“AS PESSOAS ABORDAM-ME NA RUA E RECONHECEM A MINHA LIDERANÇA”

Alcides Couto nasceu em Vila Nova de Gaia e exerce a função de deputado municipal pelo partido Chega, na Assembleia Municipal de Gaia. Como diplomata civil, também pertence à Alma da Europa, uma Organização Não Governamental (ONG), com sede em Bruxelas, que promove apoios sociais, culturais e ambientais, atuando nos continentes europeu e africano. Em entrevista exclusiva ao AUDIÊNCIA, Alcides Couto falou sobre o impacto que as “Palestras Dialogadas” que tem realizado junto do poder local gaiense e portuense têm tido na comunidade.

 

 

Com o intuito de lutar pelo desenvolvimento social e económico dos concelhos de Vila Nova de Gaia e do Porto, implementou um projeto, que contempla a realização de várias palestras sobre temas diversos, como diplomacia civil, violência doméstica, saúde, divórcio, defesa dos animais, cidadania e narcisismo. A seu ver, qual tem sido o feedback dos cidadãos relativamente a estas temáticas?

O feedback que tenho é que existe um enorme desejo e interesse dos cidadãos no conhecimento sobre os direitos, deveres, liberdades e garantias constitucionalmente consagrados na nossa Lei Fundamental.

 

Qual é o tema sobre o qual as pessoas procuram ter mais conhecimento?

As pessoas gostam de saber e de estarem esclarecidas sobre diplomacia civil, nomeadamente sobre o que fazem os diplomatas civis, tal como sobre violência doméstica e o divórcio, nas suas mais diversas modalidades.

 

Alcides Couto, o que acha que falta em Vila Nova de Gaia e no Porto?

Falta acabar o que se prometeu nos anos anteriores. Assim sendo, acabar com as desigualdades no nosso concelho, nomeadamente nas freguesias limítrofes que, a meu ver, sofrem com o desapego que o atual executivo camarário impõe em relação às mesmas. Todos os cidadãos do Concelho de Vila Nova de Gaia e Porto, têm direito a uma habitação digna, o direito ao trabalho não precário, a assistência na saúde e uma justiça célere. Estou convencido de que estes elementos anteriormente elencados resolveriam muita coisa no nosso concelho. Todos os dirigentes deste país têm de ter a noção de que para serem eleitos é preciso um conjunto de características intrínsecas para um bom mandato. Julgo existir muito pouca sensibilidade com as pessoas e os seus anseios.

 

O partido Chega tem surgido nas notícias, devido a alguns dos seus deputados terem problemas com a justiça. Qual é a sua opinião sobre isto?

Sinceramente, não tenho de escrutinar o que quer que seja. Sou natural do concelho de Vila Nova de Gaia, que por sinal é o terceiro maior concelho de Portugal, a nível populacional. Sou responsável pelas minhas atitudes. As pessoas têm de responder pelas suas ações. Casos, já temos muitos, que ocorreram no passado. Apenas posso, desde já adiantar que o partido Chega tem de ser exemplar e tratar este tipo de questões no seio parlamentar. Há que ser e não apenas parecer. Tento focar-me e trabalhar para o cidadão e não para o poder local. Há o conhecimento generalizado de que eu e a minha equipa temos realizado algumas “Palestras Dialogadas”, com a participação livre e gratuita. Sempre aberto a todas orientações políticas e religiões. O meu lema será sempre: “Respeito, Transparência e Lealdade”. Noto, cada vez mais, que as pessoas estão desinteressadas pela política e pelos seus representantes nos vários órgãos de decisão. Por motivos profissionais, pessoais, e outros, também tenho apostado em causas sociais, que vão ao encontro das populações. Falo em temas comuns de forma simplista e sem qualquer interesse pessoal.

 

Já foi convidado para se candidatar à Câmara ou à Assembleia Municipal de Gaia, nas eleições autárquicas que se avizinham?

Atualmente estou focado no que assumi em 2021, nas “Palestras Dialogadas” com temas de interesse para os cidadãos. Sou responsável, tenho palavra e atitude. Irei assumir até ao fim os meus compromissos. Agora, em relação ao candidato para a Câmara de Vila Nova de Gaia. A Distrital do Porto e a Direção do partido Chega é que têm de decidir quem serão os seus candidatos. Espero que tenham capacidade de liderança e pensem nos cidadãos. Na minha opinião o partido Chega tem de se fazer acompanhar por pessoas de bem, esclarecidas, com ideias firmes e, sobretudo diferentes em fazer política. Nas próximas eleições, em 2025, o concelho de Vila de Gaia necessita de ter 24 candidatos para as 24 freguesias. Será uma grande responsabilidade para aqueles que serão candidatos, sem dúvida. Tem de existir uma triagem na verdadeira essência da palavra. O partido Chega, no nosso concelho, tem pessoas capazes, líderes e responsáveis.

 

Como vê a situação política atual?

Lamento profundamente o estado político em que nos encontramos. Fazer política é ser transparente com a sociedade que nos elege. Temos de ser e não parecer. Julgo que existem casos em demasia que têm vindo a público. Sou plenamente a favor que casos de corrupção e conflito de interesses, quando provados, esses mesmos deveriam ser afastados da carreira política ativa e impossibilitados de tomar posse como detentores de cargos públicos e público-privado, no mínimo, durante 12 anos.

 

Qual a mensagem que gostaria de deixar aos nossos leitores?

Os cidadãos do concelho de Vila Nova de Gaia testemunharam que eu tive a coragem para assumir um lugar de responsabilidade e fui candidato à terceira maior Câmara Municipal de Portugal. Foi preciso muita força para enfrentar tudo e todos. Sempre estive próximo dos cidadãos, visitando todas freguesias do concelho, para verificar a realidade e necessidades das populações e, pensar sempre, que o nosso concelho estará sempre em primeiro lugar. Relembro que, quando fui candidato à Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, passei por várias vicissitudes desnecessárias. Digo que se fosse agora, obteria um resultado político bem diferente. Felizmente, as pessoas abordam-me na rua e reconhecem a minha liderança aquando da minha passagem pela concelhia do partido Chega de Vila Nova de Gaia e pedem-me para voltar. Isto diz muita coisa.

 

Rádio Audiência
Rádio Audiência
LIVE