O livro de poesia “Olhos nas Letras” e o livro de histórias “Magma de Afetos”, ambos da autoria de Adelaide Ramos Vilela, foram lançados, no passado dia 16 de outubro, no Centro Natália Correia, que se localiza na Fajã de Baixo.
As obras foram apresentadas pelo escritor Pedro Paulo Câmara e pela professora Maria Cristina Borges, respetivamente.
Adelaide Vilela nasceu no concelho da Covilhã, mas passou grande parte da sua juventude em Angola. A autora regressou a Portugal, em 1975, e vive em Montreal, desde 1978.
A escritora escreve poesia desde os 14 anos, é licenciada em Comunicação e Jornalismo, pela Universidade de Montreal e tem-se dedicado a diversas atividades que vão desde a publicidade, o jornalismo, a fotografia e as conferências, às relações humanas e artísticas.
A autora colaborou com vários jornais, entre eles “A Voz de Portugal”, “O Emigrante”, o “Lusopresse”, o “Voice” e “A Voz de Trás-os-Montes”. No que respeita a poesia, Adelaide Vilela, já editou dez livros, nomeadamente “Os Meus Versos Meninos”, “Versos do Meu Jardim”, “Versos e Universos”, “Portugal à Janela”, “Cantares de Adelaide”, “Palabras del Corazón”, “Horizontes de Saudade”, “Laços e Abraços”, “Olhos nas Letras” e “Magma de Afetos”, e inúmeras antologias.
Maria Cristina Borges apresentou o livro “Magma de Afetos” e aconselhou os presentes a ler a obra em questão, porque “Magma” a faz lembrar “um vulcão, que é o nosso sentimento e o nosso coração, e ‘Afetos’ porque são os afetos que nos movem”.
A professora referiu que se identificou com a autora Adelaide Vilela, durante a leitura do da obra. “As viagens, o percurso. As histórias que estão aqui são as nossas histórias. As histórias das nossas vivências. A sua passagem por Angola”, afirmou Maria Cristina Borges. “As histórias aqui contadas, os usos, os costumes, as tradições. (…) Há aqui histórias que deviam fazer parte do programa do 1º ciclo”, acrescentou.
“Está tudo descrito neste livro. O amor, o afeto, as invejas, as calúnias, as zangas, as brigas, está tudo aqui”, afirmou Maria Cristina Borges.
Pedro Paulo Câmara revelou, no momento da apresentação do livro de poesia “Olhos nas Letras”, que esta obra “não se reduz porém à sua autora e extravasa a sua vida física e a sua vida espiritual. Extravasa e vai para além dos seus anos e assume proporções inimagináveis como as de Golias. É gigante, esta obra é gigante. E depois de a lerem perceberão que, as suas palavras e expressões e textos, transportam consigo a força e a forma do mítico sansão. O título da obra ‘Olhos nas Letras’ é um exemplo desse poder”.
O escritor esclareceu que a obra é “transversal” e “fala, efetivamente, de cada um de nós”. “O livro ‘Olhos nas Letras’ retrata o quotidiano com perplexidade e encanto, com genuinidade até, algumas vezes com repulsa e outras tantas vezes ainda com compaixão”, salientou Pedro Paulo Câmara.
A escrita de Adelaide Vilela é reconhecida internacionalmente, pela sua qualidade. A autora já conquistou medalhas, troféus e certificados em diversos eventos ligados à poesia.