O órgão histórico do Museu Vivo do Franciscanismo voltou a tocar, no passado dia 18 de maio, por ocasião do Dia Internacional dos Museus, culminando assim um processo de recuperação e conservação levado a cabo pela Câmara da Ribeira Grande com o propósito de “preservar parte importante da história cultural e religiosa do concelho”.
A cerimónia de conclusão dos trabalhos de recuperação e conservação do órgão histórico do Museu Vivo do Franciscanismo foi assinalada com um concerto de música erudita barroca, interpretado pela soprano Andreia Colaço, acompanhada por Carla Cordeiro ao violoncelo e Svetlana Pascoal, pianista/organista.
Alexandre Gaudêncio, presidente da Câmara da Ribeira Grande, presidiu à cerimónia de inauguração das obras de restauro do órgão de tubos que não era utilizado há sensivelmente um século e destacou a “preocupação de preservar este instrumento”.
“É com enorme satisfação que podemos ouvi-lo tocar novamente, praticamente após um século de inatividade. É nosso desejo dinamizar o ensino do órgão e aproveitar as condições existentes para a realização regular de eventos musicais, aproveitando ao máximo o ambiente e a excelente acústica do Museu Vivo do Franciscanismo”, afirmou.
Para o autarca, o restauro destes instrumentos históricos açorianos “permite recuperar uma tradição única no panorama nacional” e revela não só uma “sensibilidade patrimonial” como uma “preocupação artística”, dois “legados imprescindíveis para as gerações vindouras”.
O órgão do convento de Nossa Senhora da Gaudalupe foi construído em 1863 e é o quarto maior instrumento construído por João Nicolau Ferreira, natural de Ponta Delgada.