O presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA), Luís Garcia, considerou crucial “elevarmos nomes como o de Ruy Galvão de Carvalho e outros grandes vultos da nossa cultura”, que, segundo ele, são uma inspiração “especialmente para as novas gerações de Rabo de Peixe, que merecem e precisam de referências inspiradoras para o seu futuro”.
“Ele é a prova de que, independentemente das adversidades, é possível alcançar grandes feitos e marcar profundamente a nossa sociedade”, afirmou o presidente da Assembleia na apresentação do livro “Ruy Galvão de Carvalho – O Discípulo de Antero”, da autoria de António Pedro Costa, no passado dia 18 de setembro, em Rabo de Peixe.
Durante o discurso, Luís Garcia reconheceu que a Vila de Rabo de Peixe “é muitas vezes associada a desafios sociais, particularmente no campo do ensino e das oportunidades de desenvolvimento”, ao mesmo tempo que “é também uma Vila rica em potencial humano, onde reside uma juventude que também pode ser agente de transformação”, acrescentou.
“Aqui, tal como em tantas outras localidades dos Açores, encontramos jovens com talento, criatividade e desejo de vencer. E é precisamente neste contexto que a figura de Ruy Galvão de Carvalho surge como uma inspiração”.
O presidente da Assembleia Legislativa enalteceu ainda a qualidade da obra apresentada considerando-a “um trabalho de grande mérito”, que no seu entender “oferece a oportunidade de redescobrir quem foi Ruy Galvão de Carvalho, um homem que deixou uma marca indelével nos Açores”.
A propósito do reconhecimento e da valorização da literatura açoriana, o Luís Garcia aproveitou para relembrar a recente aprovação, em sede de plenário, do Prémio Literário Vitorino Nemésio, “uma demonstração clara e inequívoca da unidade e do compromisso deste Parlamento em valorizar a nossa cultura e em honrar figuras ímpares da literatura açoriana”.
“Esta é uma causa que ultrapassa qualquer barreira política ou ideológica, pois todos nós, enquanto açorianos, temos a responsabilidade de valorizar as nossas raízes e identidade. Não nos limitemos a recordar e celebrar o passado, mas façamos desse legado uma força motriz para o futuro, pois só assim é possível manter sempre viva a nossa identidade e o nosso património”.