A Câmara Municipal de Gaia assinou, no passado dia 4 de janeiro, no Espaço Cívico da Feira dos Carvalhos, o auto de consignação com a Edivalor, que permitiu o arranque imediato da empreitada de construção da Unidade de Saúde dos Carvalhos. A cerimónia contou com a presença de António Gandra de Almeida, diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde, Rui Guimarães, presidente do Conselho de Administração da Unidade de Saúde Local Gaia/Espinho, Albino Almeida, presidente da Assembleia Municipal de Gaia, e Filipe Silva Lopes, presidente da União de Freguesias de Pedroso e Seixezelo, assim como de autarcas e representantes de entidades civis e militares.
O Espaço Cívico da Feira dos Carvalhos acolheu, no passado dia 4 de janeiro, a assinatura do auto de consignação entre a Câmara Municipal de Gaia e a Edivalor, que permitiu o arranque imediato da empreitada de construção da Unidade de Saúde dos Carvalhos. A cerimónia contou com a presença de António Gandra de Almeida, diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde, Rui Guimarães, presidente do Conselho de Administração da Unidade de Saúde Local Gaia/Espinho, Albino Almeida, presidente da Assembleia Municipal de Gaia, e Filipe Silva Lopes, presidente da União de Freguesias de Pedroso e Seixezelo, assim como de autarcas e representantes de entidades civis e militares.
A nova unidade de saúde terá dois pisos e abrangerá duas unidades de saúde familiar, nomeadamente a USF Monte Murado e a USF Viver Saúde, assim como uma unidade de cuidados da comunidade, com o objetivo de providenciar serviços e horários que permitam ter pré-urgências hospitalares locais, acrescentando cuidados de saúde de proximidade na zona dos Carvalhos. Este equipamento terá o custo de 5,8 milhões de euros (+IVA), com financiamento ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), na ordem dos 4,8 milhões de euros, e um prazo de execução de 720 dias.
Após a assinatura do documento, as intervenções foram inauguradas por Filipe Silva Lopes, presidente da União de Freguesias de Pedroso e Seixezelo, que fez questão de enaltecer que “é um enorme prazer para mim, enquanto presidente de Junta, estar aqui neste importante momento para a nossa comunidade. Esta é uma obra há muitas décadas ansiada pela freguesia, assim como também pelas populações das freguesias vizinhas, dada a importância que o Centro de Saúde dos Carvalhos tem no interior sul do concelho”.
Segundo o autarca, “para além do seu principal papel, os cuidados de saúde primários, este equipamento irá consolidar a afirmação e a dinamização desta freguesia”.
Posteriormente, Filipe Silva Lopes dirigiu-se a Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Gaia, sublinhando que “este projeto, este dia, era um sonho que tínhamos e que hoje, felizmente, se torna a realidade”, agradecendo-lhe “por ter acreditado e nunca ter desistido deste projeto. (…) Esta obra deve-se a si, reconheço isso, a comunidade de Pedroso e Seixezelo reconhece isso, por isso, o nosso muito obrigado”.
Seguidamente, foi Rui Guimarães, presidente do Conselho de Administração da Unidade de Saúde Local Gaia/Espinho, quem tomou a palavra, afirmando, na ocasião, que “é um momento muito importante para nós, enquanto Unidade Local de Saúde, porque de facto isto é que é a Unidade Local de Saúde, é estarmos todos unidos pela saúde da comunidade. Enganadas e tolas estão aquelas pessoas que pensam que é o hospital que trata a saúde das pessoas. Nós, enquanto hospital, olhamos para o hospital como uma oficina reparadora da doença, onde nós queremos passar o menos tempo possível, porque é um sítio onde, infelizmente, há também infeções e muita mortalidade e, portanto, queremos, sobretudo, apostar nos cuidados de saúde de proximidade, de prevenção e de promoção da saúde. Não queremos esperar que as pessoas fiquem diabéticas, fiquem hipertensas, queremos, antes, atuar, promover uma boa alimentação, benefício físico, promover os rastreios na altura certa e promover estes cuidados que são de excelência, com equipas formadas por secretariado clínico, médico e enfermeiro, uma equipa em torno de uma família e que conhece tão bem todas as contingências da família, porque, na urgência, as pessoas veem a doença, não veem às vezes todo o enredo da família. Portanto, para nós é muito importante que este pilar seja bem afirmado e bem desenvolvido. Não haverá nunca saúde, se não tivermos bons cuidados de proximidade”.
Também, António Gandra de Almeida, diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), participou nesta cerimónia, referindo que “hoje é um dia de transformação e compromisso, momento que simboliza o poder transformador da união de esforços entre instituições, sempre com um único propósito que é servir as pessoas e a população”.
Garantindo que “este projeto representa não apenas uma nova infraestrutura, mas também uma nova resposta às necessidades de saúde da população”, o diretor executivo do SNS ressaltou que prestará “cuidados de proximidade mais modernos, acessíveis e dignos. Esta obra é, contudo, apenas uma peça de um esforço mais amplo”.
Por conseguinte, António Gandra de Almeida aproveitou, ainda, a ocasião para recordar que “durante o corrente ano, serão avançadas ainda a construção de mais duas unidades de saúde, nomeadamente a Unidade de Saúde Familiar de Canaviais, em Grijó, que representa um investimento de 2,1 milhões. Paralelamente, prevê-se também o arranque da construção da Unidade de Saúde Familiar da Afurada, no investimento de um milhão de euros. Estes projetos refletem uma visão estratégica que coloca a Gaia na linha da frente da modernização da rede de cuidados de saúde primários”.
Afiançando que a colaboração entre a Câmara Municipal de Gaia e o Serviço Nacional de Saúde “não é novidade”, o diretor executivo do SNS asseverou que “estas obras não são iniciativas isoladas, mas antes a continuação de uma parceria exemplar entre a autarquia e o SNS. (…) Este novo centro de saúde será um espaço de acesso com dignidade e cuidado, mas será também um símbolo de uma parceria continuada a crescer, criando soluções para desafios emergentes e projetando um SNS ainda mais forte”.
Por fim, foi Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Caia, quem encerrou os discursos, salientando que “o município de Gaia tem duas premissas que desde há 11 anos tem mantido e que assume hoje também. Em primeiro lugar, não inaugurámos nada que não esteja já resolvido do ponto de vista financeiro, ou seja, que não esteja pago. E em segundo lugar, não lançámos pedras que não impliquem, num momento imediatamente a seguir, começar a obra”.
Frisando que esta cerimónia representa, apenas, “a consumação de todo um trabalho que vem sendo feito há quase quatro anos, do ponto de vista jurídico, burocrático e administrativo”, o edil gaiense lembrou que, “como aconteceu no passado, o município assume uma comparticipação financeira significativa para o orçamento municipal numa área que não é uma área da sua competência e atribuição direta”.
Durante a sua intervenção, o presidente da Câmara Municipal de Gaia destacou que este equipamento “é mais do que um centro de saúde, pela sua envergadura, por aquilo que ele significa, pelo potencial que tem de ser uma unidade pré-hospitalar, num concelho que é tão grande e, ao mesmo tempo, naturalmente, pelas novas responsabilidades que os municípios também foram assumindo neste contexto de descentralização”.
Assegurando que “esta unidade de saúde pode ser um exemplo”, Eduardo Vítor Rodrigues adiantou que “foi neste sentido que também foi desenhado, não para ser mais um centro de saúde normal, mas para ser um centro de saúde com capacidade para crescer, do ponto de vista funcional e do ponto de vista do seu serviço à comunidade”.
A cerimónia terminou com o lançamento simbólico da primeira pedra da Unidade de Saúde dos Carvalhos, que contou com a participação de todos os presentes.