CONFRARIA DA PEDRA: CINEMA, POLÍTICA, MOBILIDADE E SOLIDARIEDADE FORAM OS MOTES DE UMA NOITE EMBLEMÁTICA

A Confraria da Pedra realizou mais um jantar tertúlia no Restaurante Castela, na Madalena, em Vila Nova de Gaia, que reuniu 72 pessoas e teve como convidados de honra Mário Augusto, jornalista da RTP, António Fonseca, presidente da União de Freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória, Tiago Braga, presidente da Metro do Porto, e o arquiteto Simão Pedro.

O cinema, a política, a mobilidade e a solidariedade foram as epígrafes desta tertúlia que juntou 72 Confrades de Honra, Confrades Honorários e convidados num jantar sublime.

José Carlos Leitão, Chanceler presidente da Confraria da Pedra, deu início à sessão lembrando que “a Confraria da Pedra foi fundada no dia 12 de julho de 2001, com o objetivo de dignificar a indústria e a arte da pedra e de perpetuar a memória do pedreiro. O nosso desígnio é mesmo este, defender e fazer perpetuar a memória de quem trabalhou na pedra com muita dureza e com muita nobreza”.

Seguidamente, o Chanceler passou a palavra ao arquiteto Simão Pedro, que se apresentou salientando que “sou de Gaia, sou arquiteto, sou pai de dois filhos e sou do Futebol Clube do Porto” e admitindo que “tenho um problema com carros, gosto muito de carros e tenho alguns brinquedos na garagem”.

A Confrade Noa também marcou presença neste jantar tertúlia e enalteceu que “é com muita honra que eu faço parte desta Confraria e é com muita honra que partilho os mesmos valores e princípios que vocês e eu espero que consigamos fazer alguma diferença no mundo”.

Depois desta intervenção, José Carlos Leitão introduziu António Fonseca, presidente da União de Freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória, que falou o que representa ser autarca e sobre o trabalho que desenvolve no Centro Histórico do Porto.

“Eu sou presidente da Junta de Freguesia de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória desde 2013” e “decidi ser autarca porque estava cansado de fazer um trabalho que os autarcas é que deviam fazer”, referiu António Fonseca, destacando que “nós, autarcas, contribuímos para a qualidade de vida das pessoas”.

O presidente da União de Freguesias do Centro Histórico do Porto ressaltou ainda que “eu sou independente, trabalhei já com vários partidos”, mas “nós temos de ser o mais independentes possíveis, pois não podemos estar à mercê da boa disposição do presidente da Câmara, nós temos uma responsabilidade direta”.

Posteriormente, o Chanceler apresentou Tiago Braga, presidente da Metro do Porto, que falou sobre mobilidade e sobre a o futuro do Metro do Porto.

“Este é um momento particularmente especial para o Metro do Porto. O Metro do Porto encontra-se neste momento em expansão, que na verdade já se iniciou em setembro de 2017”, sublinhou o presidente da Metro do Porto. Em relação à linha do Porto, Tiago Braga afirmou que vai decorrer “o arranque da linha circular do Porto, orçada em 175 milhões de euros. O projeto contempla as estações Praça da Liberdade, Hospital de Santo António, Praça da Galiza, e Casa da Música”. Relativamente a Vila Nova de Gaia, o presidente da Metro do Porto evidenciou “a extensão do percurso da Linha Amarela (D) ”, que “também terá quatro estações, a estação Santo Ovídeo, a estação Manuel Leão, a estação Hospital Santos Silva e a estação Vila D’Este”.

Após a participação de Tiago Braga, José Carlos Leitão concedeu a palavra a Mário Augusto, jornalista da RTP, que contou a sua história e falou sobre cinema, televisão e jornalismo.

“Eu nasci em São Félix da Marinha, no lugar de Espinho, em Vila Nova de Gaia. Divido-me muito entre a cidade de Espinho e o lugar de Espinho e divido-me entre Espinho e Gaia em termos de coração”, afirmou Mário Augusto, revelando que “eu sou jornalista há 34 anos e trabalho em televisão”.

O jornalista admitiu que “eu tenho a sorte de fazer aquilo de que eu realmente gosto. Não foi aquilo que eu alguma vez planeei para mim, mas as coisas foram acontecendo”, referindo que “eu sou um rapaz de muita sorte, porque também soube sempre agarrar as oportunidades, nunca deixei de as enaltecer e mesmo quando eu me sinto derrotado, tento ver na derrota algum ensinamento que me permita encarar as coisas de maneira diferente”.

Mário Augusto desvendou ainda que “o Henrique Mendes foi uma das pessoas que me ensinou muito sobre a profissão, não por aquilo que ele pudesse ensinar, porque a televisão do tempo dele nada tem a ver com a televisão do meu tempo e a televisão do meu tempo já não tem nada a ver com a da geração nova, que está a chegar à comunicação social”.

“A minha área de especialização é o cinema” e “tem sido sempre o cinema que me ensina”, porque “o cinema não é mais do que um espelho da vida”, contou o jornalista português que mais estrelas de cinema entrevistou para televisão, que confessou que “não deixo de estar no ar, nem que seja uma vez por semana”.

Foi mais uma noite emblemática, na qual o pintor e Confrade Abílio Guimarães desenhou os convidados de honra, presenteando-os com a sua arte.

A Confraria da Pedra aproveitou ainda a ocasião para atribuir um Diploma de Reconhecimento aos convidados.