De passagem pela Ribeira Grande, na Ilha de São Miguel, no contexto da XVIII Gala AUDIÊNCIA, o presidente da Junta de Freguesia de Vilar de Andorinho, em Vila Nova de Gaia, Serafim Teixeira, e a esposa, Elvira Teixeira, juntaram-se a António e Rosa Domingues, assim como à equipa do Jornal AUDIÊNCIA na visita à Casa do Povo da Maia. Com 45 anos de existência e mais de 200 sócios, esta instituição é uma referência na localidade, por colaborar para o bem-estar da comunidade maiense e ajudar aqueles que mais precisam. Conjugando atividades e serviços, numa perspetiva transversal e intergeracional, esta IPSS trabalha, diariamente, em prol do desenvolvimento e da promoção da qualidade de vida da população.
A Casa do Povo da Maia foi fundada a 2 de dezembro de 1977, por concidadãos da freguesia. Sendo uma IPSS que trabalha em prol da comunidade onde está inserida, esta instituição, para além de se ter tornado um organismo de cooperação social, dotado de personalidade jurídica, também desempenhou um papel importante no desenvolvimento de inúmeras modalidades desportivas, como o futebol, voleibol, ténis de mesa, andebol e atletismo, alcançando títulos de relevo, no contexto regional e nacional, em algumas destas modalidades.
Assumindo, desde a sua génese, a função de realizar a previdência social de todos os residentes da Freguesia da Maia, esta instituição tem vindo a crescer, ao longo dos anos, em resposta às necessidades de quem mais precisa, adaptando-se e oferecendo novos serviços especializados, com o apoio de forças vivas locais, instituições governamentais e não-governamentais, emigrantes, voluntários e um número significativo de funcionários.
De passagem pela Ribeira Grande, na Ilha de São Miguel, no contexto da XVIII Gala AUDIÊNCIA, o presidente da Junta de Freguesia de Vilar de Andorinho, em Vila Nova de Gaia, Serafim Teixeira, e a esposa, Elvira Teixeira, juntaram-se a António e Rosa Domingues, assim como à equipa do Jornal AUDIÊNCIA, na visita à Casa do Povo da Maia. Na ocasião, o autarca foi conduzido, por Jaime Rita, presidente da Direção desta IPSS, pelas instalações desta instituição e, no final, admitiu ter ficado surpreendido com as infraestruturas, que integram um vasto conjunto de valências, que apoiam desde as crianças, aos mais idosos, como Creche, Centro de Dia, Centro de Convívio de Idosos, Posto de Turismo, Biblioteca Infantojuvenil, Centro de Informática e Multimédia, CATL de São Brás, ATL da Lomba de São Pedro, Banco Alimentar, Grupo de Cantares e Ludoteca.
Também, são muitas as ações propostas pelos diferentes serviços, como por exemplo, consultas de psicologia e saúde oral, apoio jurídico, formação profissional, concursos, celebração de datas festivas, reconstituição histórica de factos relevantes da história da Maia, desfiles, homenagens e transporte escolar. “Estas valências fazem toda a diferença na comunidade, sendo acarinhadas e reconhecidas quer pelos utentes e as suas famílias, quer pelos parceiros. Os nossos serviços, pela sua qualidade e reconhecimento, dentro e fora da freguesia, são de grande benefício não só para a Maia e a sua população, como também para as nossas comunidades emigrantes e as freguesias vizinhas, com quem colaboramos”, afirmou o presidente da Direção desta instituição, durante o encontro.
Por conseguinte, Jaime Rita aproveitou o momento para apresentar a marca de doçaria Terras do Chá. Concebida ao abrigo do projeto Calços da Maia, liderado pela Casa do Povo, que visa revitalizar a zona oriental do concelho da Ribeira Grande, através da incubação de uma empresa de inserção social, que combate o desemprego feminino e jovem, de longa duração, esta marca resultou do culminar de um estudo de auscultação e levantamento de diversas receitas, junto da comunidade, em parceria com a Escola de Formação Turística e Hoteleira de Ponta Delgada, que resultou em 18 produtos certificados.
Neste contexto, Serafim e Elvira Teixeira, António e Rosa Domingues, assim como Joaquim Ferreira Leite, diretor do Jornal AUDIÊNCIA, a par da equipa deste órgão de comunicação, tiveram a oportunidade de degustar queijadas de queijo cabra, chá verde da Gorreana, pimenta da terra, mel, abóbora e batata-doce, que foram confecionadas no âmbito do projeto Terras do Chá, que representam a identidade local. “Este é um projeto que tem por base a economia social e a criação de postos de trabalho e tenta recuperar as iguarias da nossa terra, assim como as próprias culturas que, cada vez mais, se vão perdendo, como é o caso da abóbora, da uva e da batata-doce. Portanto, também vamos tentar incentivar os pequenos produtores a cultivarem determinados produtos, com a garantia de que os vamos adquirir, mediante um contrato e um preço estabelecido”, revelou o presidente da Direção da Casa do Povo da Maia, afiançando que “vamos, dentro de um curto espaço de tempo, ter a nossa fábrica pronta, na antiga Escola Plano dos Centenários, na Lombinha da Maia, que está inativa há muitos anos, pelo que tencionamos, nessa altura, aumentar a produção, claro que nunca será industrial, porque trata-se de produtos artesanais e caseiros”.
Assegurando estar feliz com a presença da comitiva gaiense, nas instalações da Casa do Povo da Maia, o dirigente associativo enalteceu que “é muito importante recebermos visitas, especialmente oriundas do continente português e de outras paragens, pois é uma forma de estabelecermos laços de amizade, até mesmo a nível pessoal, para além de institucional, e permite-nos levar além-fronteiras tudo aquilo que nós fazemos, todos os dias, em prol da população, assim como as nossas doçarias”.
Por fim, Jaime Rita enfatizou que o projeto Terras do Chá está em crescimento, sublinhando que, atualmente, o seu maior sonho passa pela construção de um Centro de Noite, “uma vez que há um grande problema, que está relacionado com o facto de os idosos ficarem sozinhos em casa, ainda para mais nesta zona, que não tem este tipo de respostas. Daí acharmos pertinente termos um Centro de Noite, que terá como objetivo o acompanhamento noturno dos idosos. Este é um sonho nosso, é uma aspiração, que eu gostava de concretizar, com o apoio do Governo Regional, pois pretende beneficiar os seniores, que passariam lá a noite, o que é muito reconfortante, também, para os seus familiares, e, de manhã, regressariam às suas habitações e aos seus afazeres”.