“AFURADA E A COR DAS MEMÓRIAS”: UMA OBRA INFANTIL QUE CONVIDA À REFLEXÃO

Depois do lançamento na Feira do Livro do Porto, no dia 8 setembro, a obra “Afurada e a Cor das Memórias”, da autoria de Cátia Oliveira e Catarina Montenegro, voltou a ser apresentada, no passado dia 23 de novembro, na Igreja de São Pedro da Afurada, em Vila Nova de Gaia. A sessão contou com a presença de Paulo Lopes, presidente da União de Freguesias de Santa Marinha e São Pedro da Afurada, e do padre Almiro Mendes, assim como de representantes de entidades civis.

A Igreja de São Pedro da Afurada foi palco, no passado dia 23 de novembro, da apresentação do livro “Afurada e a Cor das Memórias”, da autoria de Cátia Oliveira e Catarina Montenegro. O evento contou com a presença de Paulo Lopes, presidente da União de Freguesias de Santa Marinha e São Pedro da Afurada, e do padre Almiro Mendes, assim como de representantes de entidades civis.

Esta obra infantil resultou da investigação desenvolvida por Cátia Oliveira, investigadora em Estudos do Património, e da adaptação pedagógica por Catarina Montenegro, educadora de infância, e tem como objetivos a reflexão sobre a educação para o património e sobre o poder das memórias culturais nas novas gerações.

Baseado numa história verídica da comunidade de São Pedro da Afurada, este livro “transporta-nos para 1955, tratando do episódio da chegada das peças de arte sacra de Altino Maia, conhecidas como «Santos Pretos» pela comunidade local. A policromia e linguagem modernista destas peças fez com que destoassem das tradições locais, o que acabou por causar uma certa tensão entre a comunidade religiosa e fazer com que fossem «escondidas» na sacristia em 1999, onde permaneceram mais de 20 anos, mais precisamente, até 2021”. No entanto, no ano passado, estas obras ressurgiram para o público na exposição “Os Santos d’Afurada. Arte, Devoção e Comunidade”, permitindo a abertura de um diálogo sobre arte, identidade e aceitação.

De acordo com as autoras, o livro “Afurada e Cor das Memórias” vem, assim, “dar continuidade ao projeto educativo e cultural, procurando também o envolvimento de uma geração mais jovem e despertando a curiosidade dentro do público infantil. Pensado especialmente para os pequenos leitores, este livro infantil é uma porta para refletirmos sobre a nossa herança cultural, o respeito pela diferença e o valor das memórias coletivas. Queremos que as crianças descubram o valor de olhar para o mundo ao seu redor com curiosidade e respeito, desenvolvendo uma atitude crítica e cívica em relação ao que é «diferente»”.