APOSTA NA INOVAÇÃO E NA TECNOLOGIA É ESSENCIAL PARA PREPARAR OS AÇORES PARA O FUTURO

A Eurodeputada açoriana eleita pela Iniciativa Liberal (IL), Ana Vasconcelos Martins, considera que, para que os Açores estejam melhor preparados para enfrentar os desafios do futuro, a aposta na inovação e na tecnologia é essencial, desde logo, na criação de oportunidades de trabalho qualificado que atraiam e fixem jovens na região.

No final de uma visita às obras de construção da nova fábrica de lacticínios da ilha Terceira, na zona industrial da Achada, em Angra do Heroísmo, Ana Martins sublinhou “a grande aposta na tecnologia que está a ser feita, numa indústria de ponta, que criará mais oportunidades para trabalho qualificado e isso pode ser também uma forma de atrair e de fixar jovens trabalhadores na região”.

Reforçando que a inovação e a tecnologia “não implicam uma desvalorização das formas mais tradicionais de produção, muito pelo contrário”, a Eurodeputada liberal elogiou o “excelente sinal” dado pelos investidores na nova indústria ILAÇORES, uma vez que, frisou, “vemos na Região alguém já a preparar um próximo futuro, a pensar na valorização dos produtos, na máxima rentabilização do leite, para extrair o máximo valor desse leite, para também manter uma consistência na qualidade e, com isto, aumentar a reputação dos produtos”.

“A vantagem de não ser artesanal é que depois consegue-se garantir consistência na qualidade e isso depois tem implicações muito positivas, não só para a marca que está aqui a ser exportada, mas para a reputação dos produtos regionais em geral. Na medida em que isso é valorizado, nós todos beneficiamos de produtos a mais baixo custo que uma indústria mais tecnologicamente avançada permite, mas também apreciamos aquilo que é raro, aquilo que é artesanal. Eu diria que no mercado avançado, em que há abundância de recursos, em que os consumidores também têm mais poder de compra, há mercado para os dois tipos de produtos”, afirmou.

Ana Vasconcelos Martins acredita que é “uma absoluta prioridade para o país inteiro e, obviamente, para as regiões que não podem ficar para trás, começarem a identificar como é que neste novo mercado global e com estes avanços tecnológicos, se pode estar alinhado para não ficarmos para trás, para não sermos a última região a reagir, para depois estar a andar a reboco do resto do país e, no fundo, perder oportunidades”.

“Esta nova indústria dá-nos uma nota muito importante, que está a ser bem pensada, que é o facto de se estar a fazer uma grande aposta na tecnologia. Criam-se aqui mais oportunidades para trabalho qualificado e isso pode ser também uma forma de atrair e de fixar jovens trabalhadores na Região. Outro problema que as regiões enfrentam é a desertificação, é a falta de oportunidades. Oportunidades interessantes como esta que aqui está a nascer, são, para a nossa juventude mais qualificada, desafios para ficar num sítio que oferece oportunidades de trabalho qualificado”, sublinhou.

“Numa ótica de utilização dos fundos para apostar no futuro da Região, para valorizar os produtos e também para atrair trabalho qualificado que valorizará os Açores e ajudará a enfrentar o problema da desertificação, eu diria que estão aqui a ser dados passos muito importantes, que podem e devem ser um exemplo até para outros empreendimentos semelhantes”, afirmou a Eurodeputada da IL.