No seguimento do Protocolo de Colaboração Sociocultural que foi assinado, no passado dia 2 de junho, entre a União de Freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira e a Junta de Freguesia de Rabo de Peixe, no contexto da visita de Paulo Ramos de Carvalho a esta vila açoriana, o edil rabopeixense, Jaime Vieira, deslocou-se, entre os passados dias 27 e 30 de julho, até estes territórios à beira-mar plantados, com o intuito de participar nas Festas de Sant’Ana e no XXIV Festarte, assim como de estabelecer relações com o movimento associativo, educativo e empresarial local.
Depois da visita de Paulo Ramos de Carvalho, presidente da União de Freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira, a Rabo de Peixe, no âmbito da qual foi assinado, no passado dia 2 de junho, um Protocolo de Colaboração Sociocultural com a Junta de Freguesia desta vila piscatória, o autarca rabopeixense, Jaime Vieira, deslocou-se, entre os passados dias 27 e 30 de julho, até estes territórios, com o intuito de participar nas Festas de Sant’Ana e no XXIV Festarte, assim como de estreitar relações com o movimento associativo, educativo e empresarial local. “Eu tive a hipótese de estar em Rabo de Peixe aquando das Festas do Espírito Santo e tivemos a oportunidade de visitar várias instituições, empresas e localidades e perceber o que é e qual é a dinâmica de Rabo de Peixe. Aquilo que pretendemos fazer aqui foi exatamente isso, foi aproveitar as Festas de Sant’Ana para perceber também as nossas raízes culturais, para além de como é que as nossas instituições e empresas funcionam”, revelou o autarca de Matosinhos e Leça da Palmeira, em entrevista exclusiva ao AUDIÊNCIA.
O acordo, que prevê o intercâmbio de conhecimentos ao nível social, cultural e recreativo, económico e administrativo, começou a ser elaborado em fevereiro do presente ano, aquando da participação do edil da União de Freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira na XVIII Gala AUDIÊNCIA, que decorreu no Teatro Ribeiragrandense, depois da qual foram analisadas as potencialidades de uma parceria entre os dois territórios.
Assim, ao longo de quatro dias, o presidente da Junta de Freguesia de Rabo de Peixe realizou um périplo em Matosinhos e Leça da Palmeira para conhecer diferentes empresas e instituições parceiras, que podem, também, ser muito importantes no desenvolvimento de diferentes projetos que valorizem os territórios envolvidos. A Matosinhosport, a DocaPesca, Propeixe, Soltráfego, Iberdrola, Casas em Movimento com o arquiteto Manuel Vieira Lopes, Piscina das Marés, Quinta da Conceição, Casa de Chá da Boa Nova, Centro Hípico do Porto e Matosinhos, foram algumas das entidades que receberam Jaime Vieira e Paulo Ramos de Carvalho e deram a conhecer o seu trabalho. “O objetivo passou por percebermos como é que podemos criar pontes, seja entre as Juntas ou as instituições e até as empresas e já há, aqui, um conjunto de ideias muito interessantes de coisas que podemos fazer no futuro, para além dos desafios que já nos foram lançados quer em Rabo de Peixe, quer, aqui, em Matosinhos e Leça da Palmeira. Portanto, eu acho que vai funcionar muito bem e vai criar, aqui, momentos muito engraçados de partilha, interação, mas também de fortalecimento da economia destes dois territórios”, ressaltou Paulo Ramos de Carvalho.
O AUDIÊNCIA acompanhou, no passado dia 29 de julho, a visita de Jaime Vieira ao Centro Hípico do Porto e Matosinhos, onde estava a decorrer o Concurso de Saltos Nacional – A e o Troféu Dr. Guilherme Pinto, que contou com a participação de 280 conjuntos. Radiante por receber o autarca rabopeixense, acompanhado pelo edil da União de Freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira, Miguel Cruz, diretor desta instituição, mencionou, em exclusivo a este órgão de comunicação, a possibilidade de, no âmbito do Protocolo de Colaboração que foi assinado entre os territórios, “criar sinergias com a Associação Equestre Micaelense”.
Assegurando que o Centro Hípico do Porto e Matosinhos nasceu para apoiar a formação em equitação, Miguel Cruz afirmou que “nós viemos do Porto e fomos acolhidos em Matosinhos há mais de 50 anos, neste local fantástico, com excelentes condições ao nível de instalações, acessos e transportes públicos. Também temos uma escola de equitação que conta, neste momento, com mais de 200 alunos que querem iniciar ou dar continuidade à sua formação e, depois, temos um conjunto de profissionais que dão aulas avançadas. Também estamos focados noutra área que é muito importante para nós, que é a equiterapia, na qual pretendemos evoluir, mas já apoiamos muitos jovens com deficiência e é esse o nosso grande objetivo”.
Relativamente à competição que estava a decorrer, Troféu Dr. Guilherme Pinto, o diretor desta instituição salientou que já é assim denominada há mais de 10 anos e que se realiza, sempre, no último fim de semana de julho. “É um concurso que se realiza ao longo de três dias e finaliza com o Grande Prémio no domingo [30 de julho], com a prova rainha de 1,45 metros, onde estão os maiores cavaleiros nacionais”, destacou Miguel Cruz.
Na ocasião, Paulo Ramos de Carvalho também fez questão de sublinhar que “o Centro Hípico tem uma importância muito grande para nós, pois centenas de jovens passam por aqui todos os dias e é um local que é visitado por milhares de pessoas, que praticam esta modalidade. O espaço é extremamente bonito, acolhedor, está aberto todos os dias e tem um restaurante ótimo, portanto, para nós, é muito importante partilharmos esta excelente relação, assim como visitarmos e participarmos neste evento que contempla o Troféu Dr. Guilherme Pinto. Neste contexto, como a Associação Equestre Micaelense se localiza em Rabo de Peixe também já falamos sobre a possibilidade de colocarmos estes dois centros a falar sobre eles e contribuirmos para que estabeleçam momentos de cooperação e partilha entre os dois”.
Por conseguinte, Jaime Vieira admitiu, em exclusivo ao AUDIÊNCIA, que viu “coisas extraordinárias”, que anseia mostrar aos rabopeixenses, “desde uma casa que se movimenta por energia solar”, até à possibilidade de o Grupo Coral de Rabo de Peixe participar no próximo ano nas Festas do Senhor de Matosinhos e de “virem alguns pescadores para colmatar a falta de mão-de-obra que existe cá”. Afiançando que outro local que o encantou foi, efetivamente, o Centro Hípico do Porto e Matosinhos, o edil recordou que “também em Santana temos uma Associação Equestre e temos esperança de vir a aproximar estas duas realidades, embora diferentes, mas que se unem naquilo que é a equitação e, acima de tudo, a vontade de poderem estar em sintonia”.
Garantindo que este Protocolo de Colaboração entre a União de Freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira e a Junta de Freguesia de Rabo de Peixe foi assinado para as pessoas de cada uma das localidades, o autarca enalteceu que “nós queremos ser um exemplo daquilo que são as parcerias e dar um mote para uma nova realidade, que não ficará apenas no papel. Nós queremos dar o passo seguinte e, no meu caso, é a divulgação pela positiva de uma terra muitas vezes mal-entendida e mal compreendida”.
Segundo o presidente da Junta de Freguesia de Rabo de Peixe, “esta viagem foi verdadeiramente fantástica e adveio da necessidade que eu tinha de visitar uma terra que quero que deixe de ser estranha. Ao assinarmos o protocolo sabíamos de antemão que o objetivo era unir, não geograficamente, mas naquilo que são as vontades e a identidade de cada localidade, percebemos o que é comum e o que podemos aprender, nomeadamente as suas medidas, preocupações e virtudes, replicando os aspetos positivos”.
Evidenciando que, após a sua chegada à União de Freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira, a primeira coisa que sentiu foi “o calor humano da população”, Jaime Vieira admitiu que levava na bagagem para Rabo de Peixe “a magia de uma comunidade extraordinária. Saudade, porque estou a adorar estar cá, estou a sentir cada momento, cada minuto. Uma alegria imensa por ter conhecido gente nova, ter voltado a ver gente amiga, porque o Paulo, nesta altura, já é um amigo para a vida. Por fim, saio com uma vontade enorme de cá voltar, porque quando se gosta queremos repetir e é isso o que eu quero, repetir num outro formato, talvez em férias, porque há muito para descobrir e para se vivenciar nesta terra magnífica”.
Neste seguimento, Paulo Ramos de Carvalho reforçou que “o balanço é extremamente positivo, pois é esta partilha destes momentos que queremos criar. Depois, temos de trabalhar no dia a dia, estabelecer pontes, parcerias e ver como é que nós conseguimos diminuir a distância entre estas duas localidades de uma forma muito enriquecedora e efetiva. Esta é a verdadeira essência daquilo que é o poder local, que é a proximidade, conhecermos o território e darmos a conhecer aos intervenientes locais aquilo que acontece, também, fora de portas. Algo que me comprometi, enquanto presidente de Junta, foi não só olhar para o meu território, mas defender o poder local e é isso o que estamos a fazer. Aqui, temos a vantagem de estarmos dois partidos completamente diferentes a trabalharem em conjunto, o que mostra bem que quem vem para presidente de Junta, quando ganha as eleições, despe a camisola do partido e veste a camisola da população e da defesa da comunidade e é isso o que estamos a fazer”.