Com todas as autarquias a manterem as suas cores partidárias, com exceção de Vila do Conde que foi reconquistada pelos socialistas, e com os recandidatos a serem reconduzidos no cargo, a noite eleitoral no distrito do Porto foi tranquila e sem grandes surpresas.
As passadas eleições autárquicas de dia 26 de setembro não trouxeram muitas alterações ao mapa partidário do distrito do Porto. Matosinhos, Valongo, Porto, Gondomar e Maia mantiveram os mesmos líderes, embora alguns tenham perdido a maioria absoluta e outros ganho essa vantagem.
No Porto, a única surpresa da noite foi a perda de maioria absoluta de Rui Moreira, que perdeu um mandato para o PPD/PSD. Com apenas 41% dos votos, Rui Moreira avançou, ainda na noite eleitoral, que é possível a existência de coligações, embora sem especificar com qual dos partidos. Em segundo lugar ficou o PS com o candidato Tiago Barbosa Ribeiro que não conseguiu mais do que 18% dos votos, um resultado negativo comparativamente aos 28% alcançados pelo partido nas eleições de 2017. Com esta votação, o PS perdeu, assim, um vereador na autarquia, enquanto o Bloco de Esquerda conseguiu o seu primeiro vereador na Câmara do Porto.
Já em Gondomar, sem surpresas, Marco Martins, atual presidente e candidato pelo PS, venceu novamente as eleições e conquistou mais uma maioria absoluta na sua governação, ao conseguir obter 47% dos votos e acrescentando mais um vereador na autarquia. Ao todo, o PS tem agora sete mandatos, mas também a Coligação PSD/CDS-PP viu aumentar para três o número de vereadores, sendo que até então tinham apenas dois. Já o PCP-PEV perdeu um vereador ao conseguir apenas 11% das intenções de voto, menos 5% que em 2017. Destaque ainda para a entrada do PAN e da Iniciativa Liberal que concorreram pela primeira vez mas não conseguiram eleger nenhum mandato.
Este será o terceiro mandato de Marco Martins à frente dos destinos da autarquia gondomarense, sendo que o presidente reconduzido já afirmou que foi a “maior vitória de sempre”.
Em Matosinhos, o PS também saiu vitorioso com Luísa Salgueiro a ser reconduzida no cargo, após um “resultado extraordinário” segundo a própria, ao conquistar 44% das intenções de voto e garantir a maioria absoluta, algo que não tinha conseguido nas eleições de 2017. O PS viu assim passar de 5 mandatos para 7 nestas eleições, enquanto a Coligação PSD/CDS-PP aumentou para dois os vereadores na autarquia ao conquistar o segundo lugar nestas eleições, com 17% dos votos. Já António Parada conseguiu eleger também um vereador, assim como o PCP-PEV que mantém um vereador na Câmara.
Mantendo a “onda rosa” a Norte, também Valongo manteve a liderança socialista com José Manuel Ribeiro a ser reeleito com 50% dos votos. O autarca mantém assim, também, a maioria absoluta que já tinha conquistado no mandato anterior e mantém o mesmo número de vereadores na autarquia. Sem grandes alterações, também a Coligação PSD/CDS-PP mantém os seus três vereadores na Câmara de Valongo.
Já a Maia é dos poucos redutos social democratas. António Silva Tiago venceu com maioria absoluta as eleições com 40% dos votos, mantendo os seis vereadores na Câmara Municipal. Já o PS acabou por descer nas intenções de voto, ao conquistar apenas 32%, mas mantém igualmente os cinco vereadores que já tinha.
Nos restantes concelhos, destaque para Vila do Conde onde o PS, com Vítor Costa, reconquistou a autarquia para os socialistas e com maioria absoluta, conquistando 42% dos votos e elegendo cinco mandatos. Também Vila Nova de Gaia se manteve socialista, com Eduardo Vítor Rodrigues a ser reconduzido com 58% dos votos, à semelhança de Santo Tirso onde o PS conquistou uma das maiores vitórias, ao chegar aos 60% das intenções de voto e aumentando para sete o número de mandatos.
Vitória ainda maior teve Alexandre Almeida, reeleito como presidente da Câmara Municipal de Paredes pelo PS com 62% dos votos e elegendo mais dois vereadores, assim como merece destaque a esmagadora vitória de Nuno Fonseca em Felgueiras, que conseguiu uns expressivos 68% de votos na coligação do PS com o Livre.
Paços de Ferreira (56%), Lousada (59%), Marco de Canaveses (59%) e Baião (61%) mantiveram também as lideranças socialistas, enquanto a Póvoa de Varzim (52%) e a Trofa ( 56%) mantiveram a liderança PSD, ambos com maiorias absolutas, assim como Penafiel, que venceu com 60% dos votos e Amarante com 52% das intenções de voto.