A idade vai pesando, 68 anos, destes mais de metade foram dedicados a abraçar causas nobres.
Vasconcelos, como o conhecemos, nasceu em Cedofeita no porto, mas há muitos anos que vive em Canelas. É casado com a Bétinha e pai da Graça e do Jorge Vasconcelos.
Conversamos com este amigo, o Diretor da ADRA de Gaia num dia da entrega de alimentos às famílias carenciadas que apoiam no concelho de Gaia.
O que é a ADRA e qual é a sua missão?
A ADRA é uma Associação Adventista para o Desenvolvimento, Recursos e Assistência, uma organização não-governamental para o Desenvolvimento. Tem milhares de Voluntários que apoiam a Associação em 130 Países do Mundo.
Em Portugal, a ADRA tem 165 delegações espalhadas por Portugal Continental e pelas regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. No concelho de Vila Nova de gaia a ADRA está na Rua Soares dos Reis, Oliveira do Douro, Canelas e em Avintes. Em termos gerais a ADRA ajuda pessoas, independentemente da sua origem étnica, associação politica, orientação religiosa. Ajuda simplesmente os mais vulneráveis, como as mulheres, as crianças, idosos, famílias carenciadas e os sem-abrigo.
Refletir o carater de Deus através de ações humanitárias “mudando uma vida de cada vez” é o lema da ADRA e o meu, porque no nosso dia-a-dia não podemos ficar indiferentes aos que necessitam da nossa ajuda, onde precisarem de nós.
Como tem sido a ação da ADRA-Gaia em tempo de Pandemia, têm muitas famílias a pedirem ajuda?
Cada vez se sente mais dor em muitas famílias que nos procuram a solicitar ajuda e muitas são casais jovens com filhos na escola.
Felizmente temos correspondido aos seus apelos o que nos deixa muito felizes.
Porque abraça, há muitos anos com tanta paixão estas causas?
Na minha vida, sempre tive como objetivo dedicar o meu tempo ao serviço dos outros e contribuir para uma sociedade mais fraterna.
Já abracei muitos Projetos desafiantes, como foi o caso do projeto pessoal que fiz em Canelas durante 5 anos com jovens Toxidependentes e fui voluntário da Liga doas Amigos do Hospital de Gaia e do projeto “konta Komigo”.
O escutismo também faz parte da sua vida. Como surgiu esse gosto?
Sempre gostei muito de estar contacto com a natureza. Nos Desbravadores ou com a minha família, nós acampamos com muitos jovens em muitos locais do norte de Portugal. Com os jovens escutas aprendemos e partilhamos valores importantes para a vida como é a amizade, partilha, voluntariado, a Solidariedade, o trabalhar em equipa, entre muitos temas.
O escutismo é importante na construção de uma sociedade mais justa. Em Portugal como no resto do mundo, o escutismo permanece fiel ao legado de Baden Powell à sua extraordinária lição de humanismo e de entrega aos outros, BP dizia.
“-Devemos amar a natureza, Deus e o nosso semelhante…”.
Qual é a sua grande esperança?
Só seremos verdadeiramente felizes quando contribuímos para a felicidade dos outros. Mesmo que muitas vezes nós sentimos que aquilo que fazemos é apenas uma gota de água no oceano, mas, o oceano também seria menor se lhe faltasse essa gota. Á medida que amamos os outros estamos mais próximos de Deus.