2018 correu melhor que o esperado para a maior parte das empresas sediadas no Centro Empresarial dos Açores (CEmpA). As expectativas dos empresários para o novo ano são de crescimento e consolidação dos negócios.
O Audiência aproveitou o almoço de Natal deste centro de empresas para fazer o balanço de 2018 e perspetivar 2019.
Trabalhadores independentes e empresas, contabilidade, consultoria, arquitetura engenharia civil, informática, entre outras. São várias as atividades que decorrem no CEmpA.
Algumas empresas lá estão instaladas desde a sua abertura, em 2015, outras mais recentemente, estando lá há apenas algumas semanas. O facto é que todos os trabalhadores ali sediados com as suas empresas gostam de estar neste centro não só pelas condições que o local de trabalho apresenta, mas também pela proximidade vivida entre os colegas.
João Dâmaso Moniz, CEO do CEmpA e anfitrião do almoço, marcou o encontro por afirmar que “o sucesso do CEmpA é o sucesso das empresas que colaboram connosco”.
Além deste testemunho, foram também recolhidos os de Bruno Couto (Digitlântico), Catarina Sousa (CIS Gestão Consultoria e Contabilidade), Tiago Silva (Gecite Açor Consultores de Engenharia Lda.), Luís Tristão (Luís Tristão Arquitetos), Tânia Santos, Rita Costa e Hernâni Sousa.
Bruno Couto, Digitlântico
A Digitlântico só começou em fevereiro deste ano. Como correu este quase primeiro ano de atividade?
O primeiro ano correu muito bem, até foi necessário contratar mais um colaborador.
A que atividade se dedica esta empresa?
A Digitlântico tem duas vertentes: a primeira e original é a de desenvolvimento de ‘sites’ e aplicações móveis, e a segunda nasceu da primeira e é relativa à gestão de alojamento local.
Perspetivas para 2019?
As perspetivas são de ter mais um colaborador, para já. Também esperamos mais clientes e mais sucesso.
Catarina Sousa, CIS Gestão Consultoria e Contabilidade
Como correu o ano de 2018?
Correu muito bem. Neste momento a minha carteira de clientes é bastante grande e se continuar com esta evolução terei de contratar alguém para trabalhar comigo. Desde 2016 que a carteira tem vindo sempre a crescer. Até agora tenho conseguido dar conta do recado, além de que neste momento os fluxos da empresa não permitem ter mais alguém a tempo inteiro, mas eventualmente terei de contratar alguém.
Houve muitos projetos. Para além dos clientes regulares, vieram também clientes esporádicos. Estou muito satisfeita com este ano.
Como vai ser 2019?
Espero que seja igual ou melhor que 2018. Tudo o que vier a mais que 2018 já é bom.
Hernâni Sousa, trabalhador independente em arquitetura
Como correu 2018? Há quanto tempo está no CEmpA?
Eu estou no CEmpA desde o início de dezembro. Senti a necessidade de arranjar um espaço porque o final do ano foi muito bom em termos de clientes.
O que está a perspetivas para 2019?
Espero que 2019 seja igual ao final de 2018.
Por que é que os clientes o procuram?
Para todo o tipo de projetos de arquitetura e licenciamento. Legalizações também têm aparecido muito para o turismo e habitação.
João Dâmaso Moniz, CEO do CEmpA
Qual o balanço de 2018?
2018 é o terceiro ano que estamos de portas abertas.
Não é que os números sejam extravagantes, mas este foi o melhor ano desde que abrimos portas. Em termos de volume de negócios crescemos em 11% em relação a 2017. Este foi um ano de muitas concretizações: concluímos o nosso processo de certificação da formação que se iniciou o ano passado; aderimos formalmente à Rede de Incubadoras de Empresas dos Açores (RIEA), o que é importante não só para o CEmpA mas também para as empresas que connosco colaboram. O sucesso do CEmpA é o sucesso das empresas que colaboram connosco, o CEmpA por si só não existe.
Perspetivas para 2019?
Espero que o ano de 2019 seja bom não só para o CEmpA mas também para todos aqueles com quem colaboramos. Que 2019 seja um ano de consolidação e de aumento de projetos.
E para o CEmpA?
Temos lotação esgotada. Durante este ano tivemos dois gabinetes livres que entretanto foram ocupados. Mas esta é uma situação que temos de ter em conta. No decorrer do próximo ano também se prevê que se desenvolvam alguns projetos, nomeadamente ao abrigo do Vale [PME] Digital, que é outro programa de incentivo a que nos podemos candidatar. Iremos também dar uma nova imagem ao nosso site para torná-lo mais apelativo.
Tânia Santos, trabalhadora independente em arquitetura
Como correu o ano de 2018?
Correu bem. Neste momento tenho uma carteira de clientes mais alargada, e foi um ano melhor em relação a 2017.
E 2019?
Tenho boas perspetivas para 2019. Daquilo que posso adiantar, os próximos projetos passam por licenciamentos de arquitetura e moradias.
Rita Costa, trabalhadora independente em engenharia civil
Há quanto tempo está no CEmpA?
Estou no CEmpA desde outubro, nesta nova fase da minha vida.
Outubro é bastante recente. Como está a correr?
Estou a gostar imenso. É muito bom trabalhar numa equipa grande.
Perspetivas para 2019?
Que continue a correr da mesma forma que 2018 acabou. Com trabalho, contactos e possibilidade de futuro.
Luís Tristão, Luís Tristão Arquitetos
Como correu o ano de 2018?
O ano de 2018 correu bem. Houve bastante trabalho. Claro que aspiramos sempre melhor, mas foi um ano positivo, com muitos projetos e em várias áreas: habitação, empreendimentos turísticos… neste sentido foi bom e temos notado nos últimos anos os trabalhos têm sido com outro tipo de utilização.
Perspetivas para 2019?
Esperemos que corra bem. Vai ser um bom arranque mas vamos ver depois como é a continuidade. Na nossa área não conseguimos dar a previsão para um ano, mas para já vai ser um bom arranque.
Também vai haver uma aposta no desenvolvimento da empresa noutras questões, e esperemos que isso, por sua vez, venha a desenvolver mais a empresa.
Tiago Silva, Gecite Açor Consultores de Engenharia Lda.
Qual o rescaldo de 2018?
2018 foi muito bom. O volume de negócios da empresa aumentou substancialmente em cerca de 28%. Com base nisso, só podemos ter esperança que 2019 seja ainda melhor e que consigamos fidelizar todos os clientes que temos.
Quais são os clientes que mais o procuram?
Neste momento, também devido ao aperto da fiscalização nas questões da higiene e segurança no trabalho, temos tido diversas atividades económicas a solicitar os nossos serviços. Cada vez mais vemos as próprias entidades públicas a querer cumprir a lei.
2018 fica marcado por um grande evento ocorrido na Ribeira Grande.
À imagem do que realizamos com a periodicidade de dois em dois anos, as Jornadas de Higiene e Segurança no Trabalho permitem-nos ter em São Miguel diversos oradores reconhecidos a nível nacional e até internacional que de alguma forma vêm dar novo ‘feedback’ a toda a classe técnica desta área, novos ‘inputs’, e novos conhecimentos, independentemente das atividades económicas a que estejam ligadas, isto porque a higiene e segurança no trabalho é transversal a qualquer atividade económica que existe.