“VAMOS ENCONTRAR OS EXCELENTES SABERES E OS MELHORES SABORES”

O I Encontro Enogastronómico vai decorrer entre os próximos dias 21 e 23 de abril, no Pavilhão Multiusos de Montalegre. Com lotação para 300 pessoas, este evento vai reunir mais de 50 confrarias nacionais e internacionais que, ao longo de três dias, vão partilhar os saberes e os sabores intrínsecos ao património ibérico, tendo como mote a enogastronomia e a espiritualidade.

 

Montalegre vai receber, entre os próximos dias 21 e 23 de abril, a primeira edição do Encontro Enogastronómico. Promovida com o apoio da Câmara Municipal de Montalegre e do Turismo do Porto e Norte de Portugal, esta iniciativa visa reunir as confrarias, e todos os seus confrades, tendo em vista o convívio e a partilha de sabores e saberes intrínsecos ao Património Enogastronómico Ibérico.

“Este município foi, sem dúvida, o primeiro palco, por nós, escolhido, porque tem um Pavilhão Multiusos como eu não conheço outro no Norte e, acima de tudo, uma mística única, que foi o ponto à volta do qual nós montamos este evento”, evidenciou Elsa Machado, em nome da organização do Património Enogastronómico, aquando da apresentação pública do certame, que decorreu no passado dia 5 de abril, no Porto Welcome Center, e contou com a presença de Fátima Fernandes, presidente da Câmara Municipal de Montalegre, e de Inácio Ribeiro, vice-presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, entre representantes de inúmeras confrarias.

Assim, ao longo de três dias, serão realizadas palestras culturais ou científicas, mesas redondas, demonstrações culinárias, provas e quatro refeições, com o contributo de vários chefs, confrarias e empresas do setor. “Propusemo-nos a fazer este evento fora da caixa”, ressaltou a porta-voz da organização, adiantando que “o programa é extremamente vasto e importante para o nosso movimento, pois pretende reunir todas as confrarias e confrades nacionais e internacionais”.

Com mais de 50 confrarias inscritas, até à data, o principal objetivo deste evento, cujo mote é a enogastronomia e a espiritualidade, é, segundo Elsa Machado, “elevar o movimento confrádico ao mais alto nível, que bem precisamos em Portugal, para defender aquilo que é nosso, a nossa tradição, cultura, ancestralidade e nada mais bonito do que a terra do Barroso, para fazermos isso. Nós temos, obrigatoriamente, de defender, para o futuro e para os nossos netos, toda esta cultura, que não se pode perder com a globalização”.

Na ocasião, o anfitrião da apresentação pública da iniciativa, Inácio Ribeiro, vice-presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, fez questão de enfatizar que “Montalegre é um território extraordinário, de muita tradição e ancestralidade, quer na sua independência ao longo de séculos, quer na transição de fronteira e tudo o que envolve é aquilo que encerra de autenticidade”, frisando que “através das confrarias gastronómicas e culturais estamos a promover um país tão pequeno, geograficamente, mas tão diverso, que só temos a agradecer e enaltecer o vosso trabalho e o vosso empenho”.

Garantindo que o Turismo do Porto e Norte de Portugal está sempre disponível para todos os municípios e para os agentes que querem promover ações de promoção do património físico ou cultural de qualquer um dos 86 concelhos que esta instituição representa na região, Inácio Ribeiro assegurou que “o sucesso do território, de um evento, de Montalegre ou do Património Enogastronómico é o nosso sucesso, porque ninguém visita algo que não conhece ou que não tenha notoriedade reconhecida e nós queremos reforçar essa notoriedade, neste caso do evento, que se vai realizar, e de Montalegre, como espaço de acolhimento”.

Neste seguimento, orgulhosa pelo convite recebido pela organização da iniciativa, a presidente da Câmara Municipal de Montalegre, Fátima Fernandes, revelou que “nós aderimos, assim que nos fizeram esta proposta, porque o objetivo desta associação tem muito a ver com a nossa identidade, também, com a nossa cultura e com aquilo que procuramos fazer e que é dar a conhecer o que de melhor se faz no nosso território”.

Sublinhando que este concelho também mereceu ser escolhido, a edil asseverou que “é uma terra muito antiga, temos passagem desde a pré-história, passando pelos Celtas, que nos legaram, exatamente, a «Sexta-feira 13» e aquele paganismo que nós gostamos de celebrar, mas também porque, este ano, celebramos 750 anos de história administrativa oficial, mais concretamente da entrega da carta de foral ao concelho de Montalegre. Portanto, que maneira tão bonita e tão boa de iniciarmos este aniversário do nosso concelho, da nossa terra, exatamente com este encontro”.

Assim, de 21 a 23 de abril, os participantes no I Encontro Enogastronómico vão ter a oportunidade de conhecer, não só o mundo da gastronomia, mas, essencialmente, a identidade de cada terra, que será representada por várias confrarias. “Vamos encontrar os excelentes saberes e os melhores sabores. A tradição e a cultura andam sempre de mãos dadas e é isso que conclui nos bons produtos e, depois, na maneira particular e no saber fazer de cada uma das regiões”, afiançou Fátima Fernandes, realçando que “são três dias, essencialmente, de partilha daquilo que é mais genuíno e mais nosso, que é esta maneira de sermos portugueses, de dizerem que somos um país pequeno, mas tão rico em tradições, no bem receber, no bem servir e nestes produtos, que não há igual”.

Assumindo que este evento terá um enfoque nas pessoas, a presidente da Câmara Municipal de Montalegre salientou a importância de cada concelho preservar e transmitir a sua identidade, atestando que será um encontro que “vai ficar, com certeza, na história”.