“Faço tudo por amor à minha bela freguesia”
Jaime Rita nasceu em 1951, na Freguesia da Maia e, ainda muito jovem, apaixonou-se pela política, por influência do seu avô. Esteve durante 12 anos à frente dos destinos da terra que o viu nascer e, em 2016, foi distinguido pelo AUDIÊNCIA com o Troféu Dedicação. Com uma longa vida de amor, luta e conquistas, Jaime Rita é um homem de causas, que está, desde muito cedo, envolvido no movimento associativo maiense, procurando sempre o melhor para a sua freguesia.
Quem é o Jaime Rita?
Eu nasci em 1951, na Freguesia da Maia, no seio de uma família numerosa. Tenho cinco irmãos, residentes em São Miguel, fiz a minha escola primária na Maia e, depois, fui estudar para Ponta Delgada, onde tirei o meu curso. Neste momento, eu estou reformado. Quero agradecer aos meus falecidos pais e aos meus irmãos, que se sacrificaram, para que eu pudesse tirar o meu curso e fosse aquilo que sou hoje.
Quais são as suas maiores inspirações?
Primeiramente, a minha inspiração advém dos meus pais, pela aprendizagem desde o berço. Seguidamente, eu gostava de referir o meu avô paterno, um homem ousado, que foi presidente de Junta durante 15 anos. A nível profissional, eu fui inspirado tanto por Eduardo Read, sócio-gerente da Laticínios Loreto, que foi o meu primeiro empregador, como por Antero Rego, que fundou o império Ilha Verde.
Qual é a história da sua envolvência no mundo da política?
Eu nunca me considerei, nem considero, político, mas interesso-me pela causa pública e questões sociais, desde a minha juventude. Eu sempre estive ligado à minha freguesia, porque o meu avô foi presidente de Junta até 1968. Depois, também tivemos excelentes autarcas, como João Pacheco Castro, com quem eu partilhava muitas opiniões. Também, a minha amizade, desde os dez anos, com Daniel de Sá teve alguma influência na minha perceção para o mundo político, pois foi a partir daí que eu me comecei a inteirar mais, procurando sempre o melhor para a minha freguesia.
Enquanto presidente de Junta, qual foi o momento mais importante para si?
Eu acho que os momentos nos quais as situações são resolvidas, em benefício de todos, são os mais altos de qualquer presidente de Junta. Durante o meu percurso de autarca, eu posso considerar que as comemorações dos cinco séculos da freguesia, em 2011, representaram um momento marcante e de viragem da Maia para o exterior, no qual envolvemos todas as pessoas e as forças vivas e isso encheu-me a mim, e à equipa que trabalhou comigo neste projeto, de orgulho.
Durante o seu percurso, o Jaime Rita envolveu-se ativamente na vida associativa da Maia. O que o motivou?
Eu comecei a dedicar-me à Maia desde pequeno. Sempre defendi a terra onde eu nasci, cresci e onde tenho a minha família e amigos. Naturalmente, fiz parte de algumas associações, Assembleias de Freguesia, Assembleia Municipal, Junta de Freguesia, Associação Lira do Espírito Santo da Maia e Casa do Povo. Fiz parte, também, da antiga Irmandade do Hospital da Maia, que, depois, deu origem à Santa Casa da Misericórdia. Eu sou membro da ANAFRE e, neste momento, por inerência, faço parte do Conselho Económico e Social dos Açores. Eu faço aquilo que posso e sem qualquer compensação financeira, apenas por amor à minha bela freguesia.
De que forma continua a lutar em prol dos maienses?
Eu penso que é uma obrigação e o dever de qualquer cidadão, defender e divulgar a sua terra. Os maienses podem contar comigo, sempre, para alertar para aquilo que não estiver bem, alertar para aquilo que é possível fazer e dignificar aquilo que é feito. Portanto, nunca poderão contar comigo para compactuar com políticas baixas, muito menos para promover seja quem for. A minha postura é para promover e dignificar a minha freguesia e é isso o que eu vou fazer. Portanto, estou aqui como cidadão e como responsável por defender a minha terra, custe o que custar.
Relativamente ao futuro, quais são os seus maiores sonhos?
Anseio que os meus filhos e netos, assim como todas as pessoas, tenham uma vida igual ou melhor do que aquela que eu tive. Eu sonho com um futuro risonho para os nossos jovens, porque são eles que vão dar continuidade a tudo o que foi feito até aqui. O que eu desejo a nível pessoal é saúde, para todos os cidadãos, e que haja amizade e solidariedade.
Como vê a distinção com este segundo Troféu AUDIÊNCIA?
Eu quero enaltecer e agradecer o trabalho do Jornal AUDIÊNCIA, na divulgação das vivências da nossa freguesia. Em relação a esta distinção, eu devo-a àqueles que, durante todos estes anos, partilharam comigo os sucessos e os insucessos, porque sem eles dificilmente conseguiria atingir os meus objetivos. Portanto, este troféu é dedicado aos meus colegas e, essencialmente, à minha falecida mulher, aos meus filhos e aos meus netos, que sempre me apoiaram ao longo destes anos e me estimularam a continuar a ser como sou.
Que mensagem gostaria de deixar aos nossos leitores?
Eu gostava de deixar uma mensagem de confiança e esperança num futuro melhor. Aquilo que eu desejo é saúde, paz, prosperidade e solidariedade. Também quero fazer um agradecimento ao Jornal AUDIÊNCIA, na pessoa do seu diretor, Joaquim Ferreira Leite, e de toda a equipa.