A freguesia de Rabo de Peixe é assim chamada devido à semelhança que uma das suas pontas tem com uma cauda de peixe, ou, segundo Gaspar Frutuoso, por ali se ter encontrado o rabo de um grande peixe desconhecido.
Também incerta é a data de povoação desta localidade, sendo no entanto apontada para o século XV, altura em que, em conjunto com a Ribeira Grande, constituía freguesia. Em 2004, mais propriamente no dia 25 de abril, foi elevada a vila, para satisfação desta comunidade.
A sua igreja paroquial é dedicada ao Senhor Bom Jesus e veio substituir outra igreja que já existia em 1522. Para além deste templo, existem ainda as ermidas de Nossa Senhora do Rosário, de Nossa Senhora da Conceição, de Sant’Ana e ainda de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
Nesta vila, as festas e tradições religiosas são muito preservadas e representam a cultura das suas gentes. O primeiro dia do ano é dedicado ao Senhor Bom Jesus e o primeiro domingo de outubro a Nossa Senhora do Rosário. No entanto, tal como nas restantes freguesias do arquipélago, aqui também se vive as festas em honra do Divino Espírito Santo com muita intensidade. Nesta época realizam-se cortejos alegóricos, distribuem-se as “despensas” e partilham-se refeições e bens alimentares em toda a vila, conhecida pelo saber receber do seu povo, principalmente em dias de festa.
Rabo de Peixe é uma pitoresca vila piscatória; é ali que se encontra o maior porto de pescas dos Açores. Porém, esta freguesia também já fez história “no ar”: foi no lugar de Santana, pertencente a esta freguesia, que existiu um campo de aviação militar durante a II Guerra Mundial (1939-1945), passando, em 1946, para a aeronáutica civil com a instalação do primeiro aeroporto de São Miguel.
A freguesia mais populosa do concelho da Ribeira Grande, com 8.866 habitantes, segue agora o lema “Rabo de Peixe – da Terra ao Mar, uma vila com futuro”.