A Suldouro, operadora de resíduos nos concelhos de Vila Nova de Gaia e Santa Maria da Feira, inaugurou no passado dia 26 de novembro, em Sermonde, a nova central de triagem de materiais, que vai permitir separar 4,5 toneladas de embalagens por hora. O evento contou com a presença de João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente e da Ação Climática, Inês dos Santos Costa, secretária de Estado do Ambiente, Emídio Pinheiro, presidente do conselho de administração da EGF, Miguel Lisboa, presidente do conselho de administração da Suldouro, Valentim Miranda, vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Gaia e Emídio Sousa, presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira.
A Suldouro, empresa responsável pela gestão de resíduos sólidos urbanos em Vila Nova de Gaia e Santa Maria da Feira, inaugurou no passado dia 26 de novembro, em Sermonde, a nova central de triagem de materiais, orçada em 7,3 milhões de euros, que foi cofinanciada em 85% pela União Europeia, através do POSEUR (Programa Operacional para a Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos) e implicou um investimento no valor de 2,7 milhões de euros da concessionária da EGF.
A nova central de triagem vai permitir separar 4,5 toneladas de embalagens por hora, para reciclar, garantindo o trabalho direto a 39 colaboradores.
Para Miguel Lisboa, presidente do conselho de administração da Suldouro, “a inauguração da central de triagem traduz-se, efetivamente, num acontecimento marcante para a nossa empresa, que presta serviço aos municípios de Vila Nova de Gaia e de Santa Maria da Feira, recolhendo fluxos seletivos de vidro, plásticos e metais, papel e cartão, bem como o tratamento integral de todos os resíduos sólidos urbanos desta região”.
Enaltecendo que “a Suldouro, hoje, prepara-se para o futuro”, o presidente do conselho de administração da empresa referiu que “estes investimentos permitem-nos afirmar que a Suldouro está empenhada no cumprimento das metas exigentes do país e que o novo ciclo de investimentos 2022-2024 permitirá dar continuidade aos objetivos ambiciosos, definidos para a gestão de resíduos e de recursos”.
Também José Coelho, administrador-delegado da Suldouro, fez questão de intervir na cerimónia, salientando que a nova central de triagem é “um equipamento fundamental, para dar resposta a um crescimento absolutamente extraordinário da recolha seletiva, que teve um fluxo superior a 60% nos últimos seis anos”.
“Esta linha de triagem visa dar resposta às cerca de 30 toneladas de resíduos que, todos os dias, nós recolhemos provenientes do ecoponto amarelo”, revelou o administrador-delegado da concessionária da EGF, esclarecendo que tem “como perspetiva e finalidade recuperar determinados materiais, na sua maioria embalagens de plástico e metais”.
Segundo José Coelho, esta beneficiação “assegura as necessidades atuais da Suldouro, por via da colaboração de um grupo de 39 trabalhadores e assegura, também, a capacidade de crescimento futuro da recolha seletiva, nomeadamente através da implementação de um segundo turno. Representa, também, uma melhoria significativa das condições de trabalho e de segurança dos nossos trabalhadores”.
Por sua vez, Emídio Sousa, presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, aproveitou a ocasião para ressaltar a eficiência da Suldouro, garantindo que “consegue fazer os melhores trabalhos do país, desde sempre” e “é uma referência na qualidade do serviço”.
Assegurando que “as pessoas aderem, verdadeiramente, à recolha seletiva porta-a-porta”, o autarca sublinhou que “ainda nos falta resolver algumas coisas, mas há uma nova consciência ambiental”.
Já Valentim Miranda, vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Gaia, frisou, aquando da sua intervenção, em representação do presidente da autarquia gaiense, que “temos, sem dúvida, desenvolvido um trabalho positivo ao nível dos resultados”.
Evidenciando a qualidade do trabalho que é desenvolvido diariamente pela Suldouro, o edil, destacou que “são os trabalhadores que merecem o nosso reconhecimento todos os dias”, desejando que a concessionária da EGF “continue a desenvolver, nos municípios, um trabalho que muito nos orgulha”.
Seguidamente, foi a vez do presidente do conselho de administração da EGF, Emídio Pinheiro, intervir, sustentando que “é com um grande orgulho que estamos, hoje, a inaugurar esta central de triagem, que vai permitir impulsionar para mais e para melhor a reciclagem em todo o país”.
Atestando que “estamos perante um esforço coletivo e urgente que a todos nós diz respeito. Ninguém escapa”, Emídio Pinheiro reafirmou que “como dizíamos na nossa mais recente campanha: «O Futuro do Planeta Não é Reciclável». No final do dia estamos nós, os homens e mulheres da limpeza a recolher, a tratar e a valorizar o que todos deitam fora”.
Por fim, foi João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente e da Ação Climática, quem encerrou os discursos, felicitando “todos os que estão por trás deste protejo” e asseverando que “nós temos muito para fazer”.
Afiançando que “eu não tenho dúvidas do quão essencial é a recolha porta-a-porta”, o ministro do Ambiente e da Ação Climática explanou que, apesar disso, “não podemos dar palmadinhas nas costas”, uma vez que “são pouquíssimos os municípios, neste país, que recuperam os custos daquilo que é o seu trabalho na gestão de resíduos”.
Neste contexto, João Pedro Matos Fernandes elucidou que “é muito fácil juntar, numa só fatura, a água e os resíduos, mas ao fazermos dessa forma, não estamos a premiar, em nada, aqueles que separam, aqueles que reduzem a quantidade de resíduos que produzem”, alegando que “temos de, manifestamente, ter um sistema de faturação mais sofisticado, separado, que permita este isolar, porque de outra forma não vamos conseguir. (…) A conta do lixo não existe e tem de existir, o que não quer dizer que somadas as contas se pague mais, pois até se pode pagar menos, têm mesmo é de ser separadas”.
Afirmando que “paralelamente à reciclagem, voltada para o contentor amarelo, temos de, definitivamente, dar passos certos na recolha diferenciada dos bio-resíduos, esse é o grande desafio”, o ministro do Ambiente e da Ação Climática ratificou que “estamos muito longe das nossas metas. Temos, ainda, muito para fazer”.