Num artigo publicado recentemente, o Grupo de Trabalho da Comissão de Tecnologias de Informação em Saúde do Health Parliament Portugal alertam para os perigos da “literacia digital”, garantindo que irão continuar a explorar “possíveis mecanismos de monitorização e melhoria da qualidade da informação disponível na Internet”.
Em causa está o facto de se estimar que a Internet tenha mais de 3 mil milhões de utilizadores que recorrem à mesma para informações sobre saúde. “Uma tendência que se começou a instalar e que hoje já deu origem ao termo ‘Dr. Google’”, afirma o grupo.
“Devido a esta necessidade gerada pelos internautas, observou-se uma proliferação de sites onde os utilizadores podem criar e dinamizar o seu próprio conteúdo numa variedade de plataformas de informação, o que provocou o desenvolvimento não-ordenado de não-planeado de inúmeras páginas web, com informação de todo o tipo, não necessariamente científica ou validade por profissionais de saúde”, acrescentam.
O grupo adianta ainda que as novas tecnologias “exigem um grau de literacia adequado, possibilitando a capacidade de identificar, compreender, interpretar, criar, comunicar, e avaliar a informação e as suas fontes”. “A utilização da internet apresenta algumas limitações como a qualidade da informação, a falta de fiabilidade, confidencialidade, privacidade e segurança”, acrescentam.