente para a pequena povoação: a tranquilidade de saber que o mal havia sido desmascarado e que a paz poderia reinar novamente, trazendo um Natal verdadeiramente feliz para todos.
Feliz Natal!
AVALIAÇÃO-PONTUAÇÃO
Os nossos leitores têm a partir de agora 30 (trinta) dias para proceder à avaliação deste décimo nono conto a concurso e ao envio da pontuação atribuída, entre 5 a 10 pontos (em função da qualidade e originalidade), através do email salvadorsantos949@gmail.com. Recorda-se que o conto vencedor do concurso será o que conseguir alcançar a média de pontuação mais elevada após a publicação de todos os trabalhos, sendo possível (e muito desejada!) a participação dos autores no “lote de jurados”, estando, porém, impedidos de pontuar os seus originais (escritos em nome próprio ou sob a forma de pseudónimo), de maneira a não “fazerem juízo em causa própria”.