OCUPAÇÃO DE SERVIÇOS NO EDIFÍCIO SEDE ESTÁ A ADIAR PLANOS DA DIREÇÃO

Salas de estudo, de explicações, novos ATL’s, uma casa-albergue e, a inaugurar brevemente, um novo CATL. São estes os planos da direção da Casa do Povo da Ribeira Grande para esta instituição. No entanto, a falta de espaço para tais projetos torna-se um problema. Em declarações ao AUDIÊNCIA, Albano Garcia, presidente da Casa do Povo, fala sobre os novos projetos e apela para que o Governo Regional transfira os serviços que estão sediados naquele edifício.

 Uma das preocupações da direção da Casa do Povo da Ribeira Grande é a falta de espaço no edifício sede, o que faz com que os planos que têm para a instituição sejam adiados. Desde 1997, altura em que as obras de requalificação do edifício foram inauguradas, que o ISSA e a Segurança Social lá estão instalados. No entanto, há cerca de dois anos que foi prometido, verbalmente, fazer a transferência destes serviços para outro espaço. Até agora, o cumprimento da promessa não se verificou.

 “Neste momento estão na nossa sede três entidades: a Segurança Social, o ISSA e a Casa do Povo”, explica Albano Garcia. “Temos este edifício devidamente legal quer na Conservatória de Registo Predial, quer nas Finanças. O que se passa é que nos foi dito verbalmente que o edifício era nosso, que já tinham comprado outro para poder fazer-se a transferência do ISSA, mas isso já aconteceu há dois anos”.

 O Presidente da Casa do Povo justifica: “queremos que o edifício fique devoluto porque queremos implementar uma casa-albergue para apoio a famílias carenciadas, onde teremos alguns técnicos para apoio a questões como higiene, vestuário e alimentação, e também queremos ter um dormitório para quatro ou cinco pessoas”. O objetivo deste novo projeto não será “deixá-los [aos utentes] cá mas sim encaminhá-los para as suas casas”, sendo que ali poderão “fazer as suas refeições, tratar da sua higiene e fazer algumas atividades lúdicas”. No entanto, a mesma preocupação mantem-se: “saber quando é que o Governo tenciona transferir os serviços que estão aqui há 20 anos”.

Albano Garcia continua: “apelo a que haja esta sensibilidade para nos devolverem o edifício o mais urgentemente possível, com as devidas condições, para que depois possamos fazer os arranjos necessários para fazer o que está em mente: criar ATL’s, fazer salas de estudo, salas de explicações e, naturalmente, a casa-albergue para bem servir a população ribeiragrandense”.

Brevemente (a 3 de fevereiro) a Casa do Povo vai inaugurar mais um CATL também subsidiado pela Câmara Municipal da Ribeira Grande (tal como o “Anjo Bom” e “Anjo da Guarda”, igualmente subsidiados pela edilidade, enquanto que “Os Traquinas” pelo Governo Regional). Esta é uma forma de dar resposta à “quantidade de crianças que temos inscritas nos nossos CATL’s”.

O CATL “Nossa Senhora da Estrela” terá capacidade para 25 crianças, dos três aos 12 anos, e funcionará no já conhecido edifício da antiga escola do Espírito Santo, propriedade da Câmara Municipal.

No total os CATL’s da Casa do Povo movimentam 12 trabalhadores. Com a abertura deste novo CATL abrirão mais dois postos de trabalho: “uma professora primária e uma auxiliar”.

A par desta nova aposta, a Casa do Povo também investiu em mais uma carrinha de nove lugares, “sempre com a preocupação de dar qualidade de vida às crianças, neste caso para transporte”. Neste momento a instituição soma três carrinhas, conduzidas por três condutores “habilitados para transporte de crianças”. O objetivo é “fazer um transporte de qualidade para que as crianças se sintam bem e seguras”.