O sistema de transporte público com utilização de autocarros elétricos e/ou a hidrogénio já chegou a Vila Nova de Gaia e terá viagens gratuitas até 31 de dezembro. O novo corredor entre a Avenida da República e a zona de Baiza, em Vilar de Andorinho já está operacional, sendo que o objetivo passa por chegar, numa terceira fase, até Crestuma e Lever.
A primeira fase do corredor de metrobus na Estrada Nacional 222 arrancou a 1 de setembro e terá viagens gratuitas até ao final do ano. Este é um sistema de transporte público que chega agora a Vila Nova de Gaia e que se baseia no uso de autocarros elétricos e/ou a hidrogénio com faixa de rodagem exclusiva, estações próprias, veículos novos e sistemas inteligentes de tráfego.
Durante a inauguração desta parte estrutural relativa à primeira fase, que contou com uma viagem num autocarro a hidrogénio da Salvador Caetano, Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Gaia, explicou que o sistema terá uma circulação com “uma regularidade de 10 em 10 minutos nos períodos de ponto, com uma regularidade de 15 em 15 e 20 em 20 nos períodos de não ponta ou em algumas alturas de feriados e fim de semana”.
Em concreto, este serviço faz o transporte entre a estação de metro D. João II, usando a faixa bus entre a rotunda Afonso de Albuquerque aos Arcos do Sardão, seguindo depois até à zona de Baiza, em Vilar de Andorinho e servindo a urbanização da Rua Condessa Paço Vitorino. A faixa bus permitirá, também a circulação de bicicletas e outros meios de mobilidade suave.
Segundo o autarca, a gratuitidade do serviço até 31 de dezembro tem como objetivo “evoluir, cativar, fazer charme às pessoas, para que elas voltem ou venham para o transporte público urbano”. “Este é um ‘shuttle’, um vai e vem que implica custos de funcionamento. Parecia um projeto experimental, mas que mostrou que os técnicos estavam a frente do seu tempo. Temos pela frente um trabalho extraordinário. Apesar de acharem que é um luxo o elétrico ou hidrogénio como modelo de circulação, para nos não é. Porque fica mais barato o hidrogénio ou a eletricidade do que o gasóleo e a gasolina ou mesmo o gás natural. Se queremos que, progressivamente, o município não onere custos temos de ser ambiciosos no material que vamos investir. Temos de acompanhar o que de melhor se faz em Portugal. Queremos que Gaia seja modelo de referência e que seja vista como uma das cidades da Europa com transporte público mais avançado. O tempo mostrará que isto valeu a pena”, acrescentou Eduardo Vítor Rodrigues.
Na cerimónia foi também assinado o protocolo de acompanhamento da segunda fase do projeto que irá ligar os Arcos do Sardão e a rotunda de acesso à Rua 5 de Outubro, em Avintes, e que deverá ter acompanhamento técnico municipal e de proximidade das Juntas de Freguesia de Vilar de Andorinho, Oliveira do Douro e Avintes. A elaboração dos projetos tem um custo estimado de 600 mil euros, enquanto a obra em si deverá custar cerca de oito milhões de euros, sendo que o objetivo é chegar até à zona industrial de Avintes e, posteriormente, numa terceira fase, a Crestuma e Lever.