O 100º aniversário da fundação do Banco Português do Atlântico foi organizado pelos ex-trabalhadores da instituição e decorreu na Quinta da Boucinha, em Vila Nova de Gaia. O evento contou com a presença de cerca de 300 antigos colaboradores, entre as quais Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente do Futebol Clube do Porto, Carlos Câmara Pestana, banqueiro, e Artur Santos Silva, banqueiro.
O centenário da fundação do Banco Português do Atlântico (BPA) foi celebrado durante um almoço que homenageou os colaboradores e o fundador da instituição, Arthur Cupertino de Miranda.
Francisco Ferreira, ex-funcionário do (BPA), fez parte da organização deste evento e explicou ao AUDIÊNCIA que “este é o aniversário do centenário de um banco que já não existe, que fechou definitivamente em 2000, absorvido pelo BCP, que era um banco muito mais pequeno. Entretanto, desde há 4 anos, temos vindo a realizar todos os anos um convívio com os antigos funcionários do Banco Português do Atlântico, embora alguns tenham continuado no BCP, mas começaram no Banco Português do Atlântico. Este ano, é o ano que conta com a participação de mais pessoas, são cerca de 300 e são, basicamente, quase todas do Norte”, salientando a importância “do convívio e do reviver de funcionários, considerando que já não se veem há 30 ou há 40 anos”.
Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente do Futebol Clube do Porto, fez questão de marcar presença do 100º aniversário da fundação do Banco Português do Atlântico e sublinhou ao AUDIÊNCIA que “eu estou aqui como antigo colaborador de uma grande instituição que foi o Banco Português do Atlântico, que teve uma influência muito grande na vida deste país e que, infelizmente, acabou. E, naturalmente, vim aqui só para prestar homenagem a essa instituição, a todos os que por ela lutaram e confraternizar e conviver com muitos colegas desse tempo, que felizmente ainda pude encontrar aqui hoje”, enaltecendo que o BPA “foi o primeiro sitio onde eu trabalhei, onde fiz muitos amigos, de que tenho muitas recordações e, naturalmente, que nunca esqueço esta grande instituição e num momento destes em que se festejam os 100 anos da sua fundação não podia faltar, como disse, sobretudo para conviver com muitos amigos e antigos colegas que ainda são vivos”.
O banqueiro Artur Santos Silva também compareceu ao evento e contou ao AUDIÊNCIA que “eu comecei a minha carreira bancária no Banco Português do Atlântico, uma instituição extraordinária, a grande escola de gestão bancária que teve muitas gerações, a minha, seguramente, foi uma das que muito beneficiou. O Banco era uma instituição com um grande líder, com uma grande equipa de topo, com um ambiente de trabalho extraordinário. Um banco onde prevalecia a meritocracia e não outros critérios, nem de família, nem políticos”.
Carlos Câmara Pestana, banqueiro, foi outra das individualidades que não faltaram ao almoço comemorativo do centenário da fundação do BPA e aproveitou a ocasião para ressaltar ao AUDIÊNCIA que “o centenário mostra a vitalidade de uma instituição bancária que foi diferente das outras, porque foi uma instituição que se desenvolveu sempre no princípio de grande independência em relação aos grupos económicos”, afirmando que “eu tenho uma alma atlântica, a minha alma não é uma alma lisboeta, nem brasileira, a minha alma é atlântica. Foi aqui que eu aprendi, foi aqui que eu comecei a minha carreira e foi aqui que eu fui formado. Aquilo que eu sei do banco foi aqui que eu aprendi e nunca me esqueci”.