Temas como o desemprego, o preconceito associado à homossexualidade, os sem-abrigo, a guerra ou as desigualdades sociais estarão em destaque na 2ª Bienal Internacional de Arte Gaia 2017, que decorrerá de 8 de julho a 30 de setembro.
Ultrapassando os limites que caracterizam a tradicional “Bienal de Arte”, esta edição pretende ser uma “Bienal de Causas”, como afirma Agostinho Santos, diretor da Cooperativa Cultural – Artistas de Gaia e responsável pela organização do evento. “A Bienal Internacional de Arte de Gaia preocupa-se com os outros e desafia os seus artistas a interessarem-se por temas que estão à nossa volta. É uma Bienal humanista e solidária”, acrescenta.
O desafio lançado aos artistas foi de, precisamente, transporem estes temas para as suas formas de arte, seja na escultura, na pintura, no desenho ou fotografia, sendo que nesta edição serão ainda homenageados Graça Morais e Guilherme Camarinha.
Ao contrário do que aconteceu na 1ª edição, este ano vai ser possível congregar no mesmo espaço, no Centro Empresarial FERCOPOR a maioria das exposições, nas quais se engloba uma mostra de cadernos de desenho do Padre Nuno Branco inspirados no filme de Martin Scorsese “Silêncio”, que retrata a perseguição aos cristãos no Japão, no século XVII.
A 2ª Bienal Internacional de Arte Gaia 2017 conta, mais uma vez, com o apoio da Câmara Municipal de Gaia, e Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da autarquia, fez questão de lembrar, durante a apresentação oficial, que este é um evento que vai ao encontro dos cidadãos.
“Não basta fazer exposições e assumir conceitos. É preciso aproveitar a oportunidade para criar públicos porque a Bienal também procura educar para a arte e para a cultura. Vila Nova de Gaia tem história e tradição, perpetuada por grandes nomes do panorama nacional e internacional e este evento tem a obrigação de afirmar essa componente e criar novos nomes”, afirma.