Sustentado na candidatura do PS ao Parlamento Europeu, assumo a minha responsabilidade Cívica e Política de procurar esbater o fosso que considero existir entre os Açorianos e a Europa.
Em tempo próprio, desafiei outros agentes políticos a assumirem essa mesma responsabilidade, porque não creio que nenhum Açoriano possa conviver comodamente com os 80% de abstenção que tivemos nas últimas eleições Europeias.
Defendo que todos temos a responsabilidade e o dever de sensibilizar os Açorianos para o facto de sermos, também, Europeus.
As políticas Europeias têm sido e continuarão a ser determinantes para os Açores. De facto temos, em todas as nossas ilhas, resultados concretos e palpáveis da nossa pertença à Europa. Falamos de apoios Europeus à construção de Estradas, Portos e Aeroportos, Escolas, Centros de Saúde e até para a proteção da nossa Natureza. É, por isso, fundamental que participemos nas decisões que nos dizem respeito, não deixando que outros decidam por nós.
Ninguém nos conhece melhor do que nós próprios. Ninguém nos pode defender melhor do que um de nós, que conheça todas e cada uma das nossas ilhas. Ninguém estará mais bem habilitado a cumprir essa nobre e exigente Missão, do que alguém que se disponibilize a ser o Porta-Voz da vontade comum dos Açorianos e do mais amplo e partilhado conjunto daquelas que são as nossas aspirações.
Ainda recentemente expressei, publicamente, o meu reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pelos nossos atuais Eurodeputados. Ricardo Serrão Santos e Sofia Ribeiro estiveram, no Parlamento Europeu, ao lado de quem se opôs às propostas iniciais da Comissão Europeia, que previam cortes para as Regiões Ultraperiféricas, de forma austera e insensível, com o potencial de em muito poderem prejudicar o futuro dos Açorianos.
Agora, considero, que a força da Nossa Voz vai depender da forma como nos unirmos e da forma como formos capazes de ultrapassar as nossas divergências ideológicas em favor dos Açores.
Os eventuais ganhos ou perdas na negociação do futuro Quadro Orçamental Europeu, não serão ganhos ou perdas do Governo Regional dos Açores, nem sequer do partido A ou B. Serão, sim, ganhos ou perdas de todos os Açorianos – dos nossos Empresários, dos nossos Agricultores, dos nossos Pescadores, dos nossos Jovens, do nosso Território, do nosso Ambiente, do nosso Mar, da nossa Biodiversidade.
Para alguns, porque não são de cá, os Açores podem aparentar não ter escala ou dimensão suficientes. Podem aparentar não ter uma aritmética eleitoral apelativa ou sedutora. Porque não são de cá.
Mas para mim, para o Partido Socialista dos Açores, para todos nós, os Açores serão sempre a Fortuna maior e a maior razão de ser.
Ninguém melhor do que um Açoriano para representar o Povo Açoriano e os seus legítimos anseios na Europa. Para isso, contem comigo.