MALTRATADOS POR QUEM LHES DEVIA DAR AMOR

Existem cada vez mais famílias que vivem com esta triste realidade de maus tratos por parte dos filhos. Alguns destes comportamentos têm origem em pequenos desentendimentos, na maioria sem grande importância, mas que revelam sinais de agressividade que podem passar a insultos verbais, emocionais e em casos extremos físicos que em algumas situações levam á morte como muitas vezes vem sendo noticia nos órgão de comunicação social.

Existem temas que, mais do que polémicas acendem emoções contraditórias no interior do ser humano, e tornam este mesmo ser humano animalesco ao ponto de violentar e até matar.

A violência, seja de que tipo for, mas especialmente contra grupos mais vulneráveis como crianças, mulheres ou velhinhos, é das mais indignas praticadas por seres humanos e que mais indignação suscita, mas que muitas vezes assistimos impávidos e serenos sem nada ou pouco fazer. Violência doméstica é um crime público e é um dever do mais comum do cidadão denunciar, mesmo sabendo que nos pode causar dissabores.

Muitas vezes vimos que há violência perpetuada contra os mais velhos, porém não por qualquer pessoa, mas sim pelos próprios filhos. Tal violência como a violência contra as mulheres e crianças acontece, maioritariamente, no âmbito doméstico, o mesmo sucede na violência contra os idosos. São os filhos os principais agressores e causadores de sofrimento dos próprios pais nas situações sinalizadas e não só, pois muitos  casos acontecem no anonimato, sem que ninguém saiba, apenas os intervenientes.

As mães são na maioria dos casos as principais vitimas, pois devido aos laços afetivos mais próximos, tornam-se alvos fáceis de serem manipuladas e que, dificilmente, retribuem, acontecendo o mesmo com as crianças violentadas pelos próprios progenitores, muitas vezes sem uma causa aparente apenas pelo simples desejo de descarregar violência em cima de indefesos.

Um estudo recente, indica que são os filhos que agridem as mães que mais tarde têm maior probabilidade de, em adultos, virem a agredir a própria companheira e posteriormente os filhos, mas afinal somos seres humanos racionais ou simplesmente animais da pior espécie.

As famílias que vivem este drama, acabam por ser assoladas pela vergonha e optam por esconder e ocultar o que se passa. Para resolver este problema, temos de começar por admiti-lo. E de nada adianta fazer de conta que está tudo bem, porque isso só adia o inevitável, podendo vir a ter consequências graves como, infelizmente, temos visto tantas notícias nos meios de comunicação social, em que os filhos muitas vezes matam os pais e até avós, em que maridos matam as esposas e ex-companheiras.

Podia servir-me de palavras da Bíblia, para enunciar aquilo que nos ensinam “ Honra o teu pai e mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra”, e não estou apenas a basear-me na Cristã, pois todos os livros sagrados de qualquer religião dizem o mesmo. Podia também servir-me de variadíssimos ditados populares, “ Não faça aos outros o que não queres que façam aos teus” ou até, “ Filho és pai serás”.

Infelizmente, não é apenas no seio familiar que a violência predomina, também em lares onde supostamente os idosos estariam para serem cuidados, acarinhados e amados, são muitas vezes maltratados e violentados por quem é pago para cuidar.

Nas escolas, nas creches e até no seio da catequese, onde as crianças deviam receber educação, amor e carinho, muitas vezes são violentadas e até violadas por seres sem escrúpulos a quem não se pode apelidar de ser humano, mas chamá-los de animais seria igualmente maltratas os seres irracionais muitas vezes mais amorosos e racionais que este tipo de seres humanos.

Mas será que a justiça dita tão justa para uns, mas injusta para a maioria se preocupa com estas situações? Serão as penas adequadas ao tipo de crimes praticados? Será que a justiça é igual para todos?

È um facto que a violência doméstica existe, é um facto que mulheres continuam a ser assassinadas às mãos de seres horrorosos e criminosos. É um facto de idosos continuam a ser maltratados no seio familiar e naqueles que adotaram como seus lares de fim de vida, por pessoas sem o mínimo de capacidade para estes cuidados mínimos, idosos que morrem desidratados, muitas vezes á fome, porque os seus cuidadores continuam sem se interessarem por eles e dedicam-se mais a conversas sem nexo ou a ver telenovelas. Diretores que em vez de controlar sentam-se atrás de secretárias comodamente esperando apenas o final do mês para receberem os seus salários. Será isto que queremos para os nossos pais? Este pode ser o nosso fim no futuro se não mudarmos mentalidades.

 

ALGUNS SINAIS DE POSSIVEL VIOLENCIA

Nos Idosos

– Lesões sem explicação, e com a desculpa do idoso ou criança por medo de represália de que caíram

– Lentes ou armações de óculos partidos, com a desculpa de que lhes caíram ao chão

– Sinais de amarrado, com marcas nos pulsos por cordas.

– O idoso isolasse, tem medo de outras pessoas.

– Quando acamado, apatia, emagrecimento constante e rápido, sinal de desidratação e fome.

            Nas Crianças

            Medo de ir para a escola, pode ser buylling dos colegas e educadores associados a violência

– Reações violentas

– Lesões com a explicação que caíram

– Dor ao toque..