REPRESENTAR TODAS AS ILHAS

A Divisa (não o slogan) da União Europeia, “Unida na Diversidade”, parte da ideia de que as especificidades devem ser respeitadas, e de que que o todo sai valorizado se houver união entre as partes.

Quer isto dizer que o Velho Continente, com todas as suas particularidades, com tudo o que caracteriza os diferentes países, encontra um desígnio comum no Projeto Europeu.

Considero que, à nossa escala, partilhamos inteiramente desta ideia. Na minha perspetiva, que penso que irá ao encontro da sua, caro leitor, todas as ilhas têm a sua especificidade, mas devem unir-se numa identidade que nos é comum: Somos Açorianos.

Se não há dúvidas de que somos Açorianos do Corvo a Santa Maria, também não deve haver de que também somos, do Corvo a Santa Maria, Europeus. E, sobretudo, que é essa pertença partilhada que nos torna mais fortes, mais capazes e mais determinados.

Foi, por isso, com agrado e com a perfeita noção das particularidades de cada uma das nossas ilhas que, nestes últimos três meses, percorri o nosso arquipélago.

No conforto de uma moderna embarcação, recordei a coragem dos nossos mais antigos, ao enfrentar a agrura do mar do canal entre o Corvo e as Flores. Partilhei a felicidade da empresária que, na Graciosa, conseguiu, com muita resiliência, manter viva uma queijaria artesanal.

No Pico, celebrei o sucesso da recuperação da tradição da produção dos vinhos. Em São Jorge testemunhei a qualidade crescente de uma oferta turística sustentável e de comunhão com a Natureza.

Surpreendi-me no Faial com a mais-valia do negócio da apanha e venda de algas para a indústria de cosmética de Nova Iorque. Na Terceira comunguei da experiência bem-sucedida da produção de leite biológico.

Em S. Miguel estive numa madrugada fria, a testemunhar a determinação dos nossos pescadores e a valorização do nosso pescado em lota. Em Santa Maria reforcei a minha convicção no sucesso futuro da aposta no cluster espacial, que vai devolver à ilha o posicionamento de vanguarda que teve na nossa história recente.

É esta a Região que me cumpre representar, na medida das minhas forças e capacidades. Conto nesta campanha com a preciosa ajuda de um mandatário por cada uma das nossas ilhas. De cada uma, um jovem Açoriano, com sonhos, com aspirações, com uma visão ambiciosa de querer o melhor para a sua comunidade, mas também o melhor para o todo Regional e para o Projeto Europeu. O meu profundo agradecimento ao Rui Pimentel do Corvo, à Sara Conceição do Faial, ao Joel Silva do Pico, à Bernardete Pacheco das Flores, à Mariana Quadros da Graciosa, ao Ricardo Braga de Santa Maria, à Sara Teixeira de São Jorge, à Rita Franco de São Miguel e ao Carlos Mateus da Terceira.

Não tenho dúvidas de que estas nove formas diferentes de sermos Açorianos, quando unidas, se tornam maiores e mais capazes de nos afirmar no contexto Europeu. Deposito, por isso, a confiança do cimentar dessa União nos nossos Jovens, em todos, porque são eles o garante da renovação de empenho, de estímulo, de dinamismo, que precisamos para manter vivo o sonho de nos realizarmos enquanto Povo.

Juntos, temos ambição para a construção do nosso futuro, para a definição da comunidade que queremos ser e para trabalhar em prol de uma integração Europeia plena e compensadora. Juntos, vamos dar Voz aos Açores na Europa.

Afinal de contas, tal como a Europa, estamos Unidos na Diversidade.