Silêncio domina o evento de abertura da sexta edição do Azores Fringe, o único festival de artes com presença nas 9 ilhas dos Açores, mas de 25 de maio até 1 de julho será o momento sui generis para a equipa da MiratecArts que lidera esta explosão artística dos Açores para o mundo.
“Na sexta, 25 de maio, pedimos um momento de silêncio para lembrar que o mundo sem arte não existe” diz Terry Costa, que trouxe o movimento internacional Fringe para o arquipélago. “A arte não é só uma paixão, é uma forma de vida e a ferramenta mais poderosa para a mudança e para a lembrança dos povos. A arte vale mais apoio e está presente no nosso dia a dia.”
E, presente no dia-a-dia, é o que vai acontecer com 85 eventos públicos agendados nos 9 cantinhos dos Açores, além de uma turma de 40 artistas que vão estar em residência no epicentro do festival na ilha do Pico, criando os seus próprios momentos na praça pública, escolas, centros de acolhimento de crianças, lares de terceira idade e pelas portas que se abrem à experimentação artística.
Para a edição de 2018, um novo programa destaca ilustradores e pretende promover as ilhas através de Ilustrar Açores; o programa Arte Viva, já conhecido em São Miguel, desta vez vai até ao Pico, onde mais programação acontecerá na MiratecArts Galeria Costa: 24 mil metros quadrados na natureza; e, programas que já arrancaram em outras edições e continuam bem vivos neste certame inclui o Encontro Pedras Negras dedicado a escritores, Expedição Fotográfica, +Arte Corvo, e o shorts@fringe que apresenta 58 curtas cinemáticas e videos.
O trabalho de mais de uma centena de artistas de 38 países são destacados, incluindo 18 exposições que inclui pintura, fotografia e escultura. A dança, o teatro e a música também fazem parte, com uma programação mais curta “devido aos cortes orçamentais” explica Terry Costa.
“Este ano temos um terço da verba da passada edição, por isso tivemos que cortar em alguns programas, o que fez desaparecer as pinturas murais gigantes que já habituaram o público, nos últimos anos.” Mesmo assim, o diretor artístico acredita que sendo mais criativos conseguimos fazer muito e apresentar muito mais trabalho com todos os parceiros que se juntaram na secção de mostra do festival. “Vamos ao Fringe!” e oportunidades para os mais variados gostos em artes é o que não falta.