A equipa de basquetebol que representa Gaia no Campeonato Nacional de Basquetebol de Cadeira de Rodas, formação orientada pelo treinador-jogador Pedro Bártolo, sub capitão da seleção nacional que jogou profissionalmente durante 7 anos em Itália e em Espanha, já se destaca entre os grandes.
O AUDIÊNCIA esteve à conversa com o treinador/jogador de 29 anos, um dos melhores em Portugal na modalidade.
Qual é o seu grande desafio, depois de jogar basquetebol em Itália e Espanha e agora a orientar uma equipa Gaiense?
É um desafio grande, ambicioso. Este ano devido à situação pandémica, acabei de regressar a Portugal para pegar na equipa do Basquetebol em cadeira de rodas o Basket Clube de Gaia, projeto que se iniciou em 2016. Temos um plantel muito pequeno e jogadores muito jovens. Mas, estamos muito empenhamos e já começam a surguir grandes resultados, como foi o caso da nossa vitória alcançada no nosso Torneio, hoje, com a APD-Leiria por 50-49. Uma das equipas que já foi campeã em Portugal.
Estamos a defrontar grandes equipas como é o caso da APD-Braga que se destaca no panorama nacional ao ter conquistado os últimos 16 troféus, entre campeonatos, Taças de Portugal e supertaças que tem no seu plantel 7 Internacionais.
O que falta ao BCG?
É necessário ter mais jogadores a praticar esta modalidade que tem grande espetacularidade. Alargar o plantel, ter opções para conseguir resultados que orgulhem o nosso clube, a freguesia e Gaia, porque nós, temos muito em ser os representantes de Gaia ao mais alto nível no Basquetebol em Cadeira de Rodas.
Também é muito importante continuar a fazer demonstrações de sensibilização desta modalidade nas escolas, só no ano passado realizamos 15. Um dos mais promissores jogadores o João Castro que tem 16 anos veio de uma dessas demonstrações na escola onde estuda a Escola Secundária dos Carvalhos.
Qual tem sido o apoio da Junta de Freguesia de Grijó e Sermonde e Câmara Municipal de Gaia?
Temos de agradecer o apoio recebido da Câmara Municipal de Gaia e da Junta de Freguesia de Grijó e Sermonde. Não nos têm apoiado mais porque não possuem mais verbas para ajudar. Sem esta ajuda era impossível a nossa presença no campeonato. Posso destacar a cedência do pavilhão para os treinos e o transporte para a nossa na deslocação para os jogos e na realização do nosso Torneio anual que já vai na sua 3ª edição.
Faz-nos muita falta uma carrinha para deslocação para os jogos e ter mais cadeiras adaptadas, que ficam muito caras. Para esta modalidade desportiva não existem apoios para cadeira de rodas. Só para ter uma ideia uma cadeira pode custar de 3000.00 a 6000.00. Neste momento até temos uma que nos foi emprestada pelo Mário Dias, atleta da APD-Braga.
Qual é o vosso grande objetivo do BCG no Campeonato e na Taça de Portugal?
É muito ambicioso. No campeonato a nossa ambição passa por terminar no TOP-4 para disputar a Final-Four e alcançar a fase final da Taça de Portugal. Apesar de reconhecer uma vez mais que temos muita juventude na equipa e precisamos de ter mais condições.