Já estamos a trabalhar na construção da 3ª Bienal Internacional de Arte Gaia 2019, que ocorrerá de 20 de Abril a 20 de julho e que terá duas componentes essenciais: qualidade e internacionalização.
Estamos certos – todos estamos empenhados nessa intenção – que 2019 será o ano da confirmação da nossa Bienal, como Bienal de Causas, um evento que se preocupa com os outros e com a qualidade e que, acreditamos, dará mais um passo para o engrandecimento das artes plásticas na Área Metropolitana do Porto, no País e também a nível internacional.
É, indiscutível, que pretendemos também que seja mais um passo, para a reafirmação ou consagração de Vila Nova de Gaia como Cidade das Artes, uma ambição antiga cada vez mais próxima de se tornar real. Teremos uma grande exposição / concurso aberta a artistas de todo o mundo, um conjunto de exposições de carater social de forma a motivar os criadores a abordarem questões de intervenção social e também a homenagem ao escultor Zulmiro de Carvalho, um dos maiores nomes da escultura contemporânea nacional.
Esta bienal está, na prática, a ser construída passo a passo, lugar a lugar, obra a obra, bem assente no espírito de uma equipa motivada, dinâmica que sonhou edificar em Vila Nova de Gaia uma iniciativa deste género que faça jus às tradições históricas e artísticas do município e simultaneamente apoie, incentive e divulgue o trabalho de todos os que se dedicam às artes plásticas. É indiscutivelmente um sonho, agora real, transformado num projeto de trabalho que só foi e é possível corporizá-lo com o apoio imprescindível da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, liderada pelo seu presidente, prof. Dr. Eduardo Vítor Rodrigues.
Pretendemos, acima de tudo, que esta 3ª Bienal Internacional de Arte Gaia 2019 / Bienal de Causas seja um forte contributo para o avanço e divulgação da contemporaneidade artística, mas que o faça igualmente numa vertente interventiva, alicerçada nas preocupações e nos dramas que inquietam e desesperam toda uma comunidade, local, nacional ou internacional, que tem a ver, por exemplo, com o flagelo da guerra, da fome, dos refugiados, do desemprego, dos sem-abrigo e muitas outras questões injustas a que é necessário pôr um ponto final. E os artistas podem e devem contribuir para esse ponto final.
Esta edição da Bienal de Causas, criada em Gaia, um município também preocupado e atento aos problemas dos outros, de todos nós, corresponde a um desafio lançado não apenas aos artistas mas a toda uma sociedade, para que medite, reflita e denuncie estas e muitas outras questões de índole político e social que perturbam, desesperam e destroem ainda milhares, milhões de cidadãos por este mundo fora.
A arte, os artistas e as comunidades não podem, nem devem, de forma alguma, fechar os olhos a estas tristes realidades, sempre com a esperança de podermos todos contribuir para a extinção de todas estas injustiças. E, por isso, não ficaremos apenas em Vila Nova de Gaia iremos ao encontro de outras comunidades, de outros lugares e teremos espalhados pelo país vários polos.
Agostinho Santos
Diretor da 3ª Bienal Internacional de Arte Gaia 2019
Presidente da Direção de Artistas de Gaia – Cooperativa Cultural